Depois da Meia-Noite (Bubbline AU)

Capítulo 2 - O Baixo e o Sangue

Desculpa aí quem tava lendo da primeira vez que eu postei, eu esqueci as notas iniciais e finais :D

Olá a todos <3

Mais capítulo pra vcs, amores

Boa leitura!

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Momma said I'd be the best one
And now I'm the best alone
This red bass plays the songs
I wrote down with red blood

- Faixa 1: Red Bass, Red Blood
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A primeira coisa que ela notou foi aquele baixo vermelho.

Não que Marceline não se destacasse por si só. Tinha algo no cabelo muito preto, nos olhos escuros demais ainda mais marcados pelo lápis de olho forte. Os rasgos na calça e as estampas obscuras nas camisetas.

Mas na primeira vez que Bonnibel a notou no corredor, o que chamou a atenção foi o vermelho vivo do baixo que ela carregava nas costas para a aula de música.

Ela andava distraída, estourando uma bola de chiclete cor-de-rosa. Balançava a cabeça ao som de algo nos fones de ouvido. Por um instante, seu olhar cruzou com o de Bonnibel, parada na frente do armário. Rapidamente, ela desviou o olhar, fechou a porta do armário e saiu andando, desajeitada, empurrando os óculos pelo nariz.

Nas semanas seguintes, reparou nela outras vezes. Sentada no refeitório, junto com os outros alunos arruaceiros. Parecendo morta de tédio na aula de física, rabiscando alguma coisa num caderninho surrado. Muito mais interessada na aula de história, olhando atenta para a professora e realmente anotando alguma coisa sobre a aula num caderno diferente.

Eram olhares furtivos, só uma lasquinha de alguma coisa sobre a menina mal encarada que as vezes ficava depois da aula e monopolizava a sala de música.

Mas sua observação discreta não vinha sendo tão discreta assim.

- Beleza, vai me dizer qual é a sua? Porque já cansei de você me encarando feito uma stalker maluca.

Bonnibel tomou um susto. Estavam na biblioteca. Talvez tivesse se distraído observando a outra garota ler um livro do outro lado do ambiente, talvez tivesse dado uma risada ou outra quando percebeu que ela estava fazendo expressões, acompanhando as descrições nas páginas.

- D-desculpa. Eu... eu me distrai pensando. Não quis encarar.

- Você viaja me encarando "sem querer" com muita frequência, garota - resmungou Marceline, com uma sobrancelha arqueada e simulando aspas com os dedos. Não foi com muita alegria que Bonnibel percebeu que não era a primeira vez que a menina notava.

- Eu s-sinto muito. Sinto muito. Eh... Com licença. Novamente, me desculpe.

Bonnibel se levantou de supetão para sair, sem querer fazendo barulho com a cadeira.

- SHHHHH - O som da bibliotecária pedindo silêncio da forma mais barulhenta possível ecoou no lugar. Bonnibel quis cava um buraco e nunca mais sair dele.

Marceline percebeu seu desconforto, e sua expressão mudou de irritada para preocupada.

- Ei, calma aí. Não vou te morder, tá legal? - ela olhou para o lado, coçando a nuca. Do nada pareceu um pouco mais tímida. - Só achei que estivesse me julgando ou sei lá. Foi mal.

- Mas porque eu faria isso? - Bonnibel disse, confusa. Segurava um dos livros de forma tão tipicamente nerd junto ao peito, que Marceline precisou suprimir um riso.