Longe de ser uma doce e recatada moça emoldurada pelas regras da máfia, Kiara Marshall, se ver sem saída quando seus segredos mais secretos e obscuros são revelados e o pior dos seus pesadelos está prestes a acontecer. Um casamento forçado pode ser...
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KIARA M. SINCLAIR
Sai com a Chloé o dia inteiro. Contei a ela sobre tudo que aconteceu, inclusive que agora eu estou grávida daquele filho da mãe. Ela pareceu ter ficado tensa quando falei da gravidez, mas logo voltou ao normal e ficou feliz por mim.
Depois desse momento eu comecei a analisar tudo que a Chloé fez — movimentos, olhares, gestos, seu tom de voz, a forma como ela fica tensa toda vez que me olha —, comecei a ficar com raiva disso porque ela está diferente.
Ela está escondendo alguma coisa de mim e como a louca e paranóica que eu sou, comecei a pensar cada bobagem que eu rezo para que não seja nenhuma verdade.
— Mais alguma coisa senhoritas? — o garçom perguntou, Chloé me olha tensa.
— Pode colocar o dobro disso? — me espanto quando ela pede ao garçom que logo assentiu e saiu, seus olhos caem sobre mim. — O quê? Você está comendo por dois agora.
— Eu vou colocar tudo para fora depois... — resmungo. — E não estou com tanta fome assim.
— Bom mais eu estou. — ela força um sorriso. — Como anda os preparativos para a festa de Dana?
— Tem algumas pessoas ajudando com algumas decorações que já estão chegando hoje, fora isso tudo será organizado amanhã. — explico. — Você precisa ir cedo amanhã para a mansão, não posso suportar todo mundo sozinha.
— No caso o “todo mundo”, seria o italiano que eu não posso citar nome? — pergunta debochando de mim, reviro os olhos resmungando. — Acho que vocês precisam conversar.
— Não, eu ainda acho que matar ele seria a melhor opção.
— Analisando o seu estado, tenho certeza de que você não conseguiria nem mesmo dar um tapa na cara dele. — olho com raiva para a Chloé, mas ela está certa, não consigo nem pensar no rosto daquele canalha agora sem ter vontade de socar ele. — Você está ansiosa demais e pensando demais. Precisa relaxar um pouco e depois conversar com o Die...
— Não. Não fala o nome dele! — a repreendo. — Tínhamos combinado!
— Ok, ok, ok. Mas você precisa conversar com ele e dizer tudo que sente. Não pode deixar ele enfrentar tudo isso sozinho, você sabe que ele nunca soube dessa tal criança. Não pode culpa-lo por isso. — Chloé me aconselha. Ela está certa a respeito da criança
— Eu odeio quando você banca a psicóloga. — resmungo apoiando o rosto nas mãos.
Ficamos conversando quando de repente eu vejo seu rosto ficar vermelho, Chloé começa a olhar na minha direção e seu rosto vai ficando cada vez mais vermelho.
