The Sokovia Accords

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- Nós estamos diante de duas linhas de raciocínio paralelas. E eu concordo com algumas coisas que o Steve disse. É complicado estar sob o comando de outra agência novamente, principalmente após vermos o que aconteceu com a Shield, pois sempre teríamos receio de que algo parecido pudesse ocorrer novamente. A possibilidade de o governo passar a tratar pessoas aprimoradas como armas é algo que me preocupa, porque eu também sou uma aprimorada. E talvez eles não nos tratem com a empatia que merecemos. De certa forma, assinar esse Tratado seria uma involução, pois iria envolver renunciar a direito de escolha, e poderíamos ser usados pelo governo como armas ou para vantagens políticas. O que vai contra a premissa dos Vingadores.

Alice respira fundo e umedece seus lábios antes de voltar a falar.

- Porém é muito importante analisar o outro lado da moeda. Nós sabemos que infelizmente quem mais sofre as consequências das batalhas que enfrentamos são os cidadãos comuns, por conta do número colossal de danos. Assinar o Tratado poderá nos permitir trabalhar em conjunto com outras organizações do governo, como bombeiros e a polícia. Assim, quando tiver alguma missão vai ser possível criar um bom plano em conjunto com eles, que ajudará a evitar o máximo de danos e perdas humanas. Poderíamos receber um treinamento mais adequado para atuar de forma segura e efetiva. Porque sim, nós precisamos disso. E teríamos a chance de preparar os novos membros da equipe, para conseguirem controlar seus poderes e não causem danos a outros. Tony disse que se não agirmos da maneira certa para salvar as pessoas, não diferiríamos dos vilões, e eu concordo plenamente. Não faz sentido destruir a cidade, para salvar a cidade. Por seguir a lei, vamos continuar salvando vidas e garantir a proteção de toda sociedade. Diante de tudo isso, vocês não acham que regulamentar e estabelecer certos limites seja no mínimo coerente?

A Stark suspira e faz uma breve pausa, organizando seus pensamentos em sua mente antes de os expor para seus colegas.

- Um lado defende a liberdade, outro defende ser controlado. A ideia supervisão e oferta de treinamento adequados é o que soa melhor para mim. Nós já vimos que temos aqui pessoas com pensamentos distintos, e isso me preocupa. Vocês estão muito focados no presente, mas eu penso mais a frente, no futuro. Nós já lidamos com ameaças grandiosas, entretanto não sabemos o que poderemos enfrentar nos anos que virão. Talvez seja algo maior e mais poderoso de tudo que já vimos, e vai exigir que estejamos unidos. Mas isso será impossível se seguirmos caminhos distintos. Essa é uma decisão muito pessoal, e peço que pensem com cautela antes de se decidir. Pois, ela pode significar união ou dissolução da nossa equipe.

Eles ficam em silêncio, absorvendo as palavras que a garota havia acabado de proferir. Cada um teria que tomar sua decisão, não havia um meio-termo naquela situação.

Todos ouvem um barulho de notificação de celular e Steve pega seu aparelho. O Capitão lê algo que muda seu humor instantaneamente, e sem demora ele pede licença e se retira, deixando seus colegas confusos e preocupados.

Alice volta a se debruçar na poltrona, fechando seus olhos enquanto sentia aquela dor de cabeça latente lhe incomodando. Era visível que a garota não estava nada bem, a notícia repentina sobre àquele Tratado lhe pegou desprevenida. E para piorar, sua intuição apontava para algo ruim que ocorreria em um futuro próximo, lhe deixando com uma angústia enorme. Ela sente quando cutucam seu braço e abre os olhos, vendo Natasha do seu lado.

- Você não parece nada bem. - A ruiva diz com preocupação ao fitar a amiga.

- Ah é só dor de cabeça, misturado com efeitos de uma noite mal dormida, ansiedade e má intuição. - Alice boceja e então levanta, dando leves tapinhas no ombro da Viúva. - Relaxa, tá tudo bem.

- Aham, sei. Por que não tenta descansar um pouco? Seu quarto ainda está do mesmo jeito que deixou. - Natasha se referia ao quarto que a garota tinha ali no complexo.

Fatal UncertaintiesDove le storie prendono vita. Scoprilo ora