𝐄𝐕𝐄𝐑𝐘𝐓𝐇𝐈𝐍𝐆 𝐇𝐀𝐒 𝐂𝐇𝐀𝐍𝐆𝐄𝐃

𝗇𝗈𝗏𝖾

𝗡𝗔𝗤𝗨𝗘𝗟𝗘 dia chuvoso de verão em Outer Banks, Blair aproveitava sua própria companhia em casa. Charles estava no clube com Ward Cameron e o Juiz Holden, ambos os senhores haviam combinado de ir tomar chopp naquele dia.

Sentada no sofá da sala, cantarolando algumas músicas que passavam na televisão, a garota pintava suas unhas com um marrom escuro. A morena amava cores neutras como nude, preto e branco, raramente pintava de alguma cor escandalosa.

Seu celular acaba vibrando em cima do sofá, curiosa para saber quem lhe mandou mensagem, pega com cuidado para não estragar as unhas. Vê o nome de Rafe na tela e desbloqueia para ler. O garoto havia chamado a mesma para ir a casa dele, já que seus pais estariam ocupados.

Respondeu que iria e que só teria que terminar as unhas. Assim que as unhas secaram bastante, Blair pegou o celular, trancou a casa e foi andando até Tanneyhill, de longe viu Rafe sentado na varando da casa olhando o celular, acenou para o mesmo de longe que demorou um pouco para ver. A porta foi aberta pelo garoto, que analisou o corpo de Blair de cima à baixo. A morena vestia um cropped faixa de cor preta, um short jeans e chinelos. Estava há metros de casa, não iria se arrumar.

– Psiu, meu rosto é aqui em cima. – Blair disse a Rafe que estava focado em suas coxas.

– Foi mal, entra aí. – deu espaço para mesma entrar.

Foram para o quarto do loiro, a garota se jogou na cama do mesmo e pegou seu celular no bolso do short, não conseguiu nem desbloquear o celular antes que Rafe o tirasse dela.

– Ei, me devolve. – Blair fala.

– Sem celular, gata. – o garoto fala e a morena revira os olhos. – Revira os olhos assim quando a gente transar, beleza?

– Quem disse que eu vou transar com você? – disse se apoiando nos cotovelos.

– Eu, e você sabe que vai. – ele sorri de canto e Blair ri.

– Confia nisso então. Tem como devolver agora? – pede e o garoto nega. – Então o que a gente vai fazer?

– Assistir alguma coisa. – diz simples.

Começaram à assistir algum filme de super-heróis, Blair adorava. O filme que continha duas horas, foi interrompido por uma ligação no celular de Rafe.

– Fala. – ele atende. – Chegou? Tô indo buscar. – diz e desliga.

– Quem era? – Blair pergunta.

– Ninguém, só vou buscar uma coisa. Pode ir pra casa se quiser. – fala pegando as chaves do carro e saindo do quarto, sendo seguido pela garota.

– Como assim? Você me chamou e tá me dispensando? O que você acha que eu sou? – Blair fala descendo às escadas rápido.

– Foi mal Blair, mas isso não pode esperar. – ele diz abrindo à porta.

– Você tá indo buscar mais drogas, tô certa? – ela fala fazendo o loiro travar na porta. – Tá vendo? Nem disfarça.

– Por que se importa? – Rafe pergunta e Blair não responde. – Não somos amigos, não finja.

– Por mais que não sejamos amigos, eu me preocupo com você Rafe. – diz colocando as mãos no rosto do garoto.

– Pelo amor de Deus Blair, não fode. – o loiro tira as mãos da garota do seu rosto brutalmente.

– Quer saber Rafe? Que se foda. Se você tiver uma overdose, eu não vou te ajudar. – naquele momento a garota se arrependeu de ter falado aquilo mas não podia voltar atrás.

O garoto apenas saiu de perto dela e bateu a porta da casa com força, fazendo um dos vidros quebrarem. Blair sentiu algumas lágrimas descerem por seu rosto, mas as limpou rapidamente com às costas da mão. Saiu da casa com cuidado para não pisar no vidro, havia deixado um bilhete com uma história que havia inventado e foi pra casa.

No carro, Rafe não estava dos melhores. Ter ouvido aquilo havia deixado o loiro perturbado. Parou o carro no acostamento pois as lágrimas estavam embaçando sua visão. Socou o volante algumas vezes antes de se acalmar e seguir seu caminho até a casa de Barry.

– Demorou em Country Clube. – Barry fala assim que vê Rafe entrando.

– Não tô com cabeça pra brincadeira. Aqui tá o dinheiro, me dá a porra da droga. – diz irritado.

– Calma irmão, vou lá pegar. – diz se levantando. – Tá aqui, mauricinho.

– Valeu. – Rafe fala e vai até o carro, batendo a porta.

– Garoto doido. – Barry pensou consigo mesmo.