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• Mary

- Querida , que bom vê-la!- fala minha mãe sorrindo enquanto esperamos suas malas - É bom vê-la mãe! - me abraça demoradamente - Seu pai chegará mais tarde , ele teve que resolver algumas coisas administrativas

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- Querida , que bom vê-la!- fala minha mãe sorrindo enquanto esperamos suas malas
- É bom vê-la mãe! - me abraça demoradamente
- Seu pai chegará mais tarde , ele teve que resolver algumas coisas administrativas .
- Está bem , o que trouxe vocês a Paris afinal?
- Não posso simplesmente estar com saudades da minha única filha?

Não. Ela não é assim.

- Ah claro !- pegamos as malas e vamos para o carro .
- Ótimo, estou louca para conhecer seu namorado!
- Mãe, você sabe que eu não tenho namorados ! - falo rígida
- O Tom sempre foi o melhor deles!- se refere ao cara que tirou minha virgindade , aquele filho da puta.
- Você sabe que nunca iríamos dar certo!
- Como está a Ana ? Faz tempo que eu não a vejo! Quando foi a última vez... No Brasil?
- Provavelmente . Mas ela está bem, casada e.... Grávida!
- Ah meu Deus! - fala sorridente - Sempre soube que você iria ser titia primeiro! - parece entusiasmada .

Bom, a minha relação com a minha mãe nunca foi das melhores. Somos diferentes em tudo! Tudo. Sem excessão de nada ; opiniões, gostos, política, forma de pensar, olhos ,cabelos e até mesmo o sangue! (claro que ela é a minha mãe biológica, mas em sentido ABO não somos iguais! )
Toda essa diferença nunca foi um problema até meus quinze anos de idade , quando ela começou a querer que eu fosse sua cópia.

[...]

- É aqui que você mora , Mary?- pergunta calmamente
- Ah,sim !!
- É um belo apartamento! - fala e eu apenas sorrio
- Deixe-me levá-la para o quarto de hóspedes, deve estar cansada!

E assim faço, acompanho minha mãe até um dos quartos . Ela me dá um beijo de boa noite e se direciona até o banheiro, eu fecho a porta e volto para a sala ; movimento meu pescoço em busca de achar o local certo,a área que doeu o dia inteiro .

Argh!

Ouço a campainha tocar , o que é estranho já que são mais de nove da noite! Ana tem a chave então....

Quem poderia ser?

Abro a porta e com uma piscada de olhos avisto meu pai!
- Pai!- falo surpresa pulando no mesmo , abraçando apertado seu tronco até perceber que ele está sem ar.
- Olá, foguinho!- alisa o topo de minha cabeça . - Estava com saudades também !

Segundo meu pai , quando eu tinha sete anos ,uma vez eu quase coloquei fogo em nosso apartamento inteiro , e ele disse que se eu não contasse para a mamãe iríamos comer bolo , a partir daí ele começou com o apelido.

- Está ficando velho ,Sr. Di Laurents! - eu digo e o homem de cabelos grisalhos me olha de cara feia - Não consegue nem com o peso de suas malas! - sibilo sorrindo e ele me manda o dedo do meio.
- Eu estou muito bem para a minha idade , mocinha!
- Uhum , e quantos anos tem mesmo...? Setenta , oitenta...- provoco e vejo fúria em seus olhos
- Eu tenho cinquenta e você sabe muito bem disso!
- Está bem , já chega ! Deve estar cansado , me dê isso!- pego as suas malas - Agora vamos para o quarto,  precisa dormir, meu velho!
- Oh não,não! Quero conversar com você Mary , faz mais de dois anos desde que nos vimos , não pode me largar assim!- faz um bico enquanto andamos até o quarto .
- Está parecendo uma criança de oito anos !
- Quando você tinha oito anos era bem pior!- fala e eu gargalho .
- Sh...sua mãe já deve estar dormindo!- disse meu pai quando eu começo a rir muito alto .
- Okay , vá dormir meu velho!- balbucio quando finalmente acabo de rir .
- Quero mais tempo com você , foguinho!
- Vou estar aqui quando acordar!- beijo suas cabeça com meros fios de cabelo e ele sem mais relutância vai dormir.

Subo as escadas , bocejando assim que chego ao topo ; ando em direção ao meu quarto , paro em frente a porta e calmamente vou tirando todos os agasalhos usados no dia frio que fazia em Paris.

Abro a porta do quarto desconcentrada .

- Uh! Mas que porra Gray!- digo colocando a mão no peito , em um gesto de susto ao ver o homem de cabelos castanhos sentado em meio a minha cama .
- Desculpe - fala baixinho , com a voz trêmula
- O que faz aqui? - sussurro lembrando de que essas paredes são finas e meus pais poderiam ouvir tudo que acontece aqui em cima .
- Não consigo dormir! - diz suavemente e eu lhe olho confusa
- O que eu tenho com isso ,Mark?
- Olha só , não pode ignorar o fato de que quase estava grávida de mim! E também não pode ignorar todas as palavras que foram ditas naquela sala, Mary! Não pode fingir que não temos nada , e não pode fingir que nada aconteceu! - se aproxima de mim e minha respiração pesa.
- O que quer que eu diga? Que ver aquele sorriso lindo no seu rosto foi uma das melhores sensações da minha vida? Ou que lamento tanto não ter um filho seu? - tento manter o tom de voz mínimo.
- O que ? - fala surpreso
- Não haja como se não soubesse !
- Eu não sabia! - olha tão profundamente para dentro de mim , que me sinto explorada, por aquele olhar!
- Não podemos voltar com o que tínhamos !
- Eu não suportaria ter tão pouco de você!- acaricia minha testa
- Acho melhor...- ele se aproxima ainda mais e eu sou interrompida .
- Querida , o que está acontecendo aí?- pergunta meu pai do outro lado da porta

Porra , mil vezes porra!

- Ah, n-nada papai!- tento manter a leveza no meu tom de voz , Mark tenta esconder toda a sua curiosidade e euforia ao saber que não estávamos sozinhos. 
- Tem certeza? Acho que ouvi vozes ...
- Sim , estou bem ! - sibilo firme
- Ok, tudo bem então, boa noite, foguinho!
- Boa noite pai!

Alguns minutos depois ouvimos passos descendo as escadas e meus músculos relaxam .

- "Papai"?- pergunta Mark me olhando sorrateiro
- Sem nenhuma palavra,Gray! - caminho em direção a minha cama , retirando a camada de roupas de meu corpo .
- Mary!- intervém Mark quando eu estava prestes a fechar os olhos .
- O que você quer Gray?- bufo
- Não podemos ignorar o que aconteceu, linda !
- Eu sei , eu sei ! - sussurro - ! Mas por favor podemos falar disso outra hora? Eu estou muito, muito cansada!- volto a tentar fechar os olhos ,até que sinto ele se deitar na cama também .
- Por que insiste em me perseguir?
- Eu não estou perseguindo você!- encosta suas costas na cabeceira e se põe a me olhar atentamente.

Alguém segundos de mais silêncio se passam e apenas nossas respirações eram plausíveis.

- Ei.- ele interrompe, sabendo que eu não estava dormindo - está tão cansadinha assim? - eu afirmo com a cabeça e o homem , retira sua camiseta, deixando seus braços fortes e másculos a mostra - Venha aqui!- abre as pernas e indica que eu me deite ali .
- Ah não mesmo! Não vamos transar Mark !
- Não vamos transar, Mary!- me olha sério ; depois de longos minutos pensando no que fazer , me rendo , sentando justamente onde ele indicou.

Suas mãos alinham minhas costas com seu peito , e as mesmas começam a fazer movimentos relaxantes , tão relaxantes que faziam aquele parecer o melhor lugar do mundo .

-Deixe-me fazer uma massagem!- continua a se dedicar em meus músculos tensos e rígidos - Precisa relaxar,linda !- beija o local de minha nuca ,me fazendo esquecer de completamente tudo .
- Você é tão bom !- sinto que estou pegando em um sono , ali mesmo , apenas com peças íntimas , naquela calmaria , em meio a muitos  pensamentos  ; no colo de Mark Gray !
- Acho que eu deveria...- tenta se soltar de mim mas eu não deixo.
- Saia pela manhã; por favor não vá!- sussurro com os olhos pesados e a última coisa que sinto é um beijo ser deixado em minha testa .

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Lindos porra🤧💆🏻‍♀️✨

Demorei mas voltei!😅

Xoxo,M.

Me foda , doutor ! ( livro 02 da série "the elite of Paris")Onde as histórias ganham vida. Descobre agora