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Marcus Rinaldi

Rodopio o líquido ao redor do vidro antes de ingeri-lo. A Vodca desceu queimando até chegar no meu estômago. Faço uma pequena careta, não pelo sabor do líquido que eu aprecio, mas pelo motivo de estar bebendo-o. Negócios, sempre que tenha algo grande para resolver, degusto alguns copos de vodca. No entanto dessa vez não estou bebendo somente para os negócios.

Ela tem sido a maior razão para meus pensamentos, era estranho que em tão pouco tempo, ela tem tomando conta de uma parte importante de mim, uma parte que só tinha vida quando Maya estava viva. E isso está me incomodando e me deixando inquieto. Não estava acostumado com recusas, principalmente vindo de mulheres, porém quanto mais ela se recusava a jogar conforme as regras, mais determinado a conquista-la me tornava. Talvez isso seja algo passageiro, uma reação instintiva da caça e caçador, se for assim, logo recuperarei a razão e ela será carta fora do baralho, por enquanto ficarei com ela em uma honrada posição de esposa.

Olho para a grande tela de um dos computadores onde há várias janelas que mostram cada cômodo do apartamento dela. Enquanto estávamos na clínica a dois dias atrás,meus homens instalaram as câmeras a minha ordem e agora eu posso vê-la. Fixando meus  olhos na tela, a vi dormindo. Ela deitou na cama a mais de uma hora e eu fiquei observando-a essa última hora enquanto bebia. Tentei dizer a mim mesmo que a vigio para ter certeza que não escapasse, mas o fato é que quero olhá-la e fantasiar todas as coisas que farei com ela. Rapidamente meu corpo se manifestou e meu pau que estava sempre sobre controle ficou rígido e o sangue o irrigou quente. Porra! O que há com essa mulher que me deixa assim? Isso tem sido uma constância desde que a conheci. Desejar mulheres não é algo novo para mim, mulheres bonitas e receptivas sempre tiveram em minha disposição, até quando era promotor, facilmente poderia ter traído Maya inúmeras vezes, mas sempre lhe fui fiel, mesmo tendo um apetite sexual enorme, eu me controlava para não trepar com as mulheres, porque vontade não me faltava, era simples, ela nem saberia. Eu só queria ser um cara bom, por isso tentava esconder a todo custo meu lado obscuro e minha natureza sombria.

Admiro-a mover-se na cama e encolher as pernas. Ela está triste e antes de dormir, chorou. Queria sentir remorso por fazê-la sofrer, mas não sinto, muito pelo contrário, sinto prazer. Ingiro mais um gole da bebida e faço uma avaliação dos meus sentimentos por ela. O que sinto por essa mulher não é mesma coisa que sentia pela Maya, definitivamente não. Pela Maya sentia carinho, respeito e amor. Eu não era possessivo com ela, muito pelo contrário, nunca a vigiei e sempre respeitei suas escolhas. A vida sexual era morna, eu gostava de fazer sexo com ela, mas Maya não era uma mulher receptiva, não que ela não gostava de mim, sei que sim, contudo ela ficou fissurada por engravidar e nós tentamos desde o início do casamento, embora eu não quisesse ter filhos. Mas a medida que não vinha, ela começou a ficar paranóica, e só transávamos quando ela estava no período fértil. A gente tinha, dia, hora e minuto pra fazer sexo, fora isso não me deixava toca-la. Essa situação me deixou frustrado e que me consolava eram inúmeras masturbações e banhos frios. 

Mas eu só queria ser um bom marido e não um filho da puta como meu pai costumava me chamar, ele me disse que jamais conseguiria ser um homem "normal" que meu DNA estava empregando dos homens da família Rinaldi, e eu sabia disso, por isso fiz tudo para esconder esse meu lado. E justamente por causa da minha descendência que não queria procriar, meu pai ficaria satisfeito se isso acontecesse, tentei de todas as maneiras persuadir Maya a não ter filhos. Eu deixei a Maya comandar a minha vida. Eu errei.

Justamente um ano depois de casados, finalmente Maya me convenceu a fazer o exame, eu não queria fazer, meu lado Rinaldi não conseguia aceitar que o problema era meu. Sim, fui machista, isso não caberia em minha cabeça, eu era um macho viril, já tinha problema com a porra da camisinha e isso era demais. Quando soubemos o resultado, a princípio fiquei desnorteado, mas isso não durou muito, gostei da ideia, assim acabava para sempre com a dinastia Rinaldi e meu pai não podia fazer nada sobre isso. No entanto, Maya não desistiu de ser mãe e de novo me convenceu a fazermos a inseminação artificial. A  partir desse ponto, minha relação com ela tomou um rumo mais paranoico ainda, ela só pensava nisso. Mesmo contra a minha vontade, iniciamos o tratamento. Eu queria ser o cara normal, queria ser o bom marido, então masturbei no potinho. Foi até bom, já que não fazia sexo com minha esposa.

Grávida do Mafioso Onde as histórias ganham vida. Descobre agora