capítulo 8

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Os corredores do prédio escolar ficam lotado durante o período das 09:00. Não é tão ruim, porque assim os residenciais ficam vazios. O café é servido logo bem cedinho e se estende até o período das 09:00. O motivo pela qual os corredores ficam movimentados.

Hoje, milagrosamente, meu estômago está correndo-se. Depois de me sustentar durante alguns dias, apenas com biscoitos.

À medida que atravesso o refeitório, vejo em quanto está lotado. Por sorte, consigo encontrar uma mesa vazia para me sentar. Hilary ainda não me viu. Ela está sentada ao lado de Hanna e Olívia em uma mesa quase próxima a minha.

Eu tenho vinte minutos para comer. Até porque, daqui a pouco, tenho uma aula muito importe. Que envolve todos os alunos que estão no segundo ano. Talvez Hilary esteja feliz por saber disso.

Olho para ela, ela está conversando com Olívia e Hanna, parece muito feliz. Com certeza, ela adorou saber que irá poder ver os bolsistas "gatinhos" de perto.

Os monitores estão por toda parte. Verificam tudo com olhares rígidos e rápidos. Prefiro não manter a atenção. Folheio o livro que estou lendo nos últimos dias. Embora o refeitório esteja uma bagunça, e bastante barulhento.

— Não me diga que está lendo Harry Potter.

Collin senta- se na mesa em que estou. Assim como a maioria das vezes que o vejo, ele está de moletom.

Ele faz um gesto para roubar a maçã que estava sobre minha bandeja. Instintivamente, agarro aquela mão tola o bastante para tentar me furtar.

— Dessa vez você está mais rápida. — pareceu pensar sobre aquilo.

— O que quer? — pergunto sem humor.

Não estou com paciência o suficiente para aguenta-lo esta manhã.

— Acredito que nosso trabalho já esteja feito.

— Sim, está. Mas agora não tem mais "nosso" — rebato bruscamente.

Ontem, ele não foi a biblioteca. Esperei por uma hora, e ele não apareceu. Enviei dezenas de mensagens. Em nenhuma obtive resposta. Procurei por milhares de especulações. Justificativas para não ter que pensar, que ele simplesmente não foi porque não tem o mínimo possível de responsabilidade. Ou talvez, só fizesse questão de fazer- me com que me sinta uma verdadeira idiota.

— O que aconteceu Milles? Dormiu mal essa noite? Parece péssima. — ele debocha.

— Saia daqui, eu não quero olhar para você. — afirmei em um tom imprudente.

— Quanta grosseria. Por que está agindo assim?

Seu tom irônico me faz querer fazê-lo em pedacinhos. Não o suporto.

— O que você acha? — observei, apanhando as mãos no queixo.

— Eu não sei?

Posso sentir que está forçando um olhar de dúvida.

— Collin, vai embora. — volto a atenção para meu livro.

Rezo para que ele escute, e saia daqui antes que eu perca o controle, e faça o que tenho vontade de fazer neste momento. Embora eu saiba, que sua única motivação, é me tirar do sério.

— Eu vou, mas antes preciso assinar meu nome no trabalho.

Meus olhos estreitam enquanto tento processar. Como alguém pode ser tão cara de pau a esse nível? Arregalo os olhos propositalmente, em um forte contanto visual, antes de dizer:

— Sem chance.

Ele encara, nada surpreso. Acredito que já tinha a resposta em mente.

— Não estou pedindo.

A última noiteOnde as histórias ganham vida. Descobre agora