𝐢𝐝𝐟𝐜 - 𝐍𝐚𝐭𝐡𝐚𝐧 𝐆𝐚𝐫𝐝𝐧𝐞𝐫

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Charlie Bartlett.

— Era só o que me faltava...

Exclamo totalmente encharcada, claro, após correr na chuva para chegar no meu carro, só para depois o motor não funcionar, que lindo!
Em quase trinta anos de existência nunca havia tido tanta sorte, parabéns.

Prendo minha cabeça para trás, suspirando derrotada, o dia estava sendo ótimo para ser verdade.
Consegui um emprego em uma escola pública e finalmente trabalho como professora de teatro para o ensino médio. Hoje foi simplesmente incrível, conheci alunos tímidos, mas que tinham uma certa curiosidade ou paixão pela arte.

Meu coração pareceu sair do meu peito quando escuto um barulho na porta, não esperava isso. E olho pela janela vendo uma silhueta, desci o vidro da porta manualmente para poder enxergar quem é.

— Precisa de ajuda?

Oh, céus, era só o que realmente me faltava.

É o Sr. Nathan Gardner, meu chefe e diretor da escola, ele me encara com um guarda-chuva usando calça e camisa social com uma gravata, sua bolsa em sua outra mão.

Meio alto, cabelos escuros e curtos, não é musculoso, mas pela sua roupa dá para perceber que ele tem um corpo definido, seu olhar é penetrante com uma certa emoção na qual apenas vi poucas vezes, olhar vazio.

— Não, obrigada... É apenas um problema técnico. — fecho meus olhos, me repreendendo por falar o que falei.

— Nunca tinha ouvido alguém falar sobre problema técnico em um carro! — Ele se aproxima e olha para o meu volante.

— Desculpa, é costume d'eu dizer que algo não está funcionando ou acontecendo. — vejo um pequeno sorriso nele e o mesmo aperta os olhos.

— Seu motor não está funcionando?

— É, mas eu acho que pode ser um mau jeito... — tento ligar novamente o carro e nada.

— Se você quiser, pode deixar o carro aí, e eu posso deixá-la! — engulo seco, não esperava isso nem nos meus piores delírios — Não vai conseguir nem ir andando por conta das ruas, falta pouco para ficarem alagadas!

— Não quero atrapalhá-lo, mas obrigada! — sorri sem graça e tento novamente ligar o carro que não funciona.

Inferno!

— Tenho certeza que não iria me atrapalhar! — olho para ele e vejo que se ele continuar aqui, ele vai estar ensopado.

— Tudo bem! — tiro a chave do meu carro e pego minhas coisas.

Saio do carro e ele me surpreendeu quando colocou o seu guarda-chuva por cima de mim, fazendo com que ele se molhasse um pouco. Fomos o mais rápido possível, não quero que ele fique resfriado por minha culpa.

— Novamente, obrigada, Sr. Gardner! — agradeço quando entro no carro dele.

— Não é nada... E já que estamos fora da área de trabalho, pode me chamar de Nathan! — Ele me olha antes de ligar o carro.

— Então, pode me chamar de Laura! — estendo minha mão automaticamente.

Ele olha para minha mão na qual tem uma tatuagem média em volta do meu polegar, e sorriu apertando-a, sinto a mão dele tão gelada como a minha, mas resolvo ignorar e seguir terminando o aperto de mãos.

— Como foi seu primeiro dia? — O mesmo tenta conversar comigo, provavelmente para quebrar o gelo.

Conseguimos manter um bom e calmo diálogo, disse o meu endereço, o homem dirigiu pela chuva com cuidado, sei que existem muitos perigos e muitas possibilidades de acontecer um acidente do nada e com uma rapidez surpreendente.

𝐋𝐒𝐃 𝐰𝐢𝐭𝐡 𝐑𝐃𝐉Onde histórias criam vida. Descubra agora