08_ Consequências.

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Rain Miller

- Levanta, Rain! - Mandou a Aly me puxando pra fora da cama.

Mas que demônio insuportável!

A vontade de empurrar ela pela janela só aumenta.

O sinal já havia tocado faz alguns minutos, segundo a Aly, se eu não levantasse agora e me preparasse, a gente ia ficar de castigo.

E isso, é exatamente oque eu quero.

- A vida é cheia de desafios, um deles é sair da cama. Acontece que eu não quero cumprir desafios hoje. - Sorri enfiando o meu rosto no travesseiro.

- Por que você simplesmente não se esforça com o colégio? - Perguntou a Aly frustrada, desistindo de me acordar.

- Porque eu não planejo ficar aqui por muito tempo. - Pisquei pra ela.

[...]

Eu corri pelos corredores enquanto alisava a minha camiseta vermelha de educação física.

O uniforme era um calção azul — quase preto — e a camiseta vermelha.

Eu to falando, quando eu for expulsa, vou assaltar os uniformes de todo mundo.

Fato engraçado, eu não faço a mínima ideia de onde fica o campo ou o ginásio.

Eu devia ter levantado quando a Aly falou, mas em compensação, eu não tive que assistir as aulas chatas de matemática.

Eu já imagino a cara do professor de matemática, morrendo de ódio por não me ter na aula para implicar.

Levou algum tempo para eu finalmente achar o campo de futebol, eu só tive que passar algumas fofocas para a tia da limpeza e ela aceitou me levar até o lugar.

Chegando lá, eu caminhei lentamente percebendo que os garotos estavam jogando futebol e as meninas sentadas apenas conversando.

- Ah que gracinha, pensei que ia encontrar droga aqui mas em compensação o que não falta é piroca e buceta. - Sussurrei com um sorriso.

Observei as meninas e logo percebi que elas olhavam para alguém atentamente.

Marcus.

A diferença era que o olhar do Marcus, estava sobre mim.

O cabelo dele ondulado e suado caia sobre sua testa, os lábios extremamente avermelhados e a sua respiração irregular, fazendo o seu peito subir e descer descontroladamente.

Aquela imagem devia ser ilegal...

Ele me encarava maravilhado, e por mais que eu odeie admitir, o admiração dele sobre mim me deixava nervosa, com uma sensação incrível e nova.

Era quase como se a minha barriga desse voltas frias só por estar no mesmo campo que ele.

- MARCUS, OLHA A PORRA DA BOLA! - Gritou um cara de cabelo ruivo e assim que eu dei por mim, vi a bola indo em direção da cara do garoto do pepino.

Eu arregalei os olhos vendo a merda acontecer e quando menos esperei, ele conseguiu dar a volta por cima, marcando com a cabeça.

Os gritos de felicidade foram instantâneos.

O cara que tinha gritado para o Marcus sobre a bola olhou pra mim confuso e depois para o Marcus, antes de comemorar. Ele parecia ter processado alguma coisa mas eu decidi não me preocupar com isso.

Dei de ombros indo em direção da Aly.

Foi quase impossível não ver, a onda de garotas indo em direção do Marcus no instante em que seus amigos se afastaram.

O Colégio InternoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora