Capítulo 39

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Senti a brisa leve quando desci do ônibus na pequena rodoviária que tinha na cidade em que meus avós moram, Atsumu desceu logo atrás de mim, olhando em volta, ficaríamos só três dias ali, mas seria bom e nostálgico para mim.

Vi os dois na saída e fomos até eles, abracei os dois e Atsumu os cumprimentou educadamente, colocamos as mochilas na parte de trás da caminhonete que meu vô tem, a cidade não estava diferente do que eu me lembrava, as ruas curtas, as casas e estabelecimentos simples com o estilo japonês, mas faziam ela ficar bonita.

A cidade tinha toda uma parte voltada a plantação para o comércio local, mas também haviam praças com jardins cheios de flores bem cuidadas, e agora na primavera era onde as ruas ficavam mais bonitas.

- Atsumu querido pode se sentir à vontade, ficamos feliz que conseguiu vir – minha vó disse enquanto fazíamos o caminho até onde sua casa ficava, era um pouco afastada da cidade em si.

- Eu agradeço o convite, aqui é bem bonito – ele disse.

Logo chegamos até a casa, ela era do estilo bem clássica japonesa, feita de madeira, com portas de correr que dão para a grande área externa, dava para ver parte do lago que tinha atrás da casa, eu sorri saindo do carro e pegando minha mochila.

Entramos e tiramos nossos sapatos, meu avô fez questão de nos levar para nossos quartos, separados, como ele deu ênfase, para que deixássemos nossas coisas, os quartos ficavam em frente um ao outro, entrei só jogando minha mochila na cama que tinha ali, indo até o quarto da frente e encostando do lado da porta aberta.

- O que quer fazer? – perguntei para meu namorado que terminou de mandar uma mensagem e me olhou.

- Esperava que você quem me falasse – ele disse – não conheço aqui.

- Bem, como você viu a cidade é pequena, não tem muito o que fazer – eu disse – mas aqui na casa tem uma coleção impressionante de filmes e jogos de tabuleiro – ele sorriu – além do terreno enorme que tem fora daqui, basicamente tem um bosque aqui do lado e eu conheço uma trilha que acaba numa cachoeira.

- Aqui tem uma cachoeira? – ele perguntou parecendo surpreso e eu assenti.

- Não é grande coisa, é só uma queda da água que cai no rio da cidade – eu disse – ah e a cidade de noite é bonita também.

- Posso imaginar – ele se levantou – você pode decidir nossa agenda, sei que qualquer coisa com você é divertida – se aproximou para selar nossos lábios por alguns segundos, até que ouvi uma tosse no corredor e vi ser meu avô com os braços cruzados.

- Vim avisar que o almoço vai ser servido – ele disse e saiu dali, eu ri.

- Depois do almoço eu te levo por um pequeno tour pela casa – eu disse para Atsumu me separando dele.

- Ansioso – ele disse me seguindo até a sala de jantar, onde minha vó terminava de arrumar a mesa.

Nós comemos todos juntos e a comida da minha vó podia não ser melhor que a da minha mãe no quesito profissional, mas com certeza nada podia competir com aquilo, a comida parecia ter outro significado.

Ajudei a tirar a mesa e lavei tudo com Atsumu me ajudando, nós conversávamos como sempre, passando o tempo que tínhamos juntos, logo depois levava ele pelos corredores da casa, dizendo onde cada cômodo ficava, até chegar na parte de trás da casa, onde as portas para o jardim já estavam abertas.

- E ali tem um lago, como pode ver – eu disse apontando para ele – e minha antiga casa da arvore fica ali – apontei para a arvore alta perto do lado.

- Você tinha uma casa na arvore? – ele perguntou.

- Meu vô construiu como uma surpresa para mim, quando eu tinha 6 anos – eu disse.

𝑺𝒕𝒂𝒓𝒈𝒂𝒛𝒊𝒏𝒈 - Miya AtsumuUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum