Capitulo 7

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                      Sophie Rockenbach

Não estou preparada pra isso, sinto que serei feliz mas, posso fazer o mesmo por Rossi? Eu não mereço o amor, nunca mereci e eu não sei amar. Por isso que com Vladimir era tudo fácil, ele nunca demonstrou amor, então eu não precisava me esforçar, não precisava demonstrar afeto. Tudo não passava de negócios.
Com Lorenzo é diferente, ele mexe comigo, eu sei, mas me apaixonar? Isso é algo que não acontecerá. Nosso casamento é uma aliança, mas sei que ele fará de tudo pra me fazer feliz.

-O que tanto pensa filha?

-Nessa loucura que me meti, papai

-Filha, você precisa dar uma chance a Lorenzo!

-Eu sei papai, mas...

-O passado está no passado Sophie. Não deixe tudo o que viveu definir o seu futuro.

-Não é tão fácil - suspiro - sou como o gelo.

-E só o fogo irá derreter - ele sorri - e Lorenzo é o seu fogo, querida.

Saio da sala pensando no que meu pai me disse e ele não poderia estar mais errado. A crueldade nunca encontra a bondade, o gelo não chega perto do fogo porque sabe que não lhe fará bem e é isso que vou fazer.

Depois de horas investigando Bukovski e a Bratva, não achei nada, nenhuma pista de que ele seja o mandante do atentado. ScheiBe*, os russos sabem esconder seus rastros

Merda*

Já cansada, decido voltar pra casa pois amanhã voltarei pra Itália, preciso provar o meu vestido de noiva. Meus pais irão só no dia do casamento, não podemos deixar a Camorra sem o chef por muito tempo.

Estou numa avenida, quase chegando em casa; estou sozinha na minha Audi e-Tron GT preta e sou fechada por duas Ranger Rovers.
Saco a minha arma que estava na minha cintura e me abaixo, ouço tiros vindo do lado de fora. Levanto a cabeça rápido pra verificar quantos atiradores são, Ficken*, quatro atiradores e vejo pelas tatuagens que são russos; não estão atirando pra matar e sim como aviso.

Puta que pariu*

O carro é blindado, então fico mais tranquila, abro o vidro do carro e atiro de volta, acabo acertando um deles que cai no chão morto. Abro a porta do carro pra me dar mais precisão e atiro sem parar, sou atingida de raspão no ombro, ScheiBe* isso não vai ficar bonito no meu vestido de noiva. Os atiradores cessam e entram em seus carros. Bukovski não está pra brincadeira.

Merda*

Dou uma volta no carro pra ver os estragos, fico puta, o carro era novo! Vejo que dá pra voltar dirigindo, mas isso não vai ficar assim, vou destruir o império russo.
A Bratva deu o primeiro passo e declarou guerra e se é isso que eles querem, então será guerra. Olho por olho, dente por dente!

Meu pai enlouqueceu quando me viu, queria juntar os soldados e ir atrás daquele merda, mas eu o convenci a esperar, tudo no seu tempo. Com muita dificuldade, papai aceitou.
Não posso pensar em Bukovski agora, tenho que me casar primeiro.

Outros que eu precisei acalmar foram os Rossi, eles realmente são bem protetores e eu nem sou da famiglia ainda.

Ligação on

-Você chega amanhã?

-Sim, pego o jatinho cedo e no almoço já devo estar chegando.

-Vou triplicar a segurança e estou mandando meu jatinho pra te buscar

-Rossi, isso não é um táxi e o piloto é confiável, não se preocupe, sei me defender - repreendo

-Você está ferida mio piccolo*. Agora você é parte da famiglia e não me interessa se você sabe se defender ou não, vou te proteger, sempre irei piccolo.

Minha pequena *

-O que é piccolo? - ele ri

-Você só ouviu isso?

-Eu não entendo italiano, vai que você está me xingando e eu não vou no seu jatinho!

-Sophie! - ele avisa

-Rossi - ironizo - isso não é um pedido

-Eu não vou fazer as coisas do jeito que você quer por teimosia sua, Sophie.

Ligação off

Depois de uma manhã inteira de vôo, cheguei na Sicília e encontro uma Mercedes-AMG GT me esperando com um ruivo muito irritado.
Eu não vim no jatinho dele, que o deixou soltando fogo pelos ouvidos, isso é engraçado, já que combina com seu cabelo.
Ele fica lindo irritado, isso eu não posso negar.

O inferno que há em mim Livro 1 O legado Rockenbach-Rossi Onde as histórias ganham vida. Descobre agora