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LEONARDO 🚬

O sol queimava a minha pele e eu me xinguei mentalmente por não ter fechado as cortinas quando me deitei. Algo pesava sob o meu corpo, abri os olhos lentamente e tive a visão de Beatriz deitada no meu peito, sua mão na minha barriga e seus cabelos esparramados sob a camiseta cinza. Eu já vi muitas coisas bonitas durante os meus Dezenove anos, mas nada se compara a beleza dessa mulher, chega a ser absurdo a existência de um ser tão belo.

Mas o que tem de bela, tem de; irritante, inxerida, topetuda e atrevida. Mas é isso que faz com que ela seja única, ela é diferente das outras garotas e isso é uma das coisas que eu mais admiro nela. Beatriz não é o tipo de garota que se envolve com qualquer um, não aceita desaforos e fala tudo o que pensa sem medo do que as pessoas vão pensar dela.

Nunca fomos próximos, eu sempre me senti inseguro em relação a ela, nunca senti vergonha de chegar perto de outras garotas, mas com ela era diferente, as poucas vezes que ela me olhou na escola, eu sentia meu rosto formigar e minhas bochechas queimarem. Essa mulher tem algo que eu não sei explicar, e se ela não tivesse conversado comigo aquele dia, eu tenho certeza que nunca seriamos próximos, não sei se teria alguma atitude.

Desde o fundamental eu tenho uma quedinha por ela, eu era uma turma a frente dela, mas repeti o primeiro ano e por ironia do destino, caímos na mesma turma. Eu a observava durante a aula, concentrada, entretida com os seus livros de romance. A quedinha se transformou em uma atração estranha, eu queria tocá-la, mas como se nunca nem conversamos?

Eu queria falar com ela, queria a chamar para sair, ou pelo menos tentar uma amizade. Mas ela nunca deu brecha, assim como nunca deu confiança para nenhum outro garoto da escola.

E olha só onde estamos agora, a masturbei na biblioteca da escola — Algo que gostei muito, os gemidos dela eram música para os meus ouvidos, sentir ela tão entregue a mim, soou como a minha maior conquista, ela era algo que eu sempre desejei — Agora está na minha cama, deitada no meu peito, enquanto eu acaricio a sua pele rosada.

—Que tanto você mexe no pau leo? — Perguntou sonolenta.

Só então notei que ela estava acordada, eu estava com a mão no meu pau para evitar que ela encostasse no mesmo já que a sua perna estava fazendo movimentos de vai e vem em cima de mim.

—Ajeitando para você mamar — Sorri.

Ela levantou a cabeça para me olhar, me encarando com os olhos semicerrados, um olhar que diz; garoto, eu estou quase chutando a sua cara.

—Garoto, eu estou quase chutando a sua cara — eu não disse? — Minha cabeça está doendo.

Se sentou na cama esfregando os olhos. Como alguém consegue acordar bonito assim?

—Normal, você bebeu muito. Me admira se lembrar de alguma coisa, juro que pensei que ia acordar me batendo, ou algo mais grave, uma faca no meu pescoço talvez.

Me levantei observando ela andar de um lado para o outro Enquanto massageva as têmporas.

Deixei ela no quarto e sai a procura de um remédio para dor. Por sorte não tinha ninguém em casa, o que não é nenhuma novidade. Mal vejo o meu pai em casa.

Voltei para quarto e quase morri do coração quando vi Beatriz com algumas folhas na mão, para ser bem exato, folhas onde eu coloco o que sinto. Acredite, não é a melhor indicação de leitura, ainda mais as nove da manhã.

—Você é mais bisbilhoteira do que pensava — falei atrás dela que nem deu o trabalho de me olhar.

—São de sua autoria?

Só por uma noiteOnde as histórias ganham vida. Descobre agora