Capítulo 15

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Bárbara se levantou com cuidado e foi ao banheiro tomar banho, quando estava saindo do mesmo, enrolada na toalha, Eduardo entrou.

— Por que não me chamou...?

— Você tava num sono tão bom, eu não queria atrapalhar... — cruzou os braços encarando ele.

— Podia ter me chamado. — sorriu chegando mais perto dela — Bom, eu vou tomar um banho e vou embora.

— Não.

— Não? Tá... Então eu vou me vestir e ir embora. — franziu a testa.

— Como você é lento. Eu não quero que você vá embora, toma banho, mas dorme comigo essa noite. — se apoiou na pia.

— Eu não sei se é uma boa ideia.

— Será que pelo menos uma vez você pode deixar o seu jeito de bom moço e fazer as coisas sem se importar com nada?

— Tenho medo de estarmos indo rápido demais.

— Eduardo, somos adultos crescidos, nos conhecemos há muito tempo. Há cinco anos atrás eu tentava chamar sua atenção, tentava fazer de tudo pra você me enxergar e eu nunca consegui. Hoje em dia eu consegui, com carinho, demonstrando que eu sou boa e você me deu um voto de confiança. Durante tempos me perguntei como era fazer sexo sem sentir dor, com alguém não fosse violento. Você me preencheu em todos os sentidos. — abaixou a cabeça — Se você quiser... tomar banho e ir embora, não tem problema, quem sou eu pra te segurar? Pra te forçar alguma coisa. Agora se você quiser passar pelo menos essa noite aqui, comigo, vai ser ótimo pra você e pra mim. — ajeitou o cabelo atrás da orelha — Eu não vou mais ficar insistindo em querer uma aproximação maior...

— Maior do que a que acabamos de ter?

— Eduardo, eu quero ser sua namorada. Quero ser a mãe do seus filhos. Você ainda não percebeu que eu tô apaixonada? — encarou-o com os olhos marejados e ele ficou sem reação, sabia que ela sentia algo, todas vezes que pensava em amor, ele se negava a acreditar e aceitar.

— É... eu...

— Não precisa dizer nada. — saiu do banheiro.

Bárbara se trocou, arrumou a cama e saiu do quarto. Eduardo tomou banho pensando nela, querendo ou não tinha que admitir que Bárbara já estava cravada em seus pensamentos.

A mulher estava na varanda da sala observando o tempo, apoiada no parapeito. Quando deu por si já chorava um pouco se culpando por ter confessado seus sentimentos a ele.

— Por que eu faço as coisas sem pensar, meu Deus...?

— Vovó... — Santiaguinho entrou na sala chorando — Vovó... — Bárbara escutou, secou o rosto e foi até a porta abrindo.

— Oi, amor...

— Vovó... — foi até ela esticando os braços.

— O que foi, minha vida? — pegou ele no colo e entrou para o menino na pegar friagem, sentou na poltrona e o ajeitou em seus braços.

— Eu tive um sonho ruim... — se encostou no peito dela ainda choroso.

— Foi só um pesadelo, tá bom? Vovó tá aqui com você, não vou deixar nada de ruim te acontecer, viu? — beijou o cabelo dele.

— Eu quero o meu mamá, vovó. — pediu.

— Eu vou fazer. — levantou indo com ele para a cozinha.

Bárbara colocou Santiaguinho sentado na cadeira mais alta da mesa e foi fazer a mamadeira dele enquanto conversava com ele, para distrair o menino.

Reaprendendo a CaminharOnde as histórias ganham vida. Descobre agora