Passou a tarde, e logo Eugênia estava na cidade com Virgínia. As duas passaram pelo centro, e seguiram para a casa de Ana Laura.
- A senhora não vai entrar?
- Não, minha querida, tenho que ir ver a Maria Vitória. Você pode entrar.
- Está bem, dê lembranças a ela.
- Agradeço! Tenho certeza que ela também!
- Certo. Até logo, tia!
- Até logo, Virgínia.A garota chamou no portão.
- Senhorita Virgínia, que bom te ver!
- Olá, Hilde. Minha irmã está em casa?
- Está sim, entre, claro! A senhorita veio sozinha?
- Com minha tia, mas ela já foi visitar minha prima.
- Entendi. Entre, senhorita, vou avisar a dona Ana Laura sobre sua chegada.
- Claro!Hilde subiu para o quarto.
- Com licença, senhora?!
- Oi, Hilde, aconteceu alguma coisa?
- Ah, não senhora. Quero dizer... Por enquanto não.
- E então, o que foi?
- A sua irmã, senhorita Virgínia, encontra-se na sala, e a espera.
- A Virgínia? Ah, que maravilha! Eu já vou descer.
- Certo!
- Ah, enquanto isso, por favor, sirva um refresco para ela, um bolo... Enfim, o que ela quiser.
- Pode deixar, senhora.
- Hilde...
- Pois não?
- E o Celso?
- Está no escritório, senhora. Sabe, ele ficou conversando, brincando com a senhora... Mas ele parece bem preocupado, inquieto. Fui servir até um café e ele negou.
- Meu marido não está nada bem com tudo isso. Eu vou vê-lo depois, Hilde, obrigada!
- Estou aqui para isso, senhora. Com licença!Virgínia estava sentada, quando Ana Laura apontou na escada prendendo metade do cabelo.
- Olá, minha irmã, que visita boa! - Disse ela, e começou a descer as escadas, porém sentiu uma tontura e parou.
- Ana Laura, tu estás bem?
- Eu... Estou sim.
- Tens certeza?
- Tenho Virgínia, eu só me senti um pouco tonta, vou descer devagar.Virgínia se levantou correndo para a escada, e pegando na mão de Ana Laura, para ajudá-la a descer.
- Estás doente?
- Não, não... Foi apenas uma tontura, nada de mais. Eu não passei bem o dia todo, não me alimentei direito, com certeza foi isso.
- Deveria comer melhor, vem comigo, vamos comer alguma coisa... A empregada me trouxe coisas que tenho a certeza que estão deliciosas.
- Certo, eu vou comer com você.
- Isso sente-se, e me diz, e essa história toda da Maria Vitória, hein? Nossa... Não dá pra acreditar que deu tudo errado.
- Pois é, nós conseguimos tirar Maria Vitória de lá, mas no fim... Os negros voltaram para a fazenda do meu avô.
- Que coisa horrível, e agora?
- Agora vamos esperar para ver o que acontece. Mas e você, com quem veio?
- Com a Tia Eugênia, ela foi visitar nossa priminha.
- Mesmo? Nossa, eu gostaria de ir.
- Ah, é melhor ir amanhã, já está anoitecendo, sem contar que acho que tia Eugênia quer estar sozinha com ela.
- Eu achei isso um tanto estranho, mas importante também.
- O quê?
- A Tia Eugênia e a Dandára criando certa convivência apesar de tudo, tudo isso por amor a Maria Vitória.
- Eu acho que a Tia Eugênia merece, afinal, a mãe sempre foi ela.
- Não fala assim, Virgínia. Nós conhecemos toda a história, não é justo dizer certas coisas.
- Tá... Já entendi. Mas enfim, onde está o Celso.
- Hum, está no escritório, não sei o que faz.
- Ele sabe que você está se sentindo mal?
- Sim, inclusive me ajudou muito. Eu estou bem, minha irmã, já disse.
- Sei...
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O Caminho Para A Liberdade [REESCREVENDO]
Historical FictionESSA HISTÓRIA VAI TE PRENDER DO INÍCIO AO FIM! Dandára, a mais bela das moças, cativa da fazenda Álvares Real, apaixonou-se, e viveu um romance com Leôncio, o filho do Barão Leopoldo. Mas esse amor logo é interrompido pelo Barão, quando o mesmo...