02. A Morte dá Tchau

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Oi, benzinhos! Somos quase 1K! Obrigado pelo carinho.

LOUIS TEM 1.72 NESSA FIC COMO NA VIDA REAL! OBVIAMENTE É UMA DIFERENÇA DISCREPANTE ENTRE O HARRY E A LAUREN QUE SÃO BEM MAIS ALTOS.

Leiam com "Bad Guy - Billie Eilish"

Boa leitura, y'all.


Quando morremos, acreditamos que tudo chegará ao fim. Todas as memórias, as vivências e as histórias engraçadas sobre um passado que se fora teve um final.

Alguns acreditam que a morte seja o impulso para a próxima jornada da sua vida triste. Um alívio e refúgio de uma aventura intrínseca e totalmente instigante.

Outros, meros mortais tolos, acreditam que a morte era a punição de tudo o que viveu. O momento em que seu corpo putrefará e ninguém mais vai lembrar de nada seu além de um cadáver com formigas passeando na sua boca.

Para Louis, a morte significa um fechamento de ciclo. Existem as mortes poéticas, as mortes trágicas, as violentas e as românticas. Existem os sacrifícios; existe a morte do que não vai voltar.

Para o pequeno ômega, a morte naquele dia significava a sua vida.

Para Louis Tomlinson, a morte significava o começo de uma identidade que ele não queria assumir.

Naquele dia, ele queria ter sido apenas mais uma das mortes trágicas de seus livros de fantasia e romance.

Ele queria, enfim, ter morrido com o que não pode ser.

LOUIS WILLIAM TOMLINSON - P.O.V

As lentes ainda incomodavam meus olhos quando chegamos ao bunker central de Nova Iorque. Encarar onde eu estava e o que eu tinha que fazer ainda me deixava enjoado e a primeira coisa que eu fiz foi correr em direção ao banheiro e despejar tudo no vaso.

A mármore fria entrava em contraste com meu corpo extremamente quente e eu precisei sentar e me segurar firme porque minha pressão tinha desabado ali.

Eu ainda sentia o gosto do sangue da última vez que estive dentro da máfia. A ferrugem embriagava meu nariz e fazia o gosto ser tão palpável que eu bati duas vezes ao lado na minha cabeça para ter certeza que não era um pesadelo.

Foram os melhores quatro anos da minha vida. Ser Louis Smith foi tão bom e prazeroso! Ser um aluno em anonimato no curso de literatura que tinha que se desdobrar para pagar suas contas era maravilhoso.

Eu já sentia falta das implicâncias de Stacie quanto ao meu péssimo hábito de deixar as meias desviradas e trocadas, do fato de eu esquecer de usar meus óculos quando estava sem lentes, de fofocar sobre como Oliver estava gatíssimo dentro de uma regata.

Era tão sufocante sentir o jovem com sonhos gigantes e normais sendo engolido e devorado. Uma alma que teve um tempo tão curto. Era como me despedir de um ente querido que esteve comigo a vida toda, mesmo que não tenha vivido.

Eu iria sentir saudades de quem eu não pude ser.

Ouvi dois toques na porta e a voz hesitante de Jauregui reverberar:

— Louis? Está bem? — questionou preocupada, o som da voz cada vez mais latente e com uma dose exagerada de precaução.

Senti minha cabeça doer mais ainda. Não sabia o que pensar sobre Lauren. Se ela era confiável, se foi algum dos capangas que meu pai mandou para conseguir arrancar informações de mim ou uma maldita dedo-duro de Mark Tomlinson.

Não confie em ninguém.

Ajeitando minha postura e levantando daquele chão, me forcei a verbalizar algo que não soasse fraco e que não tivesse um tom demasiado rouco.

Viúva Negra | L.SOnde as histórias ganham vida. Descobre agora