15 "Curiosidade"

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Depois de algumas horas em que vi Oliver com o grande animal morto, ouço o mesmo bater na porta, e abri-la em seguida

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Depois de algumas horas em que vi Oliver com o grande animal morto, ouço o mesmo bater na porta, e abri-la em seguida.

Eu me sentia estranha, ver aquele ser sem vida na minha frente me deixou mal, mas ainda assim, a minha vontade interior era de avançar no ferimento em que levou a sua morte. Não sei o que está acontecendo comigo, e não deve ser algo bom.

— Isso é... — Sinto meu corpo formigar ao ver o copo na mão dele. Eu sabia o que era, e isso me deixava nervosa.

— Pra você. — Ele se aproxima cautelosamente, com o copo em mãos.

— Eu não posso tomar isso... — Podia sentir minhas mãos ficarem trêmulas, e minha visão ficar um pouco turva.

O que há de errado comigo?

— Você precisa, se não, ficará louca, fraca, e por fim, acabará morrendo, precisa disso.

— Morrer? — O olho assustada.

— Sim, não se sente fraca?

— Um pouco...

— Então toma. — Estende o copo em minha direção, mas não o pego.

— Eu não posso... — Minhas lágrimas já desciam livremente pelo meu rosto, eu não queria fazer aquilo, mas algo dentro de mim lutava para que eu bebesse de uma vez.

Olho por longos segundos para aquele copo cheio de sangue, aquele cheiro invadia o meu nariz e fazia com que eu me sentisse necessitada, de repente era como se aquilo fosse como o ar, eu precisava disso para viver.

Não conseguindo lutar mais contra meu instinto, levo o copo rapidamente até a boca, tomando todo aquele líquido de uma só vez.

— Vai com calma.

— Oliver... — O olho atordoada, após tomar o copo inteiro.

— Como se sente? — Ele me observava atento.

— Eu... — Antes que eu pudesse responder, sinto meu estômago embrulhar e corro para o banheiro.

— Stella! — Oliver vem logo atrás.

Vomito tudo o que tomei na pia do banheiro.

— Está tudo bem?

— Desculpa... Não consegui segurar.

— Tudo bem, não foi sua culpa.

— Eu odeio ter que fazer isso...

— Escuta, da próxima vez tenta ir com mais calma, tudo bem?!

Olho para ele após me limpar e assinto com a cabeça.

— Vou para o meu quarto, amanhã o dia será cheio, e está tarde. Boa noite.

Deito na cama para dormir também, mas não consigo, minha cabeça ainda está girando, e já estava com fome novamente.

Com muito cuidado saio do meu quarto, andando pelo corredor pouco escuro, passo pelo quarto de Oliver cuidadosamente para não fazer barulho, e chegando perto de seu escritório noto que a porta está meio aberta.

Vou até a porta para fechá-la, e é quando vejo uma pequena luz que vinha de seu notbook que estava aberto.

Adentro a sala indo até o aparelho ligado e me aproximo da tela, não entendendo nada do que tinha alí, pois nunca tinha mexido em um desses antes, então movida pela curiosidade decido olhar o escritório dele.

Ascendo a luz do mesmo e caminho pela sala olhando cada canto, prateleiras, a grande mesa em que ficava seus documentos e afins, e volto a olhar gaveta da primeira vez em que vim aqui.

Ao abrir vejo o mesmo livro ainda lá, mas a chave não estava mais, abro outra gaveta vendo várias pastas, provavelmente se trata de mais documentos, abro a última e tem alguns pen-drives, conheço porque eram no que os médicos do laboratório em que eu vivia guardavam as gravações que faziam de mim, e dos experimentos realizados.

Mas o que será que tem gravado aqui...

Movida pela curiosidade pego um dos pen-drives o guardando comigo, em seguida vou para a cozinha comer alguma coisa e após isso vou para o meu quarto.

Depois eu vejo uma forma de como eu possa ver o que tem nesses pen-drives.

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