Os corredores do prédio escolar ficam lotado durante o período das 09:00. Não é tão ruim, porque assim os residenciais ficam vazios. O café é servido logo bem cedinho e se estende até o período das 09:00. O motivo pela qual os corredores ficam movimentados.
Hoje, milagrosamente, meu estômago está correndo-se. Depois de me sustentar durante alguns dias, apenas com biscoitos.
À medida que atravesso o refeitório, vejo em quanto está lotado. Por sorte, consigo encontrar uma mesa vazia para me sentar. Hilary ainda não me viu. Ela está sentada ao lado de Hanna e Olívia em uma mesa quase próxima a minha.
Eu tenho vinte minutos para comer. Até porque, daqui a pouco, tenho uma aula muito importe. Que envolve todos os alunos que estão no segundo ano. Talvez Hilary esteja feliz por saber disso.
Olho para ela, ela está conversando com Olívia e Hanna, parece muito feliz. Com certeza, ela adorou saber que irá poder ver os bolsistas "gatinhos" de perto.
Os monitores estão por toda parte. Verificam tudo com olhares rígidos e rápidos. Prefiro não manter a atenção. Folheio o livro que estou lendo nos últimos dias. Embora o refeitório esteja uma bagunça, e bastante barulhento.
— Não me diga que está lendo Harry Potter.
Collin senta- se na mesa em que estou. Assim como a maioria das vezes que o vejo, ele está de moletom.
Ele faz um gesto para roubar a maçã que estava sobre minha bandeja. Instintivamente, agarro aquela mão tola o bastante para tentar me furtar.
— Dessa vez você está mais rápida. — pareceu pensar sobre aquilo.
— O que quer? — pergunto sem humor.
Não estou com paciência o suficiente para aguenta-lo esta manhã.
— Acredito que nosso trabalho já esteja feito.
— Sim, está. Mas agora não tem mais "nosso" — rebato bruscamente.
Ontem, ele não foi a biblioteca. Esperei por uma hora, e ele não apareceu. Enviei dezenas de mensagens. Em nenhuma obtive resposta. Procurei por milhares de especulações. Justificativas para não ter que pensar, que ele simplesmente não foi porque não tem o mínimo possível de responsabilidade. Ou talvez, só fizesse questão de fazer- me com que me sinta uma verdadeira idiota.
— O que aconteceu Milles? Dormiu mal essa noite? Parece péssima. — ele debocha.
— Saia daqui, eu não quero olhar para você. — afirmei em um tom imprudente.
— Quanta grosseria. Por que está agindo assim?
Seu tom irônico me faz querer fazê-lo em pedacinhos. Não o suporto.
— O que você acha? — observei, apanhando as mãos no queixo.
— Eu não sei?
Posso sentir que está forçando um olhar de dúvida.
— Collin, vai embora. — volto a atenção para meu livro.
Rezo para que ele escute, e saia daqui antes que eu perca o controle, e faça o que tenho vontade de fazer neste momento. Embora eu saiba, que sua única motivação, é me tirar do sério.
— Eu vou, mas antes preciso assinar meu nome no trabalho.
Meus olhos estreitam enquanto tento processar. Como alguém pode ser tão cara de pau a esse nível? Arregalo os olhos propositalmente, em um forte contanto visual, antes de dizer:
— Sem chance.
Ele encara, nada surpreso. Acredito que já tinha a resposta em mente.
— Não estou pedindo.
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A última noite
RomancePara Scarllet, sua vida deveria ser seguida à risca, com muitas expectativas a cumprir. Ao crescer cercada por muros de colégios internos, obedecendo normas, e prestes a completar dezoito anos, pela primeira vez em sua vida, esteve presa em um mar d...