Dreams -Chaesoo/ Concluída

(5)

Uma semana passou. Rosé nunca falou com Jisoo no colégio e nem na mansão. Ela sempre desviava o olhar quando a via, já Jisoo pouco se importava. Se Park não quer falar com ela, ok.

  Agora Rosé estava na cozinha jantando com seus pais, esses tinham voltado uns três dias atrás.

- Querida, queremos falar algo com você.

- Hum? —Park apenas mexia a comida do seu prato com o garfo, ela podia estar com fome, mas não conseguia engolir nada nesse momento.

- Iremos viajar novamente na próxima semana.

  Rosé olhava a comida já que não fez questão de encarar os mais velhos. Ela até pensou em fazer perguntas, só que aquelas viagens já eram comuns. Desde bebê Rosé apenas passava mais tempo com funcionários, sempre seria assim.

- Ok.

- Dessa vez iremos ficar dois meses fora.

- Eu perdi o apetite. —Levantou. — Licença, senhor e senhora Park. —Saiu da cozinha fingindo não escutar ser chamada.

  Rosé trancou a porta do banheiro ao entrar e se encostou na porta. Ela conseguia se ver perfeitamente no espelho grande que tem na parede.

- "Dois meses fora". —Imitou, fazendo uma voz estranha. — Por Deus! Eu nem me importo. —Abaixou a cabeça. — Eles só me fizeram para deixar com mais de dez empregados, e está tudo bem. Quem se importa? Eu não...—Sua voz falhou ao sentir um nó formando em sua garganta. — Angel...eu preciso de você. —Abriu a porta e correu para seu enorme quarto.

   Dormir. Rosé precisava dormir e ter sua J contigo. Park deixou o quarto escuro e se jogou na cama, se cobrindo totalmente.

  Infelizmente demorou uns 10 torturantes minutos para finalmente adormecer.

   "J levantou do balanço ao vê-la aproximar. Rosé tinha lágrimas em seus olhos e ao perceber isso J apenas sorriu compreensiva.

- Eu quero te abraçar! —Sua voz chorosa deixava J se sentir péssima. — Eu preciso do seu colo, Angel.

- Senta. —Apontou para o balanço, mas Rosé negou. — Fica sentada, Rosé.

- Eu não quero! Você não entende? Eu preciso de você! Eu quero te sentir, eu quero um abraço!

- Se você me abraçar não poderei mais conversar hoje com você.

- Eu odeio isso. Estamos tão perto, mas tão distante. Por que? Por quê, Angel?

   J começou a andar pelo local com Rosé seguindo-a.

- Acho que entendo um pouco seu sentimento. Eu também nunca tive tanto contato com meus pais, e eu sentia falta disso. Ainda sinto, mas tento não aparentar isso.

- Eu os odeio por não ficar comigo. Desde sempre isso. E para ser mais foda, eles nem falaram nada sobre o meu aniversário de 17 anos que nem faz tanto tempo que aconteceu. Nem um simples parabéns eles me deram.

- Eles te amam, Rosé. Mas eles... Bom, eles precisam se preocupar com outras coisas. Do tipo, trabalho, trabalho, viagens de negócios e viagens de prazer. E principalmente se preocupar com o seu irmãozinho.

- O quê? Que irmão? —Respirou fundo. — Eu sou filha única!

   J acabou não conseguindo segurar o riso, o quê fez Rosé ficar incrédula.

- Espera...minha mãe está grávida?

- Você foi promovida para irmã mais velha.

  Rosé parou de caminhar e J fez o mesmo. Ela tentou tocar em J para conseguir acordar, mas essa apenas afastou rápido e negou com a cabeça.