cнapтer ғoυr

710 92 50
                                    

A manhã após a rejeição de Harry à sugestão de Draco de passar a noite juntos foi estranha para os dois.

Só então, Harry notou que, provavelmente, tinha sido um pouco mais do que apenas uma oferta amigável, e que provavelmente feriu os sentimentos de Draco. Então, ele estranhamente percebeu que realmente se importava em tê-lo machucado.

Depois de ambos estarem prontos para começar o dia, eles desceram para o grande salão para o café da manhã. Hermione deu a ambos um pequeno sorriso e Harry o devolveu com um aceno de cabeça. Ele gostaria de poder se enrolar no sofá com ela na sala comunal da Grifinória e contar todos os seus problemas, sobre o quão confuso estava, e perguntar sobre o que estava sentindo – o que ele deveria estar sentindo – em relação a Draco.

Mas não podia. Então, nos últimos dias Harry tinha se sentado à mesa dos professores com Draco. Suas mãos ainda juntas.

"Animado para as aulas de hoje?" Draco perguntou com um sorriso atrevido no rosto.

Harry lançou-lhe um olhar furioso. "Não," foi tudo o que disse, mas seus lábios se curvaram em um sorriso logo em seguida.

Depois do café da manhã, Harry tinha o sétimo ano para ensinar.

O sétimo ano era a turma mais turbulenta. Eles obviamente pensavam que haviam terminado seus estudos e agiam de acordo com tais sentimentos. Seu primeiro pensamento foi passar detenção, mas não tinha certeza se estava pronto para esse tipo de coisa. Ele sabia que seria fácil, bastava fazê-los limpar caldeirões, esfregar o chão ou escrever linhas, mas como já tinha dificuldade em distingui-los como eram, não achava que poderia fazer isso.

Harry havia os orientado na preparação de antídotos para poções do amor, algo que sempre se precisa com as garotas malucas de Hogwarts.

Harry recostou-se com um livro depois de ter certeza de que ninguém iria bagunçar nada, tamborilando os dedos enquanto esperava a aula terminar. Ele ficou surpreso com o quão contrastante era ensinar. Ontem, estava sempre de pé, certificando-se de que nada daria  errado, mas hoje se sentia seguro no fato de que ninguém iria arruinar nada.

"Professor Potter?" Ele ouviu uma voz tímida chamar. Oh merda, pensou. Não há como ajudar alguém com um problema de poções.

"Sim?" Perguntou em resposta, tentando uma abordagem calma e ignorando o fato de que não tinha ideia de qual era o nome da aluna.

"Hum, acho que fiz algo errado", ela admitiu em voz baixa. Harry soltou um suspiro, levantando-se da cadeira e caminhando até a aluna. Todos os olhos fixos em seus passos.

Ele olhou para o caldeirão. Um fedor vil emanava dele e o conteúdo apresentava uma cor laranja pálida. A do resto dos alunos tinha uma coloração completamente diferente. Harry empalideceu: ele não tinha ideia de como lidar com isso. Apesar de já ter feito muitos antídotos para poções do amor, sempre teve Mione para impedi-lo de estragar tudo.

Harry desligou o aquecedor. "Está um lixo," começou, e olhou para as vestes das garotas. Ele se encolheu um pouco antes de dizer secamente, "Dez pontos da Grifinória por uma poção mal executada." Esta era sua primeira vez tirando pontos. Claro, estava um pouco triste por ser de sua própria casa, mas ao mesmo tempo sentiu que era estranhamente estimulante.

Depois que os sétimos anos se foram, um bando de alunos do primeiro ano com aparência assustada entrou na sala de aula de poções. Até ontem eles pareciam completamente aterrorizados com Harry.

Ele começou sua aula, mas é claro que alguns dos primeiros anos, que ainda não estavam levando tudo a sério, começaram a falar pelas suas costas. No final da aula, acabou passando duas detenções e xingou silenciosamente. Depois do jantar daquela noite, precisaria encontrar algo para eles fazerem. Contudo, teve a mesma sensação estimulante e teve que deixar um pequeno sorriso formar-se em seus lábios.

Professor de Poções Harry Potter Where stories live. Discover now