⚜️ 1×06

15.1K 1.3K 787
                                    

Hellen Mikaelson, 1725

O banquete de Natal já havia se iniciado, a minha direita estava Rebekah e a minha esquerda estava Henry. Ao lado de Bekah o filho do governador, na frente de Henry estava sua mãe e ao lado dela Elijah. Meu pai estava numa ponta da mesa e o governador na outra, o resto dos convidados preenchiam a enorme mesa.

—Eu gostaria de brindar por uma ocasião muito especial!—O governador anunciou se levantando e atraiu a atenção de todos sendo seguido por um silêncio.—Todos sabem que meu filho é um bom rapaz e que já está na idade de se casar.

—Pai...—Matthew soltou parecendo um pimentão e seu pai riu.

—A senhorita Mikaelson me parece uma moça a altura de estar ao lado de meu filho e teria muito gosto de tê-la em minha família.—O governador concluiu.

Rebekah encarava meu pai com um sorriso que deixava claro o quão empolgada para aceitar ela estava e todos olhamos em sua direção, ele se mantinha com uma expressão séria.

—Então...—Elijah pigarreou com um tom agradável e abriu um sorriso.—Se é do desejo de nossa irmã estar com Matthew eu apoio totalmente essa união.

—Eu estou de acordo.—Rebekah sorriu para meu pai esperando uma resposta.

—E então, Niklaus?—Matthew perguntou gentilmente.

—Bem...—Meu pai começou sério.—Temos que levar em conta que nos mudaremos em breve.

—O que?—Murmurei franzindo o cenho, eu parecia ser a única da família a estar surpresa.

—Eu preciso ser sincero, não acho que minha irmã seja adequada para ser esposa do seu filho.—Meu pai disse fazendo o sorriso de Rebekah desaparecer.—Não acho que ele seja bom o suficiente para fazer minha irmãzinha feliz.

—Como é?!—O governador se levantou ofendido e Elijah suspirou, como se já soubesse o que aconteceria em seguida.

—Desculpe pelo infortúnio aos nossos demais convidados, mas acho que devem ir até o salão e começarem o baile.—Meu pai mudou para falsa gentileza, mas os outros não perceberam.—Teremos uma conversa particular com o governador e logo estaremos presentes no baile.

As pessoas começaram a sair da sala de jantar e ir em direção ao salão do baile, mas eu me mantinha imóvel.

—Vamos, Hellen?—Henry estendeu a mão para mim esperando que eu a segurasse.

—Me descul...—Iria recusar, mas Elijah apareceu ao lado do garoto de olhos azuis pigarreando.

—Seja gentil com Henry e vá para o baile se divertir.—Eli sugeriu com um tom amigável e forcei um sorriso para Henry.

—Vamos.—Segurei na mão do garoto e fui guiada para o salão.

A música finalmente começou e algumas pessoas formaram lares para dançarem. Henry me olhou sugestivo e indicou com o olhar na direção das pessoas dançando.

—Dança comigo, Senhorita Mikaelson?—Ele estendeu a mão com um sorriso fofo e não consegui resistir.

—Será uma honra, senhor Bellerose.—Sorri segurando sua mão e ele me levou até o meio das outras pessoas.

Começamos a dançar, era uma perfeita sincronia entre nós e a música. Os outros pareciam sumir e somente nós dois estávamos ali, como se fosse um sonho.
Depois de alguns minutos a música cessou e todos aplaudiram, uma música ambiente de violino começou a ressoar pelo local deixando espaço para que uma conversa se iniciasse.

—No que está pensando?—Perguntou Henry segurando minha mão e com um belo sorriso no rosto.

—N-nada...—Corei sentindo que a qualquer momento meu coração explodiria, ele causava esse efeito em mim.

—Aposto que está curiosa para saber o que está acontecendo na sala de jantar.—Ele riu e eu assenti.—Saiba que não é a única.

—Daria tudo para ser uma mosca e estar lá.—Rimos juntos enquanto olhavamos fixamente para a porta.—Mas meu pai nos mataria.

—O que posso fazer para te ajudar a tirar essa ideia da cabeça?—Ele me olhou fixamente me fazendo abaixar o olhar.

—Eu gosto das flores, por que não caminhamos um pouco no jardim?—Disse forçando a mim mesma encará-lo.

—Acho uma ótima ideia, me acompanha Mi Lady?—Henry me ofereceu seu braço e encaixei meu braço no dele.

—Será um prazer, Mi Lord.—Rimos com os apelidos.

Fomos em direção ao jardim e começamos a caminhar em silêncio, a lua nos iluminava com seu brilho puro e a brisa da noite batia em nossos cabelos fazendo alguns fios voarem.

—Espere.—Henry quebrou a imensidão do silêncio e foi até a roseira.

O observei ter uma certa dificuldade para pegar uma Rosa que acabara de desabrochar e me entregar com o rosto ruborizado.

—Você mencionou que Rosas são suas preferidas.—Ele disse assoprando suas mãos levemente machucadas pelos espinhos e inalei o perfume da flor em minhas mãos.

—Você machucou suas mãos?—Perguntei notando um corte pequeno em sua palma esquerda e a virei com delicadeza para cima.—Deixe-me cuidar disso.

Desfiz o laço de meu cabelo o deixando cair sobre meus ombros e usei a fita para enfaixar o pequeno sangramento da mão do loiro que fez uma careta.

—Amarrei muito forte?—Indaguei preocupada e ele sorriu.

—Não.—Ele riu coçando a nuca sem jeito.—Eu que sou um frouxo mesmo!

—Eu não te acho um frouxo.—Soltei sem querer e ruborizei na mesma hora fazendo Henry sorrir.

—Não?—Ele colocou uma mexa de cabelo atrás de minha orelha e manteve sua mão em volta do meu maxilar.

—Na verdade, te acho incrível.—Encarei os lábios de Henry, ele os umedeceu e começou a se aproximar de mim.

—Não seria bem visto uma jovem sozinha na companhia de um rapaz!—Ouvi uma voz conhecida e me afastei de Henry.

—Só estávamos conversando.—Soltei grosseira e Henry engoliu seco ao notar o olhar de seriedade no mais velho.

—Achei muito rude da parte de vocês não me esperarem para o baile, achei que Nik tivesse mais consideração pelo irmão.—Ele soltou num tom irônico.

—Quem é você?—O loiro perguntou confuso.

—Suponho que conheça o Niklaus.—Kol soltou com um riso debochado.—Infelizmente somos irmãos.

—Aliás, vai me explicar porque foi embora sem se despedir, Kol?—Perguntei cruzando os braços com um olhar sério sobre ele.

—Por que não pergunta ao seu pai?—Kol passou entre mim e Henry indo em direção ao salão com um sorriso torto.—Ele vai adorar te explicar...coisinha.

Um misto de sentimentos me invadiu: raiva por ser tão rude quando deveria se desculpar comigo, triste por ter meu beijo com Henry arruinado e estranhamente feliz por escutar o apelido que me dera quando mais nova.

meu original;  kol mikaelson Onde histórias criam vida. Descubra agora