Capítulo 5

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Luna saiu da escola e observou a cena da madrinha abraçada com o menino, logo ficou eufórica e correu até ela.

— Babi! — abraçou a mulher junto com o menino — Você deve ser o Santiaguinho.

— Simmm. — sorriu.

— Ai, como você é lindo. Tão bonito quanto as fotos que sua vovó me mostrou. — acariciou o cabelo cacheado dele.

— Mãe... — Aurora chegou perto.

— Oi, filha... — Bárbara sorriu carinhosa.

— Me perdoa por ter te dado as costas... — deixou que uma lágrima escapasse.

— Uma mãe sempre perdoa um filho, Aurora. Um filho que não perdoa uma mãe...

Aurora secou o rosto e pediu um abraço, Bárbara entregou o neto para Luna que mal aguentou segurar o menino já que ele era grandinho e ela era miúda. Então, mãe e filha se abraçaram como já esperavam há muito tempo para fazê-lo.

— Oi, baixinha. — Eduardo cumprimentou Luna que esticou a mão para dar um soquinho na mão dele.

— Oi, Eduardo. — ela deu um sorriso fofo — Babi, ao invés de ficarmos parados empacando o trânsito, que tal irmos lanchar lá em casa?

— Se vocês quiserem. — encarou a filha e Eduardo.

— Por favor! Eu quero ir com a vovó, mamãe.

— É, seu pai não precisa saber que você faltou hoje, até porque você vem direitinho pra escola, não falta um dia. — Aurora deu o braço a torcer.

Bárbara foi com Luna, Santiaguinho e Aurora na frente, Eduardo seguiu com o carro atrás.
No apartamento, o menino ficou no colo da avó e não saía nem que fosse puxado.

— Precisam de alguma coisa? — Matias apareceu.

— Preciso que você me empreste as suas aquarelas. — Luna sorriu.

— Nem brincando, você destruiu as antigas. — balançou a cabeça.

— Mas, Matias...

— Não, Luna. Ainda mais agora que tô pintando um quadro novo, você não chegue nem respirar perto das minhas aquarelas. — repreendeu a menina que cruzou os braços brava.

— Eduardo, Aurora, Santiaguinho. Esse é Matias, meu responsável e responsável pela Luna. — Bárbara apresentou — Matias, essa é Aurora minha filha, Santiaguinho meu neto e Eduardo, que não é nada meu. — a frase fez Eduardo encará-la meio perdido, por um momento quis ser alguma coisa dela e não se sentir um nada ali no meio da família.

— É um prazer. — o velho sorriu e pegou na mão de todos.

— O prazer é nosso. — Aurora retribuiu o sorriso.

— Você é tão linda, vovó. — Santiaguinho suspirou bobo passando a mão no rosto da mulher que deu uma risada carinhosa e depositou e beijinho no nariz dele.

— Por que você acha que a sua mãe é tão bonita assim?

— Porque ela é sua filha. — ele respondeu.

— Eu preciso apertar essa criança. — Luna esticou as mãos e apertou as bochechas de Santiaguinho com cuidado para não machucar e em seguida beijou o rosto dele.

O tempo foi passando e Santiaguinho começou a querer cochilar, Bárbara pediu que Aurora o levasse até seu quarto para que ele pudesse dormir um pouco. Luna estava dormindo no sofá da sala com a televisão ligada e debaixo da coberta já que começava a esfriar e o tempo armava pra chuva.

Reaprendendo a CaminharOnde as histórias ganham vida. Descobre agora