40 | Até mais Hogwarts

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- O fim - disse Dumbledore olhando para todos - de mais um ano. - Ele fez uma pausa e seu olhar pousou na mesa da Lufa-Lufa. A mais silenciosa de todas antes do diretor se levantar, e continuava a ser a mais triste e de rostos mais pálidos do salão.

- Há muita coisa que eu gostaria de dizer a todos vocês esta noite mas, primeiro, quero lembrar a perda de uma excelente pessoa, que deveria estar sentado aqui - ele fez um gesto em direção à mesa da Lufa-Lufa -, festejando conosco. Eu gostaria que todos os presentes, por favor, se levantassem e fizessem um brinde a Cedric Diggory.

Todos obedeceram; os bancos se arrastaram e os alunos no salão se levantaram e ergueram cálices e ouviram-se um eco unissoro.

- Cedric era o aluno que exemplificava muitas das qualidades que distinguem a Casa da Lufa-Lufa - continuou Dumbledore. - Era um amigo bom e leal, uma pessoa aplicada,
valorizava o jogo limpo. Sua morte nos afetou a todos, quer vocês o conhecessem bem ou não. Portanto, creio que vocês têm o direito de saber exatamente como aconteceu.

Anna, Ambêr e Blasie erguram as cabeças e encaram Dumbledore.

- Cedric Diggory foi morto por Lorde Voldemort.

Um murmúrio de pânico varreu o Salão Principal. As pessoas olharam para Dumbledore horrorizadas. Dumbledore parecia perfeitamente calmo ao observar os presentes até
pararem de murmurar.

- O ministro da Magia - continuou Dumbledore - não quer que eu lhes diga isto. É possível que alguns pais se horrorizem com o que acabo de fazer, ou porque não acreditam que Lorde
Voldemort tenha ressurgido ou porque acham que eu não deva lhes informar isto por serem demasiado jovens. Creio, no entanto, que a verdade é, em geral, preferível às mentiras, e qualquer tentativa de fingir que Cedric Diggory morreu em consequência de um acidente ou de algum erro que cometeu é um insulto à sua memória.

Atordoados e temerosos, cada rosto no salão voltava-se para Dumbledore agora... ou quase todos. Na mesa da Sonserina, Ambêr viu Pansy Parkinson cochichar alguma coisa para as suas amigas. A garota sentiu no estômago um espasmo nauseante e quente de raiva.

- Há mais alguém que deve ser mencionado com relação à morte de Cedric - continuou Dumbledore. - Estou me referindo, naturalmente, a Harry Potter.

Um murmúrio atravessou o salão e algumas cabeças se viraram em direção ao garoto antes de tornarem a fitar Dumbledore.

- Harry Potter conseguiu escapar de Lord Voldemort. E arriscou a própria vida para trazer o corpo de Cedric de volta a Hogwarts. Ele demonstrou, sob todos os aspectos, uma bravura
que poucos bruxos jamais demonstraram diante de Lorde Voldemort e, por isso, eu o
homenageio.

- O Santo Potter. - Bradou Draco puxando a ruiva para si, ganhando alguns rapidos olhares dos sonserinos que não ousaram dizer nada. Logo a ruiva beliscou sua coxa fazendo ele a soltar.

Dumbledore virou-se solenemente para Harry e ergueu sua taça mais uma vez. Quase todos os presentes no Salão Principal seguiram seu exemplo. E murmuraram seu nome, conforme
tinham murmurado o de Cedric, e beberam em sua homenagem. Mas, por uma brecha, Ambêr viu que seu companheiro, Crabbe, Goyle e muitos alunos da Sonserina, num gesto de desafio, tinham permanecido sentados, os cálices intocados. Dumbledore, que afinal de contas não possuía olhos mágicos, não os viu.

Quando todos se sentaram mais uma vez, o diretor continuou:

- O objetivo do Torneio Tribruxo era aprofundar e promover o entendimento no mundo mágico. À luz do que aconteceu, o ressurgimento de Lord Voldemort, esses laços se tornam
mais importantes do que nunca. - O olhar do diretor foi de Madame Maxime e Hagrid a Fleur Delacour e seus colegas de Beauxbatons, daí para Krum e os alunos de Durmstrang à mesa da Sonserina.

- Cada convidado neste salão - disse o diretor e seu olhar se demorou nos alunos de Durmstrang - será bem-vindo se algum dia quiser voltar para cá. Repito a todos, à luz do
ressurgimento de Lord Voldemort, seremos tão fortes quanto formos unidos e tão fracos quanto formos desunidos.

"O talento de Lord Voldemort para disseminar a desarmonia e a inimizade é muito grande. Só podemos combatê-lo mostrando uma ligação igualmente forte de amizade e confiança. As
diferenças de costumes e língua não significam nada se os nossos objetivos forem os mesmos e os nossos corações forem receptivos.

"Creio - e nunca tive tanta esperança de estar enganado - que estamos diante de tempos negros e difíceis. Alguns de vocês, neste salão, já sofreram diretamente nas mãos de Lord
Voldemort. As famílias de muitos já foram despedaçadas. Há apenas uma semana, um aluno foi levado do nosso meio.

"Lembrem-se de Cedric Diggory. Lembrem-se, se chegar a hora de terem de escolher entre o que é certo e o que é fácil, lembrem-se do que aconteceu com um rapaz que era bom,
generoso e corajoso, porque ele cruzou o caminho de Lorde Voldemort. Lembrem-se de Cedric Diggory."

- Será que esse velho caduco quer que eu passe 24 horas da minha vida pensando no Diggory. - Debochou Draco.


O malão de Ambêr estava pronto; Loki, preso na gaiola em cima do malão. Anna e Thomas aguardavam no saguão de entrada lotado, com os demais alunos do quarto ano, as carruagens que deviam levá-los à estação de Hogsmeade. Fazia mais um belo dia de verão.

- Draco deixou isto para você. - Anna esticou um envelope pequeno que estava em sua mochila. - Disse que teve que ir mais cedo para resolver algo com os pais. - Anna deu de ombros. Ambêr revirou os olhos automaticamente.

Querida Ambêr

Como a chata da Del'Rei ja deve ter te contado, tive que ir mais cedo para casa, para resolver algumas coisas familiares. Espero que tenha boas ferias, é claro que iram ser horriveis sem minha presença mais você aguenta.
Lhe mandarei cartas as cada duas semanas, não pense que ira se livrar de mim Ambêrzinha. Espero que sinta minha falta. Se não responder minhas cartas cortarei seus cabelos ruivos e macios.

Com amor, o lindo Draco

- Ele é um idiota por completo. - Murmurou Ambêr revirando os olhos.

- Achei fofo. - Disse Thomas.

- Meloso demais. - Disse Aurelio.

- Eu aposto 10 galeões que no proximo sementre eles iram esta namorando. - Disse Anna puxando as moedas do bolso.

- 15 que ate semana que vem. - Thomas buscou a mochila..

- 35, ano que vem. - Aurelio apostou o que nem tinha.

- Vocês podiam calar a merda da boca? Não quero pragas para meu lado.

Diário de uma Weasley Onde as histórias ganham vida. Descobre agora