Capítulo 1 sem título

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Aos 18 anos de idade, Keith Kogane nunca esperou se importar com mais alguém que não fosse Shiro, seu mais antigo amigo e irmão. Mas viajar para o espaço juntos com com mais 4 pessoas em um Leão robótico azul, conhecer uma princesa alien e seu conselheiro, também alien, e lutar nas linhas de frente de uma guerra de mais de 10000 anos, aos poucos o fez mudar.

As coisas não foram fáceis no começo, nem no meio e no fim? Cara, foi difícil.

Descobrir que ele era parte alien o pegou de surpresa, mas como o universo já havia provado, ele pode ser uma grande, enorme sacana e claro que para melhorar Keith tinha que ser Galra. Exatamente os aliens que os paladinos enfrentavam diariamente, os mesmos que destruíram o planeta da Allura, que escravizaram diversos sistemas solares, e que levaram o pai e irmão da Pidge e seu próprio irmão.

Mas nem todas as más notícias são apenas más. Junto com a linhagem de homem-gato-roxo vieram novos aliados e, com um pouco de paciência, uma nova forma de confiança.

Antes dos 19, Keith 'devolveu' a equipe Voltron ao Shiro e seguiu com o grupo de Galras rebeldes (des)conhecido como Blade of Marmora. Eles, com certeza, eram muito diferentes dos paladinos e surpreendentemente parecidos com o garoto em si.

Conviver com os membros da nova equipe fez bem a ele, por mais que sentisse falta da família, foi bom conhecer o lado dele que esteve escondido por toda sua vida.

Com 20, ele não imaginou finalmente conhecer a mãe que ele tanto quis encontrar quando era um menino ainda muito assustado para pedir ajuda, mas lá estava ela, com uma arma apontada para sua cabeça enquanto sua lâmina mirava a garganta da mulher. Um encontro deveras emocionante, de fato.

Passar dois anos com ela e um lobo cósmico em um abismo quântico enquanto buscavam a fonte de um novo tipo de Quintessence não foi planejado mas, bem, era o que tinha.

Aos 22, o meio Galra voltou para casa, trazendo não só sua mãe, um lobo e informações sobre os planos de Lotor, como também uma prova bem viva em forma de esperança para Allura e Coran, chamada Romelle.

Shiro ser um clone com propósitos malignos sem sombra de dúvidas foi uma das situação mais difícil para o Keith, poucas coisas ainda superariam isso.

Mas haviam coisas difíceis que não necessariamente eram ruins. Uma delas era a garota de olhos amber e respostas rápidas que teimava em ficar em sua cabeça desde a briga que tiveram em Arus - e todo o resto. A mesma garota que cavou um espaço em seu coração e se aninhou ali dentro tão confortavelmente que ele não tinha coragem de tirá-la.

Nem em seus sonhos mais esperançosos ele conseguia criar uma situação onde ela sentisse o mesmo.

Ora, Keith levou mais de dois anos para admitir p'ra si mesmo que tinha sentimentos pela residente técnica do grupo. E nem foi sozinho. Krolia precisou se sentar com ele e ter a conversa sobre o "primeiro amor".

Porque ver o passado e as possibilidades de futuro do seu filho e ver que ele ainda está em negação é p'ra tirar qualquer um do sério. Principalmente quando esse 'qualquer um' for uma mãe que não vê seu bebê à vinte anos.

Mas voltando, o Kogane se sentia mais distante que nunca dos outros. O tempo que ele passou conhecendo a Krolia fez bem para a relação e laços de mãe e filho mas, os amigos que ficaram não mudaram, ele sim e isso machucava. Bastante.

Em uma das noites de insonia do - de nove - paladino do Leão Negro, Keith caminhava pelos corredores silenciosos do castelo, sem um detino em mente ele deixou seus pés o levarem por caminhos conhecidos; não percebeu quando chegu na porta do laboratorio, nem quando a canhota precionou o sensor.

O destino é curioso.Onde histórias criam vida. Descubra agora