Capitulo 6

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                          Sophie Rockenbach

-Droga, falta 15 minutos e eu ainda não estou pronta - sussurro - parabéns Sophie, ótimo jeito de começar.

Confesso que estou nervosa, apesar de não estar radiante com tudo isso, Lorenzo está salvando minha pele, mas preciso dizer a ele que não será fácil, Bukovski não vai aceitar isso. Então preciso ser perfeita, claro que vou ser eu mesma, mas só pela escolha do tom do vestido, sei que Lorenzo quer passar uma boa impressão.

-É claro que ele tinha que escolher um vestido azul, se quer uma mulher forte ao seu lado, não deveria mostrar isso desde agora?! E essa merda de vestido não fecha. Fotz! Fotz! Fotz! *

Buceta*

                           Lorenzo Rossi

Depois de ficar o dia inteiro no escritório da minha empresa, estou exausto. Além da máfia, tenho uma empresa petrolífera, preciso de uma desculpa de onde vem toda a riqueza e apesar da empresa me dar muito dinheiro, nada se compara a máfia.
E como o CEO mais cobiçado da Itália, vai ter muitos paparazzis na porta da mansão, já que Sophie também é uma CEO na Alemanha, dona de muitas empresas de engenharia. Tripliquei a segurança pra não ter nenhum vazamento comprometedor.

Após tomar um banho e me arrumar, vou até o quarto que Sophie está e escuto resmungos. É lindo como o idioma alemão sai na voz dela, apesar de tudo parecer ser um palavrão. Vou precisar aprender alemão, vai que ela me xinga sem eu saber.
Bato na porta

-Entre!

-Com licença, vim ver como... - perco a fala

-O que foi?

-Você... é... você... - engulo seco - está linda!

-Obrigada, você também não está ruim - sorrio e ela revira os olhos.

-Porque esta irritada? - será que fiz algo errado?

-Azul? Sério? Muito meu estilo.

-Olha Sophie, sei que você é o tipo de pessoa dark, mas precisamos conquistar o conselho - massageio minha testa, essa mulher vai me dar trabalho

-Eu só quero te lembrar sobre o que conversamos na cafeteria, mas azul combina com meus olhos. - ela sorri - Pode fechar, por favor?  - vira de costas pra mim.

-Claro!

Me aproximo dela lentamente, seu cheiro é cítrico e suave. Respiro fundo, pego no zíper e vou subindo minha mão, fechando o seu vestido. Passo os meus dedos delicadamente por sua pele macia e automaticamente ela se arrepia, sorrio com a forma que o seu corpo reage.
Coloco em seus ombros a alça que caiu e dou um beijo em seu rosto, ela fecha os olhos e respira ofegante, sei que está martelando em seus pensamentos. Quando vou dizer algo, escuto um pigarreio.

-Com licença

-O que foi Enzo? - pergunto irritado e Sophie se afasta

-Já está na hora. - ele dá um sorriso que me irrita - Prazer Sophie, sou seu cunhado preferido.

-Prazer, Enzo né?! Você não seria meu único cunhado?

-Por isso o preferido! - ele pisca e beija o dorso de sua mão e ela sorri

-Não estamos atrasados? - levanto uma sobrancelha irritado e Enzo ri, eu vou matá-lo assim que tudo isso acabar.

Chegando no salão principal, vejo todos da famiglia, que estão ansiosos para ver minha futura esposa. Quando Sophie aparece na escada, todos os olhares vão pra ela, não é por menos, ela está magnífica!

-Senhor, uma carta. - um dos meus soldados me entrega

-Quem mandou?

-Foi deixado na entrada - ele abaixa a cabeça

-Verifique nas câmeras e me avise assim que descobrir. - ele acena e sai

Viro a carta para abrir:

"Lorenzo Rossi

Não pense que isso vai acabar bem, ela é e sempre será minha "

-Mas que merda é essa? Cazzo!

-Rossi, eu posso falar com você?

-Agora não Sophie.

-É sobre uma carta que recebi - diz séria e irritada

-Você também recebeu? - pego a carta de sua mãe e entrego a minha

"Sophie Rockenbach

Você é minha, não se esqueça disso! "

-Cazzo!

-Rossi, sei que aqui não é lugar pra conversar mas... - ela é interrompida por Mauro Esposito, um dos membros do conselho, nos chamando para o palco.

Subimos ao palco de mãos dadas e sorrindo, nem parece que acabamos de ser ameaçados. Pego o microfone e digo um monte de baboseiras que todos querem ouvir e anuncio que estamos noivos.
Todos aplaudem e nos parabeniza, apesar de Sophie ter dito que não seria um troféu, ela está fazendo isso muito bem.

                      Sophie Rockenbach

Depois de tantos sorrisos falsos, apertos de mãos e fotos, muitas fotos, vim pro jardim respirar um pouco. É engraçado como jardins me acalmam.
Lorenzo estava lindo naquele terno de três peças todo preto; acabei percebendo uma coisa, seus olhos mudam de cor de acordo com seu humor.
No quarto, naquele momento que me tirou o fôlego, seus olhos estavam verdes escuros, cheios de desejo, mas quando recebemos as cartas, seus olhos estavam um verde quase azul, mas não soube definir se era raiva. 

-Está tudo bem?

-Sim, só estou respirando. - ele toca nos meus ombros e me viro pra ele - Rossi, eu devia ter te contado sobre Bukovski, sei que ele foi o responsável pelas cartas.

-Sophie, se esqueceu que investiguei você? Eu sei de tudo! - ele diz sorrindo

-Eu não vou deixar ele fazer nada, se ele tentar encostar em alguém...

-Sophie, daqui a 2 semanas você terá a máfia italiana e alemã juntas, nada nem ninguém vai encostar em você.

E lá estava, seus olhos, verdes quase azuis. Ele está preocupado?

O inferno que há em mim Livro 1 O legado Rockenbach-Rossi Onde as histórias ganham vida. Descobre agora