Capitulo 17

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                        Sophie Rockenbach

Acordo meio grogue e sentindo muita dor, olho ao redor e vejo que estou numa cabana abandonada, tenho a sensação de que conheço esse lugar.
Acho que irritei Vladimir demais, meu olho direito não está abrindo.

-Quem bom, está acordada princesa !

-Fala logo o que quer e economize o meu tempo Vladimir

Estou numa cadeira, amarrada com cordas, que idiota, posso sair daqui fácil.

-Eu quero você e a Alemanha.

-Difícil, já que sou comprometida - ele me bate

-Nem me lembre dessa burrada que você fez - rosna

-Sabe Vladimir, a primeira coisa que vou fazer é arrancar suas mãos, depois vou cortar o seu pau e enfiar na sua boca.  Vou cortar sua garganta e enviar sua cabeça de presente pro seu pai e claro, arrancar seu coração.

Um dos soldados de de Vladimir começa a me esmurrar, mas eu não faço nenhum barulho, não vou me permitir fraquejar na frente desses russos de novo.

-Já chega!

Vladimir manda todos sairem e ficamos só nós dois. Ele começa a falar sobre como foi difícil pra ele me ver ser torturada com 14 anos e está sendo mais difícil agora.
Já sei de todos os planos de seu pai, Vladimir tem a boca grande e estou usando o "seu amor por mim" ao meu favor.

Nikolai quer a máfia alemã pra derrotar a italiana, que está avançando em seu território, foi irônico eu ter me casado justo com quem eles querem eliminar é claro. Descobri que tem um traidor na máfia, preciso descobrir quem.
Então, por mais que Vladimir me ame, sei que dessa vez não irá poupar minha vida, pois como todos sabem, se eu morrer, Lorenzo irá enlouquecer, vai usar todos os seus recursos e poder pra ir atrás de Nikolai e isso será o fim da Casa Nostra e da Camorra. Lorenzo irá agir com o coração partido e não com a razão.

Preciso sair daqui, a noite os soldados ficam mais dispersos, já que Vladimir vai pra casa. Esse é o problema dos russos, eles não são fiéis, não juram lealdade, tudo é apenas dinheiro e poder, então não dão o seu sangue pela causa.

Espero todos estarem cansados quando chega a madrugada e me desamarro, eu disse que seria burrice me amarrar numa cadeira. Está tudo silencioso demais.

Abro a porta e vejo um soldado cochilando, quebro seu pescoço e o deixo na mesma posição. Chego até uma sala, dois russos estão conversando, arranco a arma da cintura de um deles e os mando ficar quietos, a arma está com um silenciador e atiro nos dois.
Suspeito, porque eles estariam com um silenciador no meio do nada?
Pego as facas de seus corpos e sigo adiante quando escuto palmas.

-Você realmente é bem durona - essa voz, eu conheço essa voz

-Querendo me pegar de surpresa Nikolai?

-Ora, então se lembra de mim

-Como esquecer o homem que matou meu irmão? - me viro pra encarar seu rosto

-Bom saber que faço parte dos seus pesadelos, princesa!

Dois soldados aparecem ao seu lado e ouço passos atrás de mim, mais soldados russos. Merda, sabia que estava fácil de mais.

Começamos uma luta corpo a corpo, eu contra seus soldados russos. Minha sorte é que sou ótima lutadora e derrubo três sem muito esforço. Pego a faca que peguei dos soldados que matei e corto o pescoço de um, antes de larga-lo no chão, pego sua arma e atiro nos outros, atiro também em direção a Nikolai, que corre na direção oposta .

Começo correr a procura de uma saída, é quando me vejo em frente a um precipício, o mar está bem a minha frente e é muito alto pra tentar pular. Me viro de costas pro mar e vejo Nikolai com mais soldados.

Não vou sair daqui viva, já aceitei meu destino, mas vou fazer alguns estragos. Aponto a única arma que tenho na direção de Nikolai, então vejo uma luz ao fundo. É agora!

-Sabe Nikolai, seu plano não deu certo. Devia ter me matado naquele dia, devia ter deixado meu irmão vivo e colocado sua filha pra casar com ele, teria dado certo, mas você foi ouvir o idiota do seus filho. Mas não se preocupe, eu mandarei pra você a cabeça dele com o pau enfiado na boca de presente, afinal, tenho que cumprir o que prometi a ele.

Então, sem pensar duas vezes, eu mudo a minha mira pra Vladimir que acabara de chegar e atiro.

Sou atingida por vários tiros e cambaleio pra trás, caindo do precipício em direção ao mar. Vou morrer, mas não em paz. Preciso beijar aquele ruivo de novo, preciso da minha vingança e me agarro nisso

O inferno que há em mim Livro 1 O legado Rockenbach-Rossi Onde as histórias ganham vida. Descobre agora