47 - Mães (Bônus Anne)

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ANNE

Mães não são perfeitas e provavelmente erram mais do que qualquer outra pessoa

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Mães não são perfeitas e provavelmente erram mais do que qualquer outra pessoa. Mesmo com tudo planejado, mesmo depois de ler manuais e mais manuais de Como Ser Uma Mãezona, mesmo depois de vários conselhos, mesmo depois de cursos e o diabo à quatro…, você nunca consegue ser a melhor.

Eu sempre tive muito medo do mundo porque a verdade é que eu nunca fui capaz de controlar nada. Até na idade jovem, lá com os meus vinte anos, as coisas escorregavam pelas minhas mãos como manteiga derretida, de um jeito que era até engraçado. Eu sempre fui bem centrada e disciplinada, mas, mesmo assim, tudo ainda conseguia virar uma bagunça. Desde sempre eu busquei a educação e os bons valores e, quando conheci Oliver, aquilo aumentou ainda mais porque ele sempre foi bem parecido comigo. Na minha primeira gravidez, foi a mesma coisa.

Quando Henry nasceu, meu coração inflou e pressionou o meu peito de um jeito muito maravilhoso, e eu sequer imaginava que poderia amar alguém tanto assim. Ele era um bebê meio sério e muito espertinho, os olhinhos verdes e analisadores gostavam de observar tudo ao redor e ele se distraía tanto com as coisas do mundo e do ambiente à sua volta, que era difícil ele se entediar ou chorar. Henry sempre me fez sorrir e explodir de alegria, e eu também morria de ciúmes sempre que alguém se aproximava demais e ficava lhe mimando. Sim, vejam as minhas bobagens..., eu tinha receio de que lhe deixassem cair ou de que o machucassem quando o pegassem nos braços. Eu era a protetora dele, sua guardiã, e o amava mais do que qualquer um, e se qualquer um fizesse mal a ele, eu o estraçalharia.

O mundo em si já era muito perigoso e eu apenas aproveitava cada momento com o meu bebê, afinal, todo mundo me dizia que aquela fase passava rápido.

E passou mesmo…

Henry sempre foi uma criança quieta, mas isso nunca foi um problema para ninguém. Eu nunca tive queixas de que estavam o provocando na escola porque, no fim, era o contrário. De alguma forma as pessoas se aproximavam dele sem que ele precisasse ir atrás delas, e foi assim desde sempre. Ele sempre foi o melhor da turma e eu empinava o nariz com aquilo. Os professores dele viviam o elogiando e eu sempre me gabava dos seus troféus na minha estante.

O medo de toda mãe, no entanto, é o momento em que o seu filho cria asas para sair por aí voando pelo mundo. É simplesmente impossível estar sempre por perto e Oliver sempre me criticou pelo fato de eu não deixar Henry andar com as próprias pernas. Eu não conseguia evitar, quando me via já estava lá fazendo de tudo por ele, porque eu morria de medo de que alguém pisasse em cima dele.

Mas é óbvio que não dava para evitar, ele era um ser humano, nasceu, cresceu e se tornou um homem com suas próprias convicções, ele decidia o que queria para a sua vida e corria riscos de sofrer e se machucar, porque aquilo era algo natural da vida que mãe nenhuma poderia arrancar.

Saber que eu teria um outro filho foi uma surpresa enorme para todos e para mim mesma. Oliver e eu nos prevenimos depois da gravidez de Henry porque não planejávamos um outro filho. No fim, contudo, eu acabei engravidando.

a new life • hs | book 2 (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora