Segredo Obscuro

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Todos estavam mortos.
Assim que abriram as portas do templo, Amora encontrou todos os seus seguidores mortos. Nada mais do que carniças esparramadas no chão.

— Tentador — Yuno comentou ainda com o machado em mãos.

— Da aonde você conhecia o John, Amora? — Marc perguntou.

— Ele acompanhava o culto — Amora se virou para ele — Também é da minha religião.

— E aí você abriu as pernas para ele? — Yuno perguntou.

— Você fala como se eu quisesse ser assediada — Amora retrucou.

— Uma criança com desejos, é bem normal — Yuno abriu um sorriso.

Amora iria avançar nela, a lâmina que escondia na manga já estava prestes a ser sacada. Então seu celular apitou:

"10:31: Há seguidores escondidos no templo 4"

— Ah, ainda bem! — Amora se virou e correu para um dos enormes templos.

Marc esperou um momento antes de falar:

— O que te deu na cabeça?! — Marc olhou Yuno.

— Eu fiz alguma coisa? — Yuno perguntou.

— Ela usou a palavra "abusou", e você disse que ela pediu para isso acontecer?! — Marc deu um passo para trás — Me desculpe mas se você tem esse tipo de pensamento eu não vou consigar olhar para sua cara.

— As pessoas são sujas Marc...

— Mas algumas sujeiras não vem delas — Marc balançou a cabeça devagar — Você é mesmo doente né?

— Eu sou doente por você — Yuno tentou avançar nele com um beijo.

— Nós nem nos falávamos na escola Yuno! Não fale como se a gente se conhecesse a muito tempo.

— Mas eu sei de tudo sobre você...

— Não sabe — O osso do maxilar de Marc se contraiu — Não há nada que eu odeie mais do que uma pessoa que só enxerga o próprio ego.

Marc começou a andar pelo mesmo caminho que Amora percorreu.
Yuno ficou parada, com o celular em mãos.

— Marc...— Yuno olhou para o celular. Seus olhos encheram de lágrimas, mas sumiu em seguida — A Amora está mudando seus pensamentos...Essa garota está atrapalhando nossa vida — Yuno gargalhou sozinha — Eu terei de matar ela.

♤♡◇♧

A porta se abriu. Carol estava faminta e com sede. E para seu azar, um homem diferente entrou.
Ele era magro, seu rosto era muito oleoso, pelos Deuses.
Ele vinha com um carrinho de arrastar, e em cima, não havia comida. Havia curativos.
Merda.

— Ooi — John sorriu forçadamente.

— Não ouse tocar em mim seu nazista! — Carol chutou a mesa e os instrumentos caíram no chão.

— Eu tenho que colocar o curativo em seu olho, cuidar de você — John sorriu novamente.

— Eu mesma coloco, sai daqui! — Carol olhou para o chão — SAI!

John se levantou do chão, e seu celular apitou. Ele leu alguma coisa e guardou em seguida.

— Espera! Voc–

— Se precisar de alguma coisa, saberei — Ele trancou a porta e se foi.

Carol encarou a porta por alguns segundos.
Ele era um jogador, ele sabia que ela era. Ele estava com o celular dela. Ele poderia matá-la a qualquer momento.
Ela tentava lembrar das silhuetas dos jogadores quando foi tudo apresentado.
O 12, 11 e 10 não eram. Pois eram menores demais para ser ele. Ela era a nona. O oitav–
Sim. Ele era o jogador número 8. A altura era a mesma, mas só isso. Rosto, olhos, corpo, não era visível.
Mas ela tinha certeza, de que agora estava presa, e não sabia como iria sair dali.

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