Capitulo 4

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                       Sophie Rockenbach

-Finalmente te encontrei.

-Eu mereço. -sussurro revirando o olhos
O que você quer, Bukovski?

-Você não pode sumir assim querida, não pode terminar nosso noivado e não dar explicações.-rosna irritado

-Não só posso, como fiz! - depois de descobrir que ele era o mandante da tentativa de assassinato dos meus pais, eu tentei procurar provas para poder matá-lo, mas a única prova que encontrei, desapareceu. E então fazem 2 anos que terminei com esse embuste e 1 ano que consegui despista-lo. Bom, hoje ele me encontrou.

-Não se esqueça quem eu sou, Sophie - ele agarra o meu braço e no mesmo instante eu me levanto

-E você, não se esqueça quem EU SOU! -digo as últimas palavras com raiva e puxo o meu braço.

-Está tudo bem aqui? -o ruivo maravilhoso pergunta e meus soldados chegam no mesmo instante.

-Isso não vai ficar assim Sophie! -Bukovski sai com raiva.

Olho para o ruivo e digo -Obrigada, mas não preciso ser salva - e sorrio.

-Não pensei que precisasse - diz se sentando na cadeira a minha frente - a princesa da máfia sabe se cuidar.

Olho para ele incrédula. Apesar da pele clara e os cabelos de fogo, sei que ele não é alemão.

-E você é? -pergunto com uma sobrancelha levantada .

-Eu poderia ficar ofendido por você não saber quem eu sou, Sophie -coloca a mão no peito -Lorenzo Rossi, ao seu dispor.

-E o que o chefe italiano está fazendo aqui? -droga, eu tinha que ficar encantada logo por esse cara?

-Vim te fazer uma proposta - ele sorri e que sorriso! Foco Sophie.

-Que seria? -balanço minhas mãos para ele continuar.

-Case-se comigo!

-O que? -minha voz sai numa intonação constrangedora -o que?

-Eu preciso de uma esposa pra deixar o conselho feliz, você precisa de um marido pra se tornar chefe da máfia alemã. Estou juntando o útil ao agradável. -diz juntando as mãos

-Olha senhor Rossi, meu pai vai se aposentar em 10 anos, acho que ainda tenho tempo- digo massageando minha testa, essa conversa está me dando dor de cabeça.

-Mas os atentados estão cada vez mais frequentes, tiveram sorte de ninguém ter se machucado.

-E o que senhor...

-Você!

-O que?

-Me chame de você -diz sorrindo

-E o que o SENHOR- digo com ênfase- ganha com isso? - ele ri

-Apenas a honra de te ter como esposa. - galanteador barato.

-Por favor senhor Rossi...

-Lorenzo, me chame de Lorenzo, Sophie.

-Rossi, se você quiser casar comigo, teria que pedir para o meu pai e não para mim -digo o óbvio

-Eu já pedi e ele disse que a decisão é sua. -meu pai sempre joga a bomba pra mim, mas eu gosto.

-Entendo, o que eu ganho com isso senh... Rossi? - ele sorri

-A máfia italiana e alemã juntas. -é claro que eu sei disso, mas preciso saber o que esse cara quer de verdade.

-Caso eu saiba - digo levantando o indicador - precisa ser virgem pra entrar pra famiglia. Não sei se está bem informado mas, a máfia alemã não é tão severa como a italiana. - sorrio falsa

-Touché! Mas eu sei que você é virgem Sophie, seu pai te deu a oportunidade de se casar com quem quiser e pra isso, você teria que se guardar. Estou errado? - pergunta levantando uma sobrancelha

-Elementar, caro Watson -  balanço as mãos e ele ri - com uma condição!

-Qual?

-Eu não serei uma esposa troféu, Rossi. Não serei uma dona de casa submissa e recatada, não sou inocente como os italianos gostam. Eu luto pela minha família, pela minha máfia; fui treinada pra isso, pra ser uma máquina de matar.
Não pense que ficarei calada, não serei o seu troféu alemão! - digo séria

-E é justamente por isso que eu te escolhi Unerträglich! - ele sorri e me assusto

-Vejo que fez o seu dever de casa direitinho, Rossi - falo firme pra não mostrar a minha surpresa

-Como eu disse, não quero qualquer mulher ao meu lado. - fala sério

-Eu não sou inocente Rossi, ninguém me penetrou, isso é verdade, mas não quer dizer... - passo o meu indicador pelos lábios e ele arregala os olhos - Ainda quer se casar?

-Tentando se livrar de mim, Sophie? - ele sorri de um jeito cafajeste - Com uma condição!

-E qual seria?

-Vamos nos casar e morar na Itália

-Com uma condição - sorrio - a cada mês, vamos passar uma semana aqui na Alemanha e quando me tornar chef, ajustamos.

-Acho que estamos colocando condições demais - coça a cabeça

-É pegar ou largar, Rossi -falo vitoriosa

-Com uma condição

-Não foi você que acabou de reclamar?

-Elementar, caro Watson - diz sorrindo e eu sorrio de volta e balanço as mãos pra ele continuar - Na hora que eu estiver te fodendo, você vai gritar meu nome! - sussurra e isso me arrepia inteira

-Só se você me foder direito, Rossi!

O inferno que há em mim Livro 1 O legado Rockenbach-Rossi Onde as histórias ganham vida. Descobre agora