Iɴᴄᴏɴᴛᴀ́ᴠᴇɪs ʀᴇᴄᴏᴍᴇᴄ̧ᴏs

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Xamã ☀️

A mente com altas paranóias um quebra cabeça sei nem o que eu faço pô.

Nina tá toda estranha toda distante, Caterine deu pra ficar me chamando no barraco dela pra vim com o papo de querer minha filha, já tirei isso da mente dela isso não vai acontecer.

Passei por muitos bagulho quando tive que mandar ela embora, Catarina sempre cresceu com a ideia de não ter mãe e tava tudo certo diferente de quando a Nina apareceu o lance entre elas foi natural e hoje papo sério é real, eu vivo isso vejo o carinho delas.

Não sei nem porque deixei Caterine nesse morro na real minha vontade era cobrar pô. Mais ao mesmo tempo minha mente ferve pensando no que a Catarina vai achar disso tudo.

Cheguei na porta do barraco e só consigo escutar as duas rindo fazendo a maior festa, fiquei parado na porta um tempo olhando aquilo, sensação de paz que elas me trazem parada sinistra. Nina quando me viu mudou logo a expressão e foi pra cozinha, Catarina veio correndo e me abraçou.

Xamã: Vai ficar comigo assim mesmo? -Falo no ouvido dela e ela se vira com o maior bico.

Nina: Estou normal cara, Catarina que ir tomar sorvete e a gente vai. -Fala e se vira saindo de perto de mim.

Claro que eu fui atrás né não precisa nem falar duas vezes.

Descemos o morro com a Catarina no nosso meio de mãos dadas com a gente.

Parece que foi de propósito, uns minutos só que a gente tinha chegado Caterine chega também tempo fechou pô, não vi a Nina sorrir mais.

Catarina: Mãe o seu sorvete tá derretendo. -Fala enquanto balança os pé que não encostam no chão.

Nina: Mamãe não quer filha. -Ela fala sem tirar os olhos de mim, já tava me dando medo.

Catarina pediu pra ir pra pracinha brincar e a gente acabou indo com ela. Nina com aquele bico dela e a cara de marrenta , eu falando altos papos a garota nem rendia pra mim.

Ela me pediu pra buscar uma água e assim eu fiz, fui buscar no barzinho em frente.

De repente senti uma mão no meu braço já virei pronto pra da uma porrada.

Caterine: Calma sou eu, quero te falar uma coisa. -Ela fala ainda segurando o meu braço, dou um arranco e me afasto um pouco.

Xamã: Fala mano.

Caterine: Não é querendo me envolver na sua vida não, mais você não acha maldade o que você faz com aquela garota. -Ela solta meu braço e aponta com a cabeça pra onde a Nina tava.

Xamã: Tá de marola é? tô entendo não. -Falo já perdendo a paciência e me viro pra ela.

Caterine: Entre nós Xamã, Uma menina nova que não convive com pessoas da idade dela assumiu uma criança, uma casa e uma vida de casada. Você não acha que fez ela perder a juventude dela por sua culpa não? Nem amigas a menina tem fala sério.

Tava pronto pra responder ela, mais travei pô não tinha resposta. Fixei meus olhos na minha preta que ria conversando com um dos meus moleques.

Caterine: Pensa comigo Xamã, uma menina da idade dela não sair nos finais de semana pra ficar em casa fazendo janta te esperando chegar em casa, acha que ela é feliz assim? Você privou ela de namorar os meninos da idade dela e viver uma vida completamente diferente.