Capítulo 26

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Lílian.

    Quando chegamos do enterro, cada um foi direto para seu quarto, ninguém parecia estar no clima para fazer nada naquele momento.

     Fiquei um bom tempo em meu quarto, pensando em tudo que tem acontecido nesses últimos dias, minha vida virou de cabeça para baixo. mas o quê eu realmente não entendo é essa obsessão de James para me matar ou me atingir de alguma maneira, eu não nada haver com o passado dele, muito menos com o da minha mãe, eles que se resolvam ou ela que mate ele! Já me cansei disso.

–Sexta feira?- chamo pelo sistema, tendo uma ideia em mente.

Sim senhorita Romanoff?- me responde.

–Por acaso, você conseguiria ter acesso das câmeras de segurança da sala principal das empresas Harris?.

Como disse para o senhor Stark senhorita Romanoff, não consigo acessar, apenas membros da família conseguem o acesso por reconhecimento de voz, peço desculpas por não conseguir  ajudar- ele me responde.

–Reconhecimento por voz?- pergunto pegando meu celular e entrando no Instagram de Íris, não sei como ela já não enjoou do próprio nome- sexta feira, acesse o sistema.

-Sistema acessado, reconhecimento por voz ativado:

        Aumento o volume do celular, apenas cortando a parte da fala " Íris Harris", colocando no volume máximo e reproduzindo.

-Sistema de câmeras acessado com sucesso-  escuto, me fazendo sorrir.

       O holograma aparece em minha frente, fazendo com que eu me sentasse e começasse a mexer em tudo que sabia, procurando primeiramente nas datas um pouco antes do ataque na fazenda, acelero os vídeos, finalmente conseguindo achar algo interessante, Bingo!. Começo a reproduzir o vídeo, onde James começa a falar.

Eu dou quanto vocês quiserem, mas eu quero a garota morta- fala encarando todos ali presente naquela sala.

Senhor Harris, somos assassinos de aluguel, mas nos recusamos a matar uma garota de dezesseis anos que ainda por cima não fez nada a ninguém- um homem diz.

–Eu pago duzentos mil para cada um, é o suficiente?- pergunta- ou é isso,ou me avisem, não exitem apenas vocês para fazerem o trabalho sujo- todos naquela sala se encaram, apenas se comunicando entre si com sinais.

Negócio fechado- um deles diz, fazendo James sorrir.

–Sexta feira, salve essa gravação- digo já procurando a gravação de aproximadamente uma semana atrás, não demorando e achando a gravação também.

Mas senhor, eu sou só estagiário, é errado matar pessoas- aparece o garoto da escola, fazendo com que eu cerrasse meus punhos.

Te chamei porque confio em você Liam, se fizer esse pequeno trabalho será bem recompensado, quem sabe até vire vice da minha empresa- James joga para ele, canalha.

Mas...

–Você quem sabe Liam, mas vai por mim, essas pessoas são muito ruins, estaria fazendo um favor a todos- James sorri cínico.

Pessoas ruins?- pergunta e ele assente- eu vou mesmo virar vice da empresa e receber muito mais do que agora?- pergunta e James assente novamente- tudo bem, eu aceito.

–Que garoto idiota, se eu fosse matar alguem não faria isso em lugares públicos- murmuro para mim mesma- salve este também sexta feira.

Como queira.

       Me levanto colocando meu chinelo e saindo do quarto, percebi que já era noite bem tarde da noite, não havia percebido que passei tanto tempo  no quarto. Bato na porta do quarto de Pietro e a abro, vendo uma cena que apertou meu coração.

       Pela primeira vez desde que tudo aconteceu, eu vi Pietro chorando com as mãos na cabeça e os cotovelos apoiados nas suas pernas. Fecho a porta e me aproximo, me sentando ao seu lado e o abraçando, sentindo o mesmo se virar e apoiar a cabeça em meu peito, chorando tudo que tinha guardado esses dias.

–Vai ficar tudo bem, eu disse que não precisava ser forte por todos-digo baixo, fazendo um carinho em seu cabelo, que apenas tentava regular a respiração me apertando um pouco.

     Fico ali um tempo com ele, apenas fazendo carinhos em seu cabelo e rosto, deixando ele colocar tudo para fora. Não sei quanto tempo fiquei ali, mas quando ele se separou de mim tinha os olhos vermelhos, fazendo com que eu limpe as lágrimas do seu rosto com a manga da minha blusa.

–Melhor?- pergunto e ele me da um pequeno sorriso.

–Melhor- me responde, fazendo com que eu de um sorriso a ele.

–Não gosto de te ver chorar e não conseguir fazer nada- digo terminando de secar seu rosto.

–Você estando aqui é o suficiente- diz me encarando, me fazendo sorrir- queria dizer alguma coisa?- ele pergunta, nego com a cabeça, acho que não é um bom assunto para agora.

–Amanhã a gente conversa, precisamos mesmo de todos juntos e agora já está tarde- respondo ele- agora é sua vez de descansar um pouco, sei que quase não dormiu essa noite- digo.

–E hoje é sua vez de dormir aqui comigo- ele diz me abraçando, mas apenas um abraço de carinho, sem segundas intenções.

–Está bem, não vou deixar meu neném dormir sozinho nesse quarto enorme- digo brincando com ele, que me da um sorriso e junta nossas bocas em um curto beijo, logo encerrando com selinhos.

–É incrível como você chegou e mudou tudo- ele diz com uma mão em meu rosto, fazendo im carinho em meu rosto- foi em pouco tempo, mas pode ter toda a certeza que eu amo você- ele termina, fazendo meu coração bater mais forte, sorrio para ele.

–Pode ter certeza que eu também te amo ligeirinho- digo sorrindo, juntando nossas bocas em mais um beijo curto, logo nos separando com ele abraçando minha cintura, não demorando para pegar no sono com o cafuné que eu fazia nele.

Filha da Viúva NegraOnde histórias criam vida. Descubra agora