Tiro as folhas da impressora, conferindo a escrita e grampeando-as em ordem.
— Acho que está tudo certo — digo entregando a Lucas — Quer conferir novamente?
— Não precisa, eu confio em você — Lucas murmura desligando seu notebook.
Mais um minuto de silêncio.
— Ahn, Lucas — chamo sua atenção para mim — Eu preciso falar com você.
— Pode falar — ele diz sem me olhar enquanto guarda seu livro e caderno que estavam em cima da mesa.
— Você não acha que fui que contei sobre seu pai, certo? — sou direta.
Lucas suspira largando as coisas e me olha.
— Não, eu sei que não foi você — Lucas diz sincero — É só que ainda estou tentando me acostumar com os olhares de pena.
— Sinto muito, Lucas — me aproximo dele — Nem imagino o que você deve estar passando, mas eu não aceito que você me afaste agora.
— Não aceita? — Lucas arqueia a sobrancelha divertindo-se.
— Não mesmo — cruzo meus braços.
Lucas ri e eu não resisto a rir também.
— Desculpa estar tão distante — Lucas suspira — Tem tanta coisa acontecendo agora.
— Alguma notícia do seu pai? — pergunto depois de guardar as minhas coisas.
— Nada ainda, a última notícia da minha mãe foi que ele tinha sido transferido para um outro hospital que é conhecido por tratar problemas igual ao dele.
— Ele vai ficar bem — pouso minha mão em seu ombro — Eu sei que ele vai, isso é só uma fase.
— Eu tenho esperança nisso — ele sorri e coloca a mão por cima da minha — Você sabe que é minha melhor amiga, não sabe?
— Sim — sorrio — Por que?
— Eu preciso te contar uma coisa — ele faz uma careta — Mas tem que prometer que não pode contar a ninguém. Principalmente ao Tom, ele não vai gostar muito disso.
— Fala logo — digo curiosa.
— Eu estou gostando de alguém.
— O que? — pergunto chocada.
— Quer dizer, não é gostar exatamente. Está mais para... — ele dá uma pausa pensativo — Estar interessado...?
— E quem é a sortuda? — pergunto apressada.
— Agora que é a bomba — ele coça a nuca.
= $ =
Entro no quarto segurando os cadernos e livros de atividades e vou direto para o meu canto do quarto.
— Nenhum sinal da Maddy ainda? — pergunto para Eleanor que se encontrava em sua escrivania.
Desde que Harry soltou aquela bomba na Maddy a fazendo sair da sala chorando, nunca mais a vimos. Já estamos na quinta-feira e a viagem em grupo seria neste sábado, mas tudo indicada que não iria rolar nem tão cedo.
— Nada ainda — Eleanor diz triste — Ela nem atende as minhas ligações.
— E nem responde minhas mensagens — digo conferindo meu celular.
— Acha que ela ficou chateada comigo? — Eleanor pergunta chorosa.
— Claro que não, Nelly — ando ate ela — Você não sabia de nada.
— Mas suspeitava e não disse nada.
— A culpa não é sua — tento confortá-la — Você não tinha certeza, não tinha como dizer algo incerto a ela.
— Eu sou uma péssima amiga — Eleanor começa a chorar e eu a puxo para um abraço.
— Para com isso, Nelly. Você é a nossa mãe — tento brincar mas só a faz chorar ainda mais — Você é a base da amizade desse quarto.
Depois de quase dez minutos tentando confortá-la, Holly entra no quarto. O clima no quarto mudou.
Eleanor vira de costas limpando o rosto vermelho e molhado de lágrimas e começa a procurar algo na cômoda.
— O que houve? — Holly diz preocupada e anda até nós.
— Nada — essa foi a primeira vez que ouvi a Eleanor falar tão "não-Eleanor" — Estou indo tomar banho.
Eleanor anda rapidamente para a saída do quarto deixando Holly sem entender.
— Uau — Holly fica sem palavras — Maddy estava preocupada quando soube que uma novata ficaria no nosso quarto pois ela achava que podia acabar com o grupo. Mas parece que foi eu.
— Ela só está chateada consigo mesma porque acha que Maddy está brava com ela — ando até a Holly e abraço.
A mesma retribui. Holly não chora, pelo menos eu nunca vi, mas eu podia jurar que era a vontade dela fazer isso agora.
— Não imaginava que dormir com Harry fosse dar toda essa confusão — ela suspira e se joga na própria cama.
Aproveito para sentar na cama dela, pensando no que eu poderia dizer.
— Não se julgue por seguir seu coração, Holly — digo calmamente — Você encontrou alguém que gosta e que tem o sentimento recíproco. Faz ideia da sorte que nós temos?
— Não, você tem sorte — Holly rebate — Eu já estou condenada.
— Holly, metade do colégio tem uma queda pelo meu namorado, — começo a contar pelos dedos — Tenho que manter um relacionamento em segredo por ter risco do meu pai me tirar do colégio, tenho um melhor amigo que tem um pai completamente sem saúde e nem posso fazer nada 'pra ajudar, preciso estudar o triplo do normal porque posso perder a minha bolsa se tiver notas baixas e, para completar, sou super curiosa e estou em uma investigação com o Tom 'pra tentar descobrir quem é Heriot's Gossip.
— É, sua vida é complicada também — Holly concorda — Espera, o que? Investigação?
— Sim — suspiro — Tom e eu somos muito curiosos e queremos desmascarar Heriot's Gossip.
— Por que você não me contou antes? — recebo um tapão da Holly no meu braço me fazendo reclamar — Eu 'tô super dentro! Finalmente vou ter algo para passar o tempo nessa escola, além do Harry.
— Mas você não está triste por causa da Maddy? — brinco.
— Já passou — Holly responde me fazendo rir.
Continuem comentando a teoria de vocês, amo lê-las mesmo já sabendo o final ❤
ESTÁ A LER
𝐀𝐅𝐓𝐄𝐑 𝐘𝐎𝐔; tom holland
Fanfiction(S/N) é uma garota da classe baixa que é premiada, juntamente com seus irmãos mais novos Carl e Madelaine, com uma bolsa de estudos na George Heriot's School localizada na Escócia, um colégio/internato com alunos riquíssimos de alta classe e vida já...