VINTE E SETE

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Juliette Freire.

Senti uma mão segurar meu braço com força, olhei para o lado e vi que era um dos seguranças. Tentei me livrar do aperto, mas era inútil, ele era mais forte do que eu.

Enfurecida, pisei em seu pé com a ponta do meu salto com toda força que tinha, ele logo me soltou, bestamando vários tipos de palavrões.

Por cima do ombro olhei Sarah caminhando em minha direção com o corpo ainda curvado.

Eu juro que se tivesse uma faca em mãos, eu cortava seu membro em vários pedacinhos.

Percebendo que ela estava mais próxima do que devia, eu voltei a caminhar rapidamente, até notar que meu salto havia quebrado. Tirei os sapatos dos meus pés com pressa, ao me levantar vi Sarah do meu lado com uma cara péssima. Ela segurou meu braço e puxou-me com brusquidão para perto de si.

- Idiota! Me solta! Eu odeio você, Sarah! ODEIO!

Meu queixo tremia e eu comecei a me debater contra seu corpo, sem conseguir enxergar direito devido às lágrimas.

- Odeio você! Meu Deus, como eu odeio você!

- Porra, Juliette! Cala boca, caralho! - Sem me soltar, prendeu mais meus braços por trás das minhas costas e começou a andar e me empurrar. - Vamos para o carro, merda!

- Não! Me solta! Eu não vou a lugar nenhum com você! ME SOLTA! - Gritei cheia de raiva. - Se não me soltar eu vou fazer um escândalo, Sarah! Eu vou acabar com a su...

- O que está acontecendo aqui? - Uma voz grossa e rouca falou. Sarah que haviae jogado de qualquer jeito no carro parou imediatamente. - Esta tudo bem aí? - A voz do homem estava mais próxima do veículo. Sarah ainda sem reação soltou meus braços e deu um passo para trás.

- Gilberto...

- Sarah? - Indagou incerto. - É você mesmo? - O tal Gilberto perguntou, mas ficou sem resposta. - Quem esta aí no carro, Sarah? - Ouvi os passos dele se aproximarem. - Quem é você? - Prestes a responder, Sarah sibilou a palavra quieta, Gilberto percebendo algo olhou para Sarah. - Quem é ela, Sarah Carolline? - Ralhou bravo.

- Não interessa. Eu não devo satisfações da minha vida para você, Gilberto. Nunca devi e não vai ser agora que vou fazer isso.

Ignorando Sarah, Gilberto me analisou dos pés a cabeça e me estendeu a mão.

- Ela bateu em você? Seu braço está roxo...

- Não! - Sarah respondeu. - Não se meta na minha vida, inferno!

- Cala boca, Sarah! Não estou falando com você! - Disparou as palavras contra a mulher. - Me responda, moça. Ela bateu em você?

- E-ela... fez pior...

- Pior o que? - Perguntou me encarando nos olhos.

- Eu falei para você não se meter na minha vida, Gilberto. - E em uma fração de segundos o homem se encontrava desacordado no chão do estacionamento.

Assim que entrou na Mercedes, ela ligou o carro e saiu dirigindo como uma louca, furiosa.

Eu tremia violentamente, um ódio que estava prestes a se esvair do meu corpo e o orgulho arrasado. Olhei pela janela sem conseguir impedir as lágrimas de descerem por meus olhos. Não dissemos nada, mas eu sentia muita raiva dela. Ao chegarmos no prédio em que ela morava, comecei a sentir medo também. Ela estava furiosa. E se me machucasse novamente?

Sarah parou o carro e saiu. Eu saí, mas fiquei imóvel ao lado do carro. Ela me olhou com impaciência.

- Suba, Juliette.

CHANTAGEM - SARIETTEOnde as histórias ganham vida. Descobre agora