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Lua🌙

O Th veio com o marido da Jade, ficaram olhando pra mim e coxixando, falando na minha cara que eu usei droga sem eu ter usado.

Povo maluco, eu hein!

Jade: Fica sentada.-falou, assim que eu tentei me levantar.

Lua: Não, o Coringa tá vindo pra cá e eu não vou conseguir ficar aqui com ele.-neguei com a cabeça.-Eu só vou no banheiro, rapidinho.

Carol: Não mesmo, pode ficar aí.

Tainá: Melhor ficar aqui.-concordou com as outras.

Eu já tava ficando com raiva, tava todo mundo me tratando como criança.

Coringa: Qual foi? -parou na minha frente.

Jade: Ela tá meio estranha depois que bebeu, parece que usou algo a mais que só a cachaça.-ele revirou os olhos se aproximando de mim.

Lua: Não encosta em mim não, Diogo.-gritei e ele me olhou com uma cara feia.-Quer dizer, Coringa.

Carol: Deixa ela aí, Coringa.

Tainá: Melhor ela ficar sentadinha, ela disse que tá tonta.

Ele fingiu que não escutou, me deu um puxão da cadeira que eu pensei que fosse cair já na casa da Carol. As meninas tentou convencer ele a me deixar com elas, mas ele ignorou me puxando por aquela multidão.

Lua: Sai, tira sua mão de mim.-tentei tirar a mão dele do meu braço.

Coringa: Cala a boca, porra.-falou grosso e eu fiquei calada.

Ele foi me puxando até uma casa, perguntei de quem era e ele ficou quieto, só mandando eu entrar.

Por fim eu entrei e ele me arrastou pro banheiro.

Coringa: Tu tomou o quê? -se encostou na porta.

Lua: Não é da sua conta.-cruzei os braços.-Você não se importa mesmo, tava grudado na boca de outra.

Coringa: Bebeu algo da mão de alguém?

Nem consegui responder, apenas me encostei na pia e vomitei o que queria sair faz tempo. Na hora que eu ia segurar o meu cabelo pra não sujar, o Coringa veio segurar pra mim.

Coringa: Colocaram alguma porra na tua bebida.-lavei a boca, puxando o cabelo da mão dele.

Lua: Só quero ir pra casa.-me virei pra ele.-Esquece a raiva de mim e me leva pra casa por favor, não quero estragar a noite dos outros.

Coringa: Tá sentindo alguma coisa ainda? -concordei com a cabeça.-O quê?

Lua: Tontura, cabeça doendo e enjôo chato.

Ele segurou na minha mão e foi me levando pra fora, dessa vez devagar.

A gente desceu o morro e chegou até a moto dele, sinceramente eu não sei se vou conseguir ficar firme.

Coringa: Vou meter o pé com a Lua, avisa as outras aí.-falou no telefone enquanto eu me joguei na calçada.-Fala que ela vomitou e que nós resolve essa parada amanhã.

Lua: Diogo, e sua namorada? -olhei pra ele.

Coringa: Tu? Tá caída no chão com o cu cheio de droga.-guardou o celular no bolso e estendeu a mão pra mim.

Lua: Eca, nem sei aonde você colocou essa sua mão.-levantei, largando a mão dele.

Coringa: Em vários lugares.-fiz cara de nojo.-Vem logo pra eu te ajudar a subir.

Parei do lado da moto e ele foi me ajudando a subir devagar, depois ele subiu também e perguntou umas 10 vezes se eu tava segura, respondi só a primeira vez, nas outras ele perguntou de besta.

{...}

Acordei com a cabeça doendo pra caralho, logo de cara percebi que eu não tava na casa da Carol, e sim do Coringa.

Quando abrir os olhos dei logo de cara com a visão do paraíso, foi bem na hora que ele tava vestindo a roupa. Foi uma boa oportunidade pra fazer um comentário safado, mas eu tava sem cabeça pra isso.

Coringa: Tá melhor? -parou na minha frente e eu me ajeitei na cama.

Lua: Um pouco.

Coringa: Então agora pode me falar a porra que usou ontem.-revirei os olhos.-Usou droga, Lua?

Lua: Eu já falei que não uso essas coisas, para de falar que eu usei sem eu ter usado.

Coringa: Do jeito que é lerda deve ter tomado alguma coisa da mão dos outros.

Lua: Não começa não Diogo, namoral.-fechei a cara.-Você ontem tava pouco se fodendo pra mim, por que ta querendo dá uma de preocupado agora? Hein? Ontem tava por aí beijando, hoje tá aqui querendo encher minha cabeça.

Coringa: Não tem nada haver o que eu fiz ontem com o que aconteceu contigo, nós nem tava se falando, eu ia ficar atrás de tu pra quê mermo?

Lua: Tá bom, Coringa.-desviei o olhar.

Coringa: Tem certeza que não tomou nada da mão dos outros? -olhei pra ele.-Tem que falar pô.

Lua: Tomei, um cara chamado Diego me ofereceu uma bebida e eu aceitei.

Coringa: Otária, era bom que se fodesse.-falou grosso passando a mão na cabeça.-Sabe o que ele poderia ter feito com tu?

Lua: Sei, mas não fez!

Coringa: Isso é pra tu aprender a não ser burra.-olhou pra mim com a cara feia.

Só sei que deu vontade de chorar, não cheguei ao ponto de me derramar em lágrimas mas fiquei com vontade. Principalmente pela grosseria do Coringa.

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No MorroOnde as histórias ganham vida. Descobre agora