Dezesseis.

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Oi oi nenês 💜
Voltei!!!

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O relógio bate alto no corredor e as luzes castanhas caem em cascata sobre os dois homens do lado de fora do banheiro, o silêncio aumentando a distância entre eles.

Hoseok recupera sua compostura e bate os cílios lentamente.

—  Sinto muito, Sr. Min. — ele diz tentando voltar a sua postura indiferente. — Devo ir ver seu omma agora?

O ômega olha escada abaixo. Por descuido ele solta um suspiro frágil, fechando os olhos para se acalmar mais uma vez.

—  Sr. Jung, está tudo bem. Por favor, esqueça nosso acordo de hoje. Vou levá-lo de volta para sua casa.

— Eu disse que estou bem, Sr. Min. Por favor, deixe-me terminar meu trabalho. —  ele rebate rapidamente e o silêncio envolve a mansão grande demais para uma família de cinco pessoas.

Yoongi soltou um suspiro frustrado.

— Talvez eu esteja ultrapassando os limites para dizer isso como seu superior —  ele faz uma pausa. — mas você pode falar comigo sobre qualquer coisa, Sr. Jung.

Hoseok vislumbra o alfa. A quantidade de preocupação rabiscada em sua expressão é quase impressionante. Eles ultrapassaram todos os limites e se tornaram próximos demais para um relacionamento patrão-empregado. E entre essas situações que deveriam ter pelo menos permitido algum distanciamento, de alguma forma, eles começaram a se envolver ainda mais emocionalmente um com o outro.

— Como posso falar com você sobre isso, Sr. Min? — o ômega rebate baixinho depois de um longo momento, sem encontrar os olhos do mais velho. — Você é tudo que eu não sou.

— Nós dois somos pessoas, Sr. Jung.

— E não há mais nada que tenhamos em comum. —  ele suavemente supõe e se inclina para trás, cansado, decidindo voltar às formalidades. — Eu estava um pouco triste mas foi só isso. Já passou.

Olhando para o mais novo por um longo tempo, Yoongi eventualmente cede com um suspiro baixo.

— Então por favor, me siga. Não tenho certeza se Jihoon ainda está acordado. Se ele não estiver, vou mandá-lo para casa, Sr. Jung.

Hoseok acena sem palavras e segue o alfa que desce as escadas, passando por obras de arte frias e familiares. Um eco abafado atravessa o corredor mas é só quando eles entram no corredor adjacente que os gritos são escutados com mais coerência. Instantaneamente Yoongi começa a correr, abrindo rapidamente a porta do quarto do progenitor.

— Água! Água! — o ômega grita, decibéis rasgando o ar. Ele coça violentamente o rosto e se contorce no colchão, os olhos cerrados com firmeza. Vários traços de sangue rastreiam suas maçãs do rosto, a palidez de sua pela contrastando com as linhas vermelhas cortantes em seu rosto.

— Omma. — Yoongi rapidamente agarra a caneca vazia e abre a garrafa de água mineral, enchendo-a. — Aqui, água. — ele o traz aos lábios de Jihoon, este que derruba a caneca de sua mão, espalhando a água. A mancha úmida rapidamente se infiltra nos lençóis azul royal, as bochechas de Jihoon rabiscadas ainda mais com um vermelho excruciante.

— Água! Eu preciso de água! — o mais velho grita tão desesperadamente que faz o coração de Hoseok murchar, o jovem ômega o olhando em choque.

— Sr. Jung, faça com que ele pare de se machucar enquanto eu vou buscar mais água. — o alfa levanta sua voz, trazendo-o de volta aos seus sentidos.

Hoseok respira, os olhos vasculhando o ômega enquanto ele tenta o seu melhor para tirar as mãos de Jihoon de sua pele, mas é empurrado para longe.

— Mais água, por favor, por favor...queima... — Jihoon implora, enxugando asperamente o cotovelo úmido na bochecha.

Oásis (Yoonseok/Sope) Onde as histórias ganham vida. Descobre agora