CAPÍTULO 17

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AURORA




  Já fazia alguns dias desde a partida de Derry, uma semana para ser mais exato, segundo suas cartas estavam indo até o castelo onde ficam os magos escolhidos, a região era infestada de monstros então era o local perfeito para o treinamento dos jovens. Mas Aurora não estava preocupada com Derry, ela sabia que ele se virava sozinho, sua única preocupação era achar a maldita flor, então lá estava ela na floresta novamente, dessa vez seu irmão não a barrou e nem gritou com ela, estava aproveitando seus raros momentos de liberdade.
      Ela percorreu seu mesmo caminho de sempre, mas desta vez iria para o lado ao contrário não queria ter que esbarrar com aquele misterioso e magnífico castelo novamente, ou talvez queria, ela não sabia ao certo. Seus pés se moviam automaticamente, dominava aquele caminho muito bem. A mochila pesada em suas costas não a atrasava, estava bem acostumada com ela, hoje ela carregava com sigo uma troca de roupas e itens de sobrevivência, carregava também um item que Trixie (vendedora e inventora) se gabava muito, umas de suas invenções, ela o chama de lanterna, serve para iluminar o caminho, era realmente útil Aurora sempre se perguntava como a garota conseguia criar itens tão engenhosos, Trixie era tão incrível que uma de suas invenções era usada por todo o reino, ela recebeu até medalhas por sua extraordinária energia elétrica, e agora todo o reino e iluminando mesmo nas noites mais escuras, por causa de sua inteligência. De qualquer forma, seu novo item pesava muito pois era muito grande, Trixie dissera a Aurora que deixaria o objeto menor e mais leve, Aurora dúvida de como ela iria fazer isso.
      Já fazia algum tempo que percorria aquele caminho, mas ela tinha uma sensação estranha, de que estava indo pelo lugar errado “mas isso é impossível” dizia para si, seu senso de direção era incrível não tem como estar no caminho errado. Então ela continuava o mesmo caminho, as horas passavam e ela não parava, até que um estranho sentimento de deja vu a dominou, com o céu já escuro novamente os misteriosas luzes azuis apareceram e ela se viu atrás delas, era estranho a forma que era facilmente atraída por elas, pareciam hipnotiza-la. Quando se deu conta, estava novamente naquele estranho castelo no meio do nada.
      ___ Olá querida, vejo que apareceu novamente.  ___ Disse a fada de cabelos castanhos.
      ___ A se me lembro bem você saio correndo da última vez, diga-nos, o que ele fez? ___ perguntou a de cabelos loiros.
      ___ A não ele não me fez nada, eu só... Percebi que estava tarde. Mudando de assunto, se me lembro bem você de cabelos loiros é Azura e a de cabelos castanhos é Lana?
     ___ Errado, eu sou Azura. ___ Disse a pequena fada de cabelos castanhos.
     ___ E eu sou Lana, a que tem cabelos loiros. ___ Ela mexia no cabelo brilhoso. ___ Mas me diga, por quê está aqui de novo?
     ___ Eu realmente não sei, meus pés agiram antes de minha cabeça, e quando notei estava aqui de novo. É estranho, como nunca achei esse lugar antes? Por toda minha vida sempre passei por aqui, mas nunca vi esse esplêndido castelo.
    ___ Olha vou te dizer uma coisa, mas não conte para ninguém.
    ___ Azura nem pense nisso! Não podemos.
    ___ Olhe bem para ela Lana, a coitada precisa saber. ___ Ela apontava para a elfa, que tentava entender a situação.
    ___ Se tivermos problemas por isso, a culpa vai ser toda sua.
    ___  Fada covarde. ___ Ela disse baixo o suficiente para Lana não ouvir. ___ Escute só garota, me prometa não contar para ninguém. ___ Aurora fez sinal positivo com a cabeça. ___ Bom, deve saber que o dono desse castelo é Alucard, lhe contei da última vez.
    ___ AAA Alucard. ___ Lana soltava suspiros apaixonados.
    ___ Nós últimos 1025 anos ele dormiu feito um bebê, e a alguns messes atrás acordou de seu sono profundo, seu castelo tem uma incrível e refinada magia em que ele só aparece para quem Alucard quer ou quando ele quiser, deveria se sentir lisonjeada pode ver esse castelo, nem todos tem esse privilégio.
    ___  Uau, mas me diga, por que ele dormiu esse tempo todo?
    ___  Na verdade ninguém sabe, Lana acredita que pode ter sido uma maldição mas não temos certeza, nem o pobre Alucard sabe o porquê.
     Assim que a elfa ouvirá a palavra maldição deixou as fadas falando sozinha e entrou na casa imediatamente.
   ___  Mas existem muitas teorias sobre isso, a você deveria ouvir a de Íris.
   ___ Azura, já pode parar de falar agora, a elfa se foi assim que ouviu a palavra maldição.
   ___ Hunf! Malditos elfos sem educação.
     O lugar estava como ela lembrava do lado esquerdo o sofá luxuoso e ao seu lado a pequena mesa com flores novas, dessa vez as flores eram girassóis, ela esperava ouvi-lo tocando novamente, mas não havia nenhum som de música, então começou a procurá-lo.
    ___ Senhor Alucard, com licença ___ Dizia indo em direção a um corredor ___ Você está aí?
     Andou um pouco mais e chegou em uma sala, era incrivelmente aconchegante, repleto de livros mas paredes e um sofá de couro perto de uma clareira apagada, o dono da casa estava lá, bebendo o que parecia ser um vinho, assim que o viu Aurora engoliu um seco e deu poucos passos para frente.
    ___ Vejo que voltou novamente, senhorita elfa. ___ Ele dizia dando um gole no vinho, não desgrudando os olhos do livro em seu colo. ___ Espero que dessa vez não saia correndo.
   A elfa sentiu suas bochechas corarem.
   ___ Peço desculpas pelo meu rude comportamento da última vez.
   ___ E por ter invadido minha casa. ___ Ele a interrompeu.
   ___ É isso também, aliás deveria deixar sua porta trancada, não pode me culpar por entrar.
   ___ Espera, deixe-me ver se entendi, invadiu a minha casa duas vezes, e agora ainda tem a arrogância de me chamar a atenção. ___ O homem de cabelos longos fechara o livro e colocara de volta na estante. Ele balançava lentamente a taça em sua mão.
   ___ Olha eu sinto muito, mas em minha defesa eu bati na porta, e pedi licença. ___ Sua frase foi seguida por uma longa gargalhada do homem a sua frente. Ela não o julgou, também sentia uma estranha vontade de rir daquilo.
  ___ Você é uma garota estranha. Agora me diga, o que faz aqui novamente?
  ___ Bom sobre isso... As fadas me disseram, que...
  ___ Que?
  ___ Que você passou um tempo dormindo, tipo uns mil e poucos anos, elas acham que talvez seja uma maldição. E se você está acordado é porque saiu dessa maldição certo?
  ___ Errado, deveria ter prestado atenção na história toda senhorita elfa. Na verdade eu não sei porque dormi esse tempo todo, é um mistério até para mim, estou trabalhando para achar respostas, até momento não achei nada, mas me diga, porque o interesse no assunto?
  ___ Vou ser direta com você, acho que devo.
  ___ Eu me sinto lisonjeado. ___ Ele debochou, Aurora simplesmente o ignorou.
  ___ A alguns anos uma maldição caiu sobre minha mãe, ninguém sabe o motivo, mas desde então eu procuro por ervas ou plantas medicinais que talvez a ajude. Não posso suportar ver ela desse jeito, morrendo lentamente.
  ___ Que tipo de maldição é essa?
  ___  Eu diria do tipo ruim.
  ___ Nossa quem diria, eu nem imaginei que era algo ruim acredita. ___ Aurora revirou os olhos.
  ___ Começou com seus pés, ela perdeu todo o movimento, depois suas pernas tronco braços, um depois do outro. Até chegar em seu olhos, ela ainda fala mas bem pouco quase nada, e essa maldita maldição continuará até que ela perca a vida. ___ O rosto de Aurora se alterava entre ódio e tristeza, era algo horrível de se ver.
   Alucard ficou com pena, ele conseguia imaginar o quanto era grande a dor de Aurora, então se levantou e abraçou a desamparada elfa.
  ___ Pobre garota. ___ Sussurrava em seu ouvido. ___ Vou te ajudar a encontrar a solução que tanto precisa.





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      ~elpida

Chamas e sombrasWhere stories live. Discover now