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S/N LIRA.

─── tô indo embora -me viro para todos- por que vocês estão me gravando?

─── antes de você voltar pra casa, nós vamos te levar para um lugar -Gorila diz

─── eu não tô indo embora para sempre, eu vou ficar vindo aqui todo dia

─── quem disse que a gente tá gravando você indo embora? -Nobru diz

─── o que é então?

─── vamos te levar para um lugar -me entrega um venda para colocar nos olhos

─── desde que eu não morra, tá ótimo 

─── vamo lá galerinha -GodKill me puxa para o carro

O caminho eles não paravam de conversar, eu estava quieta, pois não sabia onde estávamos indo.

Depois de longos e exaustos minutos chegamos no local, e eu ainda estava com a venda nos olhos.

─── pode tirar -Nobru fala quando estaciona o carro

Tiro o pano dos meus olhos, e não entendo nada de onde estávamos.

─── vocês vão me mandar embora? -pergunto

─── ainda não

─── e por que diabos estamos no aeroporto?


─── você tem que se despedir de uma pessoa -penso bem quem seria

─── não, eu não preciso

─── precisa -Nobru diz

─── não gente, isso é castigo

Entramos no lugar, e demos de cara com o Bak, o câmera da Loud, a mãe do Thur, e o próprio com uma cara de surpreso.

─── SURPRESA

─── nossa que surpresa maravilhosa -Thur diz com cara de tédio

─── tu não começa -aponto para ele

─── já vão brigar? -Bak diz ou melhor praticamente grita

─── não, que isso

─── Eu só vim aqui pra se despedir?

─── não, o voo do Thur ainda vai custar, então vocês vão passar o dia juntos -Godkill conta

─── por que?

─── porque nós queremos, e a gente sabe muito bem que de trás desse ódio inteiro, tem uma paixão


Nós rimos.

─── não, isso não é verdade -digo

─── vão, saiam daqui, mas não se matem

Olho para ao meu lado atrás de um lugar para ir, e logo me sento em umas cadeiras longe das câmera, sendo acompanhada do garoto.

─── eai, como anda? -Thur me pergunta

─── com os pés, e você?

─── tu me entendeu S/n, como você está?

─── Eu tenho andado bem nhe

─── o que aconteceu? -ele pergunta curioso

─── mesmo depois de tu ter vindo ao público se explicar e pedir desculpas, as mensagens não pararam, só pioraram eu acho -explico para o garoto

─── posso ver?

Assinto e entrego o meu telefone com as mensagens abertas.

─── isso é tão horrível

─── pois é, mas se eu falar alguma coisa eles vão falar mais, então eu tento esquecer 

─── tu já falou que isso tá acontecendo para outra pessoa? -assinto

─── sim, só tu e o Nobru sabem

───  o pior que a maioria das mensagens envolve o meu nome no meio, isso seria minha culpa?

─── não, o que tu tinha que fazer tu fez, agora deixa que eu resolvo daqui pra frente -ele suspira

─── mas se piorar tu me conta

─── te prometo -levanto o meu dedo mindinho para ele, e o mesmo encaixa o dele no meu

─── eu gravei isso -Nobru fala chegando por trás da gente

─── isso vai para a web -Bak brinca

─── temos que ir, foi um prazer te conhecer S/n -Valéria, mãe do Thur, se despede de mim e chama o garoto

─── o prazer é meu -respondo simples e educadamente

─── tchau S/n, e não se esquece, se piorar pode me mandar mensagem -ele me abraça

───  pode deixar -digo assim que me afasto dele, e aceno quando ele já ia longe


𝗘𝗹𝗮 𝗰𝗵𝗲𝗴𝗼𝘂, 𝗧𝗵𝘂𝗿Onde histórias criam vida. Descubra agora