Mientras Tú Me Ames

Deseo es el plan

Em algum tempo, mais a frente...

— Ainda não sei como foi estúpida o suficiente para pensar que poderia fugir, Rebeca. — a voz rouca de Artemio esbravejou pelo cômodo — Na verdade, todas as suas atitudes recentes foram completamente estúpidas. — ele riu, vendo o rosto da mulher a sua frente se fechar — O que? Achou mesmo que suas ideias malucas e burras fossem dar certo? Pensou que seria capaz de ter um plano paralelo ao meu e obter sucesso? 

— Durante todos esses anos, me submeteu a todas as suas torturas, a todos os seus abusos... —  esbravejou — me manipulou no seu jogo, pra obter a sua vingança. Destruiu a minha vida. — gritou o que estava entalado em sua garganta

— Eu te ajudei, sua ingrata infeliz. Ou você achou que terminaria como executiva de sucesso ou atriz estando onde eu te tirei? — riu mais uma vez — terminaria nas esquinas, se vendendo por dez pesos. 

— É um miserável, nojento, desgraçado. — ela avançou em cima dele, tentando distribuir socos no mesmo, tamanho seu ódio. Ele apenas a segurou e empurrou, sem parar de rir por um instante sequer.

— Não acha melhor ter cuidado? Não creio que queira machucar a criança. — apontou para a barriga da mesma — o quão burra você foi pra, além de tudo, conseguir essa idiotice? — indagou

— Não vou deixar que você, nem os Elizalde, ninguém... nem mesmo... — ela pausou, evitando citar nomes — ninguém vai tirar minhas filhas de mim. Você pode ter me arrancado anos da minha vida, mas isso ninguém vai tirar de mim. As coisas mudaram, a partir de agora eu controlo meu destino, e ele não pertence a ninguém mais que a mim. Não estou mais sozinha, e jamais vou renunciar ao único bom que me aconteceu. 

—  Filhas? — ele parou, surpreso — Quantas são?  

— Isso não te importa. Não vai chegar perto delas. Antes eu te destruo, nem que seja a última coisa que eu faça! — seu olhar nunca esteve tão ameaçador

— Isso nós veremos!

De volta ao presente... 

— Barbara... de verdade, peço perdão pela reação do meu chefe. —  ele adentrou a sala da morena, que se encontrava pensativa em sua mesa. Ela sinalizou que ele ocupasse o assento em sua frente. — PowerMilk insiste que a bonificação seja depositada em uma conta pessoal... — ele reforçou

Barbara o analisou com aquele olhar penetrante. Ele se sentiu desconcertado. 

— Senhor Santoro, me parece que a transação que estão propondo não é totalmente legal. — a voz soou firme, fazendo-o ficar em alerta. Aquilo seria mais difícil do que ele achou. 

— Não vejo nada demais — a mirou, olhando fundo em seus olhos, dessa vez ela ficou desconcertada — considere como um presente por sua... amabilidade! — sussurrou sedutoramente a última palavra

Barbara ia balbuciar alguma coisa mas se calou. Ambos se encararam de maneira provocante. Um tentava ler o que tinha por trás do olhar do outro, e os dois falhavam, ficando mais instigante os mistérios. Algo dentro dela insistia para que recusasse essa oferta.

— Infelizmente nessas condições não haverá acordo! — seguiu seu instinto 

Franco ficou sem reação. Ele respirou fundo, sem saber como reagir.

— Em seu lugar, eu pensaria a respeito... — tentou contornar a situação

— Tenho claro que eu — sorriu provocante — fiquei te devendo um favor... —  lembrou, fazendo ele perder totalmente a postura — e não o contrário! — tomou o controle da situação. Ela iria descobrir as REAIS intenções dele, custe o que custasse.