Quando é pra acontecer... (VONDY)

32. Sutil universo

Capítulo parcialmente de minha autoria

- Oi. - Disse assim que ela abriu a porta de seu apartamento.

- Oi, entra. - Disse sorrindo e me dando passagem.

- Trouxe esse vinho chileno, tão bom quanto os que provamos lá, e pelo cheiro maravilhoso, acredito que vai harmonizar com nosso jantar. - Sorri.

- Espero que goste, eu fiz pappardelle ao molho sugo. Estou quase terminando. - Disse enquanto seguíamos para a cozinha.

- Eu tenho certeza que vou amar. - Dei um meio sorriso. Ela sorriu tímida e voltou sua atenção para o pappardelle, dando o toque final.

Pude perceber o clima que já se formava entre nós. Não sei explicar a química que temos, desde a primeira vez que nos vimos fluiu de forma tão natural. É sempre muito bom estar ao lado dela, a sensação é de estar no melhor lugar que eu poderia. Podemos estar em um mesmo ambiente sem falar nada, apenas um olhando para o outro, e mesmo que com os corpos distantes, é inexplicável tudo que exala de nós. Afeto, companheirismo, confiança, química, tensão, paixão, desejo... Amor.

- Chris, pode preparar a mesa, por favor? Está tudo na sala de jantar, é só organizar. - Disse me despertando dos meus pensamentos.

- Claro! - Segui para a sala de jantar e organizei tudo, logo ela chegou com o prato que preparou.

Abri o vinho e jantamos em meio a um bom papo. Já disse que poderia passar horas conversando com ela? Me sinto tão bem, e sei que ela sente o mesmo.

Após o jantar, mesmo não sendo muito o meu forte, me disponibilizei para lavar a louça, sendo supervisionado por Dulce que bebia uma taça de vinho.

Terminei e fomos pra sala beber mais um pouco, sentamos no sofá e ela ligou a TV em um canal de músicas.

Já um pouco animados com o vinho, conversamos muito sobre diversos assuntos, rimos, cantamos, até que começou a tocar um reggaeton. Dulce deu um pulo do sofá.

- Vamos dançar, Chris? - Disse me estendendo sua mão e com um sorriso convidativo.

- Claro! Vamos a bailar. - Levantei sorrindo e começamos a dançar o ritmo. Não é novidade pra ninguém o quanto eu gosto de dançar, mesmo que um pouco desajeitado. Dulce dançava perfeitamente bem, e nos divertimos muito. Nos jogamos no sofá em meio a muitas risadas, até que ela olha pra mim, com aqueles lindos olhos brilhando, com a bochecha um pouco corada e ofegante.

- Sentia falta de nós dois juntos, Chris. - Sorriu tímida. Um sorriso largo estampou meu rosto no mesmo instante que ouvi aquilo.

- Eu também, Dul. Você não faz idéia. - Ficamos apenas nos olhando por um tempo, ainda ofegantes devido a dança. Ou não só devido a dança. Meu coração estava tão agitado quanto meus fãs em um show meu. E era nítido que o dela também.

- Chris... - Ela se ajeitou no sofá e ficou de frente pra mim. - Desde que nos reaproximamos, eu evoluí muito nossa história na minha cabeça. Eu não vou falar aqui pra você que não te amo. Mas acho que o amor é isso... Evolução, revolução. E a partir de tudo que vivemos e sentimos naqueles meses, mudamos tantas coisas em nossas vidas. Nos vejo tão mais maduros e mais dispostos hoje. - Disse sincera.

Não consigo descrever minha alegria e o quanto meu coração bateu mais forte. Ouvir aquelas palavras me proporcionou uma sensação de alívio, felicidade.

- Eu também. No momento certo nos reaproximamos. - Disse e levei minha mão até seu rosto para a acariciar.

- Solo quiero regresar a tú sutil universo. - Cantarolou o trecho de uma música que estava compondo e mostrei pra ela. Rimos. - A origem. - Me olhou séria.