• Cap.4

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Sexta-feira

Assim como a megera da Cassandra junto com a sua puxa saco Melissa planejaram, eu não consegui memorizar todos os nomes da lista e não pude sair para visitar nenhum lugar.

Desço para tomar café na força do ódio. Eu não sou uma pessoa muito vingativa, mas dessa vez elas não vão me escapar. Eu só queria que Ítalo não estivesse de férias, ele sim poderia dar um jeito nas duas.
Não importa agora Carolina, você precisa se arrumar para o casamento! Deixa a vingança para quando voltar para o Brasil.

Diferente dos outros dias, decido tomar um banho bem demorado, não me importa se os outros vão reclamar, não tenho culpa desse fim de mundo ter apenas um banheiro.

Lavo primeiro meu cabelo, em seguida hidrato minha pele com um óleo corporal, faço minha skin care bem básica e saio do banheiro com uma toalha na cabeça ao som das reclamações das pessoas que esperavam na fila.

Melissa tinha acabado de me mandar uma mensagem dizendo que passaria para me pegar de cinco horas. Retiro meus looks da mala e coloco sobre a cama. Fico em dúvida entre qual escolher o preto ou vermelho, envio uma menssagem para Mari e espero ela responder.

Estou tão ansiosa que nem consegui almoçar. Essa noite eu vou para um casamento da máfia! Só de imaginar as comidas saborosas, a decoração chiquerríma, os convidados famosos, as bebidas!
E Melissa, para a minha desgraça.

Tenho certeza que Cassandra ordenou que ela ficasse grudada em mim para ver se eu vou fazer meu trabalho certo, ou melhor para me atrapalhar.

Mari me aconselha a vestir o preto e concordo. Preparo meu cabelo prendendo-o em um coque baixo com a franja solta para dar um charme, deixando em evidência os brincos caríssimos que peguei do depósito da revista.

Um Louboutin foi escolhido para acompanhar o elegante vestido preto que escolhi. O decote em forma de coração e a bela fenda no vestido realçam meu corpo. Finalizo minha produção com um batom vermelho intenso, como diria Mariana, "estou vestida para matar".

Amaldiçou esse lugar por não ter um espelho decente, tive que me maquiar pela câmera do celular. Tomara que algum dia eu me lembre dessa situação e consiga rir sem querer matar alguém ao mesmo tempo.

Recebo uma menssagem de Melissa, ela já estava me esperando dentro do carro, olho pela janela e não vejo nem sinal do carro. Ligo para o celular dela, não era possível que ela queria me pregar um peça ao algo assim justamente hoje.

Ligação on
_cadê você?
_eu que te pergunto, não estou vendo nenhum carro aqui na frente.
_ah, esqueci de dizer. O carro não consegue passar por essa rua então você tem que vir andando até onde a gente está.
_como é? Você quer que eu ande com um Louboutin por essa rua esburacada?!
Não creio que ela esteja falando sério, um sapato desse custa de dois à três mil reais, nem vendendo a minha alma Cassandra me aceitaria de volta na revista por arranhar esse sapato.
_vem descalça então!
_nem ferrando, você está mentindo! Naquele dia o táxi trouxe a gente até aqui na porta desse lugar e agora você está me dizendo que o carro não passa?
_ah, vou mandar uma foto para você ver que estou falando a verdade.
Ligação off

Espero até que a imagem chegue ao meu celular. A rua estreita e um carro preto estacionado quase à centimentos  de bater em uma parede são ilustrados na foto. Pelo jeito vou ter que ir descalça até lá.

Seguro minha bolsa de um lado, os sapatos do outro e marcho em direção ao carro. Demoro um pouco para encontrar a rua certa, porque todas são praticamente iguais. Um alívio me toma quando vejo Melissa me esperando fora do carro com uma carranca.

𝐆𝐫á𝐯𝐢𝐝𝐚 𝐃𝐞 𝐔𝐦 𝐌𝐚𝐟𝐢𝐨𝐬𝐨Onde as histórias ganham vida. Descobre agora