Lobo

191 10 2
                                    

- Cameron a sua garota me dá arrepios.

Faço uma pequena careta com o comentário de Paul. - Dá pra parar de ficar encarando ela, você está me dando nos nervos.

Paul faz um pequeno sinal de rendição. - Ela é gostosa pra caramba... - Deixo escapar um pequeno rosnado, o idiota realmente estava conseguindo me irritar. - ... mas a algo estranho com ela, tenho uma sensação.

- Paul você é um idiota!

- Ei calminha aí, porque não vai falar com ela ou algo do tipo, você esta começando a me dar nos nervos com todos esses pensamentos sobre ela. 

Deixo um suspiro cansado escapar, ele estava certo, quanto mais tempo enrolar pra falar com ela mas difícil vai ser controlar o lobo. Sarah, deixo meus olhos vagarem até ela, linda. Meu lobo vibra mediante a possibilidade de estar perto dela, então quando ela se levanta eu a sigo. 






                                               _______________________________________     

Ser seguida não era exatamente a sensação mais divertida do mundo, mas novamente o cheiro dele era como uma droga.

- Vai me seguir o tempo todo, ou vai se apresentar como qualquer ser humano "normal"? - Não foi realmente uma surpresa quando o jovem lobo apareceu na minha frente.

- Como sabia... Não é... Na verdade eu estava de passagem. -- Ele me dava um olhar constrangido enquanto coçava a cabeça.

- Não importa, meu nome é Sarah Sanderson. - Estendi minha mão para o lobo que pareceu radiante com essa pequena ação.

- Jared Cameron. - Seu aperto era quente e a sensação era interessante,  ele era um bom rapaz, me pergunto o porquê alguém como ele estava preso a mim. Se existisse justiça ele deveria ter sido ligado a Kim( apaixonada por ele), o que é ótimo, drama e drama. Faço uma pequena careta. Culpo os ancestrais por todo o drama e merdas futuras que essa situação vai me colocar.

- Então, já que você está dando um "passeio" pela floresta, se quiser pode me acompanhar até em casa, nunca se sabe que perigos a floresta pode trazer. -Piadinha interna. 

  Não era difícil ser acompanhada por ele, as vezes ele me fazia perguntas ou comentários sobre o tempo, era divertido ver suas tentativas de manter um dialogo e céus seu cheiro me dava água na boca.  Minha pequena Cabana já era visível, era tentador ficar mais um tempo perdida na floresta com o lobinho, minha mente perturbada me dava ideias incríveis de como passar o tempo com ele. E sim, eu odiava o conceito de imprint, o que é claro não significava que eu não pudesse me divertir com ele, se isso mostrava a alma gêmea, melhor parceiro ou sei la, não importava, era como uma droga para uma usuário de magia e eu estava faminta. 

 - Quer entrar? - Pergunto sem rodeios, nunca fui puritana, não é agora que vou ser. Sorrio para o lobinho, será que ele nunca leu historias como João e Maria. Não confie em uma bruxa.

- Uau, lugar legal! - Diz enquanto dava uma olhada no lugar e claro sorrio enquanto caminho para a sala.

- E, eu também gosto e o melhor não parece em nada com a minha antiga casa, sabe como é, as companhias eram péssimas, o que não é o caso agora. - Meu sorriso se transformou em um sedutor. 

- Seus pais trabalham em Forks? - Dou um passo mais perto, e com um pequeno empurrão o lobo cai no sofa, ele me olha um pouco confuso o que aumenta minha diversão. A confusão em seu rosto me divertia. - Isso não é um pouco rápido demais? Eu não quero te desrespeitar...

-Shiu! Calminha aí, eu moro sozinha e detesto perder tempo, ainda mais quando ambos queremos a mesma coisa. - Sentei em seu colo, suas mãos se prendem em minha cintura, e o beijo que se segue é de perder o folego. Parece que não era só eu que estava perdendo o controle. Era uma dança de mãos e beijos.

- Acho melhor não, eu não quero... que dizer eu quero... mas. - O lobo suspira forte enquanto se afasta um pouco. - Talvez devêssemos ser amigos, nós conhecer primeiro, eu não quero te desrespeitar, não quero que pense que só quero me aproveitar de você.

Chocada, discrente eram alguns adjetivos que eu usaria nesse momento. Me afasto e sento ao seu lado no sofá, enquanto o mesmo me olha com um olhar de cachorrinho perdido. DROGA. Isso é inesperado, o garoto é um cara legal. Definitivamente não sei lidar com isso.

- Você poderia dizer algo, eu... - Levanto uma mão em um gesto de pare. A situação era frustrante, eu queria diversão e achei que ele pudesse me dar, o pior, não consegui nem ao menos ficar irritada com ele. O garoto era nobre, fiz a única coisa que consegui naquele momento. Ri. Ri de uma maneira genuína, pelo quanto aquela situação beirava ao caos.
   Ele merecia alguém melhor! Kim, mesmo com esse pensamento latente em minha mente, eu ainda cortaria a garganta dela por causa desse garoto. Sou uma filha da puta egoísta com um brinquedinho novo.

- Tudo bem garotinho, já está na hora de crianças irem pra casa, eu preciso cuidar de assuntos de adultos agora.

O puxei para fora de minha casa, o garoto deveria estar surpreso e se achando, quase bati a porta em sua cara, só não o fiz, porque? Nem eu sei, talvez pela ligação e sentimentos, blá, blá, blá.

- A é, nos vemos na escola. - Fechei a porta com força, eu estava irritada e frustrada. Eu precisava de uma diversão! Se o lobinho não  queria se divertir eu poderia brincar com outro. 


...











Rosa VermelhaOnde histórias criam vida. Descubra agora