Cap 2

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Quatro da tarde ....

Agora são quatro da tarde, nesse momento. estou guardando minhas coisas na bolsa para ir embora. Desligo meu computador fechando o mesmo e saio do escritório
-Ana
-Sim? -antes com os olhos no computador, Ana os desvia da tela e olha para mim.
-Aqui-falo, colocando alguns papéis em sua mesa -preciso que organize esses papéis e depois coloque-os separados para que amanhã eu possa assiná-los.
-Claro- Ana pega os papéis, os ajeitando e colocando-os do lado do seu computador,
Tchau, Ana, obrigada - eu sorrio para a mulher sempre competente quando se trata de fazer mais que o necessário. Eu sempre apreciei isso em Ana e ela com certeza recebe, sempre, a recompensa por isso.
-Por nada. - A mulher responde e volta ao trabalho.
Eu espero pelo elevador, que abre as portas diretamente no estacionamento do lugar, onde o motorista tinha deixado o carro para que eu fosse embora. Busco uma cafeteria quando me acomodo no assento de couro do automóvel.
O cheiro de café fresco invade minhas narinas. Observo o lugar que costumo frequentar diariamente, rústico com cores branco, creme, marrom e alguns detalhes em dourado pelas paredes e materiais de porcelana.
Vou direto a fila livre e faço meu pedido.
-Olá, boa tarde-a atendente que está atrás de um balcão e um computador, me atende com um sorriso no rosto.
-Boa tarde- já em mente do que irei querer, eu falo meu pedido- eu vou querer um capuccino médio.
-Ok- a atendente marca o pedido em seu computador e volta a olhar para mim, prosseguindo -vai querer adicionar alguma coisa? chantily, canela, chocolate...
-Apenas canela-novamente, a mulher anota meu adicional no computador.
-O preço final vai ser sete e cinquenta.
Pego minha carteira, que estava dentro da minha bolsa, e entrego a mulher uma nota de dez, ela pega meu dinheiro e me devolve o troco.

-Se quiser pode escolher uma mesa e esperar, seu pedido vai sair em três minutos. -Após a fala da atendente, eu aceno e agradeço. Sento-me na cadeira mais próxima e espero minha bebida.
Depois dos exatos três minutos, meu capuccino tinha chegado e eu o tomei enquanto dirigia, voltando para a casa.
Dou um gole no líquido é fecho os olhos, respirando fundo, sentindo aquele cheiro de café que saia da fumaça da bebida quente. Abro os olhos, olhando para cima e percebendo o sinal verde, piso o pé no acerelado...
*
Me jogo na cama, processando tudo o que aconteceu logo lembrando da caixa com o braço que me foi enviada de manhã cedo.
-Deuses! - exclamo, colocando o antebraço em cima dos olhos e os fechando, logo, tendo a visão do braço dilacerado. Faço questão de empuxá-la da minha mente e, com um suspiro alto, desço da cama indo para o closet. Escolho um pijama e vou para o banheiro, abro a gaveta da pia pegando um sabonete líquido e um roupão limpo.  Ando até a banheira e encho ela colocando o sabonete líquido para fazer espuma.
Assobiando, eu tiro as roupas, ansiosa para entrar na banheira com espuma a minha frente. Sinto a temperatura quente nas pernas quando entro e afundo meu corpo embaixo da espuma. Passo as mãos pela pele das minhas pernas e depois dos braços. Olho para o teto, o lustre enfeitando o espaço branco. Suspiro quando coloco os dedos pelo meu ponto de prazer, mordo os lábios, passando os dedos nas laterais da minha intimidade.
Eu estava tensa e cansada.
Eu precisava relaxar.
*
Depois do banho, eu coloquei as roupas que tinha separado antes e fiz uma trança entre as três grandes mechas do cabelo. Ao finalizar, recebi uma chamada de Todoroki.
-S/n consegui os seguranças- anuncia.
-ótimo, obrigada, Todoroki.
-Por nada, aliás, amanhã quero que você me conte por que despediu seis seguranças de uma vez.
-Vou contar tudo não se preocupe. Alguma novidade?
-Não, nada e você?
-Talvez, mas agora preciso desligar- bocejo dando a entender que estava com sono. Ouço uma risadinha no fundo da chamada e Todoroki se despede.
-Até -desligo a chamada e desço para comer o jantar. Os cozinheiros e a dona Maria foram embora mais cedo do trabalho, então pedi para que deixassem uma comida pronta.


De manhã

-Bom dia Ana -falo saindo do elevador, a mesma rotina todos os dias.
-Bom dia, chefe.
-Chegou alguma coisa para mim? - pergunto, desconfiada e receosa caso Ana confirme, eu definitivamente não quero receber outro tipo de membro humano.
-Não.
-Ok obrigada.
-Por nada. - Ela estica o braço até um dos compartimentos de documentos e me entrega envelopes- dos seguranças- informa e eu assinto com um movimento positivo de cabeça.
--Quando os seguranças chegarem aqui, fala que estou na sala de reunião, esperando-os.
Dito e feito, os seguranças chegaram logo depois, sentando-se, cada um, em uma cadeira da sala de reunião.

-como eu tinha falado, aqui está o pagamento de vocês -falo entregando o envelope com dinheiro para cada um.
-Se quiserem, podem confirmar para ver se está tudo certo – todos pegam e conferem o dinheiro, eu continuo falando- pedi para que minha secretaria encaminhasse vocês para outras empresas e ela conseguiu isso, contudo, nenhum de vocês estarão sem emprego. Mas peço que fiquem atentos ao novo emprego de vocês.
Um dos seguranças, um homem de cabelo preto estilo corte militar e pele parda, levanta a cabeça e olha em minha direção.
-Está tudo certo, obrigado.
-E o resto de vocês, certo também?
Ouço mais cinco afirmativas e agradecimentos pelos novos empregos.
-OK, podem ir e obrigada pelos anos de trabalho – Todos se despedem e começam a sair, um por um, depois do meu agradecimento. Os seis realmente fizeram um bom trabalho ao longo do tempo e tenho ciência de que erros são e podem ser comidos, mas agora, não posso me dar ao luxo de algo assim, principalmente quando me enviam um braço de um inocente.
*
-Chefe, Todoroki quer falar com você, é presencial.
Avisa Ama, em pé em frente minha mesa de trabalho no meu escritório. Ela veste uma saia de couro preta, saltos altos, e uma camisa de cetim preta por baixo da saia. Seu cabelo ruivo está solto e cacheado até o meio das costas.
-Pode mandar entrar.
A mulher assente e sai do escritório, deixando a porta aberta para logo depois, Todoroki, de quem estava falando, entrar por ela e fechar, sorrindo quando me olha.
-S/n! Tudo bem? estava ansioso para ver você, faz tempo que não te vejo!
-Oi todoroki, tudo sim e vc?- me levanto e dou um abraço no mesmo, um abraço rapido, que desfazemos e voltamos aos assentos, o homem de cabelo ruivo e platinado, sentado em frente minha mesa, em uma das poltronas de couro.
-Tudo sim. Então, qual é o problema? - me pergunta.
-O problema- pego as fotos no celular que tinha registrado meu ‘envio’ de ontem- é isso aqui.
Percebo o homem juntar as sobrancelhas e franzir a boca
-Puta merda, quem foi S/n?
-Quem foi que mandou ou de quem é o braço? Qual dos dois você quer saber?


AUTORA
Obrigada por lerem.

As Duas Mafias  (Katsuki Bakugou)Where stories live. Discover now