Capitulo 12

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Olá meus amores, recomendo que escutem a música enquanto lêem o capítulo
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                        Sophie Rockenbach

Chuva, céu nublado, déjà vu . Quanta ironia.

Todos já se foram e eu estou aqui, em frente aos cachões dos meus pais, com a chuva caindo em meu corpo.
Todos já se foram, mas eu não consigo ir, não consigo me mover.

Dois dias, faz dois dias que eles morreram e o enterro está sendo só hoje e eu ainda não chorei, eu tentei, mas nada, nenhuma lágrima, apenas um vazio.

Não sinto raiva, não sinto dor, a única coisa que sinto é sede, sede por sangue, sede por vingança, mas não sinto raiva. O luto é estranho e mais uma vez estou passando por ele.

Fecho meus olhos e sinto a chuva fria batendo em meu corpo, o dia está frio, nublado, confuso, assim como eu.
Déjà vu, isso que estou tendo agora.

Lorenzo me abraça e coloca um guarda chuva sobre nós, ele fala comigo, mas não ouço nada, apenas o vazio, o silêncio.
Ele me leva até o carro e estamos indo para o hotel, não quis ficar na casa dos meus pais, seria torturante demais relembrar todos os momentos bons que passei aqui com meus pais .
Na porta do hotel, nosso carro têm dificuldade de passar, pois tem muitos repórteres, "O grande CEO da engenharia da Alemanha morreu a tiros junto com sua esposa" , a machete dizia; eles me ligaram a semana inteira querendo entrevistas.

Chegando no quarto, Lorenzo tira minhas roupas e me leva até o chuveiro, estou extasiada, não me movo, não escuto, apenas estou aqui.

-Eu vou matá-los!

-Vamos pensar nisso depois, amore mio

Saio do banho e me deito.

(...)

Acordo e me levanto, indo até a sala quando escuto:

-Lô, sei que você está preocupado, mas se ela descobrir, vai ter matar!

-O que posso fazer Nella? Sophie não confiou em mim e ela não está bem agora, preciso saber como ajudá-la.

-E como pesquisar sobre o passado dela vai ajudá-la Lorenzo?

-Enzo, eu também não estou confortável com isso, mas tudo sobre esse tal de Klaus está aqui nesse computador.

O que?

-O que? - grito - O que vocês pensam que estão fazendo?

-Sophie! - exclama os três ruivos traidores

-Você não tinha o direito Lorenzo

-Piccolo, eu...

-Você o que? Não pôde esperar eu te contar?

-Já faz 6 meses Sophie e seus pesadelos só pioram, eu precisava saber pra te ajudar.

-Você quer saber quem é Klaus? Então vou te contar - digo irritada - mas não agora.

Saio da sala e vou até o quarto e começo a fazer minha mala.

-O que você está fazendo Sophie?

-Indo embora

-Você não pode fazer isso, me desculpe, eu não queria te magoar piccolo, eu só quis te ajudar...

-Lorenzo, eu vou voltar, eu só preciso resolver tudo isso.

-Sophie, por favor, eu te amo! Não faça isso!

Merda, merda, merda! Ele me ama! Que droga, ele me ama e eu o amo, mas eu preciso resolver isso, preciso ir atrás da minha vingança. Só assim eu estarei inteira.

-Sophie, por favor, fique.

-Não!

-Você não vai sair da porra desse hotel! - grita

-Você não manda em mim Rossi

-Agora eu voltei a ser o Rossi? Eu acabei de falar que te amo porra!

-Aceite, eu vou sair daqui, quer você queira ou não. - rosno

-Então me fala pra onde vai

-Sabe Lorenzo, eu matei meus pais - ele olha pra mim confuso - não era pra eu estar aqui, era pra eu ter morrido junto com Klaus. Na verdade, era pra eu ter morrido no lugar dele.

-Sophie

-Sabe porquê me chamam de Unerträglich? Por que matei... eu matei o Klaus, assim como matei os meus pais.

-Sophie, eu não estou entendendo, vamos sentar e conversar.

-Não Lorenzo, eu não posso, eu vou embora. Eu vou voltar, não se preocupe. Não posso amá-lo, não por completo, até eu resolver tudo isso. Não posso permitir que você morra como os outros.

-Piccolo

-Ninguém em minha volta vive. Esse Lorenzo, esse é o inferno que há em mim!

Beijo sua boca, um beijo de despedida e saio.

O inferno que há em mim Livro 1 O legado Rockenbach-Rossi Onde as histórias ganham vida. Descobre agora