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Acordo mais cedo do que o comum, eu estava ansiosa por hoje, eles finalmente iriam se conhecer.

Eu acho que Brian vai ficar muito surpreso de ver que o cara da Tv é o pai dele e Bradley vai ficar admirado com a semelhança deles. Brian não tem nada meu, não puxou nem minha personalidade. Ele é completamente o pai.

Depois de fazer minhas higienes, eu desço e preparo um café da manhã simples. Mando alguns e-mails de trabalho e quando vejo já está na hora de arrumar Brian pra escola. Saio da cozinha e cruzo a sala, tomo um susto quando me deparo com Brian descendo as escadas pronto para escola. Todo arrumadinho.

-Filho, você está lindo. Porquê se arrumou cedo? - Pergunto, ele já esbanjava um sorriso no rosto lindo.

-Não quero deixar meu pai esperando. - Pula no meu colo pra me dar um beijo no rosto e vai direto pra cozinha tomar café.

Ele comia seu sanduíche quando a campainha tocou. Brian deu um pulo da cadeira e foi correndo atender.

Vou logo atrás e quando Brian abre a porta, e arqueia as sobrancelhas.

-O Fred é meu pai? - Quando vou olhar na porta, era Fred, o carteiro. Fiquei vermelha de vergonha.

-Não que eu saiba, meninão...- Fred levou na brincadeira. Nós rimos. - Aqui está sua encomenda, senhorita Clifford.

-Obrigada, Fred. - Pego a encomenda e me despeço dele.

-Foi mau, achei que fosse ele. - Brian se desculpa.

-Sem problemas, amor. Mas ele já deve estar chegando. - Quando estou prestes a fechar a porta, alguém bate.

E lá estava ele, com seu estilo habitual só que mais elegante e mais bonito que nunca. Seu cheiro invade minhas narinas e eu fico com a memória nostálgica do passado.

-Pai? - Brian olha pra ele admirado, com o sorriso de orelha a orelha. Bradley fica estático em escutar isso vindo do menininho que estava em sua frente.

-Oi, filhão! - Bradley cai em si quando seu filho abraça suas pernas. E então ele pega Brian no colo, e os dois se abraçam fortes, Brian fechava os olhos e aproveitava cada segundo dessa sensação. Foi impossível não se emocionar com a cena, Bradley tinha os olhos cheios de lágrimas. - Caramba, você já é um rapazinho.

-E você é o cara irado da Tv. - Sorriu contente, olhando pro pai. - E parece muito comigo, que demais!

Bradley sorriu extasiado com aquilo.

-Então você gosta de futebol americano?

-Eu amo! - Brian respondeu com toda sua empolgação.

-Pelo visto temos muito pra conversar no caminho, vamos nessa?

-Vamos nessa! - Meu pequeno confirmou.

Brian desceu do colo do pai e apontou para a ferraria que estava parada aqui na calçada.

-Esse é o seu carro? - Perguntou fascinado, Bradley assentiu e estendeu a chave pra ele.

-Abre lá a porta e me espera no carro, já vou num minuto. - A criança foi saltitante até o carro do pai.

Bradley sorri olhando e depois volta sua atenção para mim.

-Eu nem acredito que foi tão fácil. Não sei nem descrever o tamanho da minha felicidade, parece que esses 6 anos longe desapareceram. Nunca me senti tão conectado com uma pessoa como me senti com ele, obrigada por ter sido rápido em contar tudo pra ele. Eu acho que não aguentaria nem mais um dia. - Seu sorriso estava irradiante, fico hipnotizada com sua beleza. Saio completamente do transe quando nos assustamos com o barulho da buzina.

-Vamos nessa pai! - Brian buzina pela segunda vez e eu o lanço um olhar de repreensão.

-Bom, já vou. Vou deixar ele no vovô Darke, pois mais tarde vou pra lá tomar um cerveja com seu irmão. - Avisa e eu concordo. - Tenha um bom dia.

-Você também! - Aceno assim que ele vai para seu carro.

Depois dos 2 acenar para mim,Bradley da partida. Fico na porta vendo o carro se distanciar cada vez mais e sumir da minha vista. Entro e fico ainda sem reação com tudo isso, mas eu estava muito feliz.

Guardo as coisas do café, e meu celular toca, era Jack.

Sim, Jack. Amigo de Tyler e Brad no colegial. Eu e ele estávamos...ficando, faz um tempinho já, mais ou menos 8 meses.

-Alô? boa tarde meu amor! - Sua voz suave me fez sorrir.

-Boa tarde, lindo. - Pego minha bolsa e minhas chaves. - Finalmente conseguiu um tempinho para mim, é? - Brinco.

Jack era FBI. Assim como seu pai. Então ele viaja bastante, e as vezes ficava dias sem entrar em contato.

-Prometo que logo logo vou estar em casa, tendo todo tempo do mundo pra você. - Eu estava com tanta saudades dele, que até a voz dele me excitava. - Como estão as coisas? você está bem?

Eu penso bem antes de responder, talvez eu devia contar que Brad está de volta, mas acho que ainda não é a hora.

-Ah, tudo normal. As coisas no restaurante estão indo super bem, e eu estou conseguindo lidar com tudo.

-Que bom, meu amor. E como está o B? - Engulo a seco.

-Está bem, e está sentindo sua falta. - Não minto. Brian vive falando que sente saudades do "tio Jack".

Vai fazer um mês que Jack está fora.

-Eu também to cheio de saudades de vocês, não vejo a hora de ir pra casa, descansar, relaxar e principalmente estar com vocês. - Ouço seu suspiro do outro lado da linha. - Preciso ir, meu amor. Mas tarde tiro mais um tempinho pra te ligar, se cuida ok?

-Pode deixar, se cuida aí também! - Nos despedimos e ele desligou.

Ponho meu celular dentro da bolsa e saio.

Conhecendo O Amor 2 - O reencontro.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora