Capítulo 57

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— Capítulo 57 —


Depois que Albus piscou para ele na Plataforma antes de aparatar para sua própria casa, Scorpius se pegou pensando se era comum sentir tesão até com as coisas mais bestas. Afinal, não era sua culpa que o jeito que Albus sorria toda vez que fazia um gesto galanteador era tão fascinante. Nunca diria isso em voz alta, não tão perto do seu pai. Então o que Scorpius fez foi apenas distrair Draco para que ele não percebesse o quanto estava estranhamente inquieto.

Não iria encontrar Albus apenas uma vez nas férias, e sim duas. A primeira seria quatro dias depois do retorno, na casa dos Potter, e a outra não estava definida uma data, mas seria n'A Toca, com toda a família de Albus. Aquilo lhe dava arrepios. O que será que fariam a respeito? Como a Sra. Molly Weasley reagiria com sua chegada?

No primeiro dia que amanheceu sem Scorpius, Albus se sentiu ansioso o dia inteiro e, inconsciente com o despertar depressa, se perguntou o que estava fazendo em um quarto sem Scorpius, logo depois percebendo que estava finalmente de volta à sua casa, e que Scorpius estava distante.

James passou o dia trancado no próprio quarto aparentemente falando sozinho, e quando Lily bateu na porta dele pedindo para que ele falasse mais baixo, Albus teve a impressão de que James estava escondendo alguma coisa dentro do bolso. Mas Albus não ficou tão preocupado em saber o que era, porque sabia como James pegava manias de coisas estranhas com muita frequência.

Foi no segundo dia que Albus realmente começou a sentir falta, e isso o fez ficar olhando para a janela o dia inteiro, esperando a coruja de Scorpius aparecer no céu e pousar no seu quarto. Se perguntando se não existia um meio mais fácil para a comunicação, Albus reclamava quando Harry dizia que já estava tempo demais trancado no quarto, e que aquilo poderia provocar preguiça constante, sedentarismo e milhares de outras coisas que Albus não fez questão de se esforçar para entender.

No terceiro dia, Albus pensou que já não podia aguentar nem mais uma hora. Seu cérebro o lembrava que no dia seguinte Scorpius já estaria com ele, na sua casa. Sentia que poderia explodir, mas tentava não demonstrar porque tinha quase certeza que James poderia zombar dele de alguma forma.

E no quarto dia, Albus sabia que quanto mais olhava para o relógio, mais devagar o tempo passava. Teddy chegou por volta do meio-dia, e Gina o abraçou forte quando o recebeu, agradecendo por ele ter vindo ir jantar com eles para que, além de se encontrarem, ele visse Draco também, já que, de qualquer forma, Teddy era sobrinho de alguns graus de Draco, e estava louco para vê-lo.

Portanto, quando deu seis horas da tarde, a campainha tocou mais uma vez.

Albus, que estava deitado em sua cama no quarto, com os ouvidos aguçados, pressentindo que o momento estava próximo, deu um sorriso. O rapaz se levantou da cama depressa e sentiu o coração bater mais rápido contra o peito ao encontrar através da janela duas figuras na frente da porta de sua casa, esperando.

— São eles! — Lily exclamou, assim que Albus quase tropeçou ao chegar na sala de estar e só não caiu porque James estava na frente e se debruçou na parede para que nenhum dos dois fossem de encontro ao chão.

Gina e Harry não estavam tão longe. Na verdade, ambos também haviam escutado a campainha soando, e estavam parados exatamente por isso.

— Você atende. — disse Gina a Harry.

— Por que eu?! Por que não você?

— Você precisa acabar com essa besteira de rivalidade entre você e o Draco, então por que não começar abrindo a porta para os nossos convidados?

Love, AlbusOnde histórias criam vida. Descubra agora