Dr Nicolas ficou nos olhando por um tempo, nos deixando aflitos, já estava a ponto de começar a gritar, mas ele finalmente faz seu relatório médico.
- Ambos estão bem, ele acordou a pouco e refizemos vários exames para ter certeza que não havia riscos, não há sinais de qualquer sangramento ativo e não há ossos quebrados... Ele é muito forte. - suspiramos aliviados. — Ele está com alguns hematomas, um corte nos lábios, mas conseguiu proteger o bebê. No momento ele está fazendo o exame de ultrassom. Vocês gostariam de vê-lo agora?
- Com certeza!!!! - falamos em uníssono.
Ele nós encaminha até uma sala onde Nathanael estava fazendo ultrassom, ao nos ver Nath começa a chorar e corremos para abraça-lo.
- Me perdoe Nath, eu deveria ter te protegido, protegido o nosso bebê... - Thomaz chora abraçado a Nath, ele estava muito abalado.
- Não precisa pedir perdão meu amor, estamos bem!!!! - ele sorri em meio as lágrimas que caiam por sua face.
- Quem fez isso vai pagar... - era palpável a raiva de Thomaz, quando o médico nos interrompe.
- Desculpe interromper, mas queria falar que o bebê está bem, seu desenvolvimento está adequado, agora... vocês querem saber o sexo? - nos olhamos e assentimos, não tirando os olhos dos borrões na tela.
- Deixa eu ver... - demorou alguns segundos que mais pareciam uma eternidade, até que ele fala. - Aqui, estão vendo??? - como se fosse possível identificarmos aqueles borrões. - Parabéns vocês serão pais de uma menina!!!! - nós abraçamos e começamos chorar emocionados. Seremos pais de uma menina... a nossa menininha!!!!!
- Ela será a nossa garotinha!!!! - falei emocionado, fazendo um carinho no rosto de Nath.
[...]
Levamos Nath para casa e utilizamos nossa ligação para cura-lo mais rápido, como já tínhamos feito com Thomaz e comigo.
No outro dia pela manhã, fizemos nossa higiene pessoal e percebemos que Nath estava muito melhor. Preferimos tomar café em casa mesmo e seguimos para a faculdade, gostaríamos que Nath ficasse em casa para descansar um dia a mais, porém ele insistiu em ir, como ele mesmo disse "não seriam alguns covardes que iriam o amedrontar".
E assim que chegamos as nossas faculdades, fomos chamados a direção geral da universidade, pois a polícia da cidade e o esquadrão das forças especiais do meu pai estavam no caso e o Reitor quis conversar conosco, ele pareceu muito emocionado quando viu que Nath e a nossa bebê estavam bem e se sentia envergonhado por ter acontecido algo tão terrível nas dependências da sua universidade e por fim nós garantiu que tudo o que estava ao seu alcance estava sendo feito e não iria descansar enquanto não achassem os culpados.
Quando já estava na minha faculdade recebi uma ligação do meu pai, dizendo que iria nos visitar a noite para conversar e Thomaz me enviou mensagem dizendo que o seu pai estava pressionando os políticos e sabíamos o quanto ele era convincente quando queria, então era só aguardar por novidades.
A manhã foi tranquila, fizemos algumas atividades cada um no seu curso e nos encontramos no almoço. Parece que a notícia de quem eramos filhos se espalhou e apesar dos cochichos, agora ninguém mexia com a gente, assim pudemos almoçar sossegados. Lemos no jornal local, a publicação do artigo do Gabriel, sobre "a violência velada e a real dentro das universidades", um ótimo artigo!
A tarde participamos das atividades para o concurso da Lua e Sol da universidade, tiramos fotos e planejamos algumas atividades beneficente para os próximos dias.
Quando saíamos da universidade fomos comunicados pela polícia que naquela tarde mesmo, os culpados haviam sido presos e tudo estava caminhando.
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Soulmates: memórias de uma vida
FantasyEstá é uma continuação de "O diário do ômega". Em "O diário do ômega", Arthur conta como foi seu conturbado último ano na escola, sendo bem intenso, cheio de acontecimentos e descobertas, mas também cheio de amor e superação, agora nesta continuação...