Capítulo 2

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— Caterina, espero que já esteja pronta! — mamãe falou ao escutar meus passos se aproximarem da sala de jantar.

— Não tenho outra opção. — lamentei.

Assisti minha mãe arrumar a mesa de jantar, pondo as taças ao lado dos três pratos dispostos à mesa.

— Quanto tempo terei que ficar aqui? — perguntei, em um suspiro desinteressado.

— Quanto tempo precisar. Ele já está à caminho querida, vai gostar dele.

  Bufei e saí da sala de jantar, em direção ao sofá da sala e meu ursinho.

  Coloco a pelúcia em meu colo, acariciando os "pelos" macios e admirando seus olhinhos com glitter.

  Escuto a campainha tocar e minha mãe prontamente correr até a porta, batendo seus saltos no chão.

— Olá! — mamãe cumprimentou.

  Escutei um burburinho antes de mamãe pedir para que eu fosse até ela.

  Meus olhos se arregalaram quando avistei o mesmo homem bonito de hoje de manhã.

  Eles estava com um terno azul marinho, que o deixava irritantemente bonito.

— Vamos Caterina! — chamou.

  Me aproximei do casal, segurando meu ursinho.

— Você é Caterina, não é? — o homem falou, com uma voz grave que arrepiava cada centímetro do meu corpo.

— Sim, senhor. — respondi, tímida sob seu olhar penetrante.

— Eu sou Nickolas.

— Muito prazer.

— Você é muito bonita Caterina, como sua mãe.

— Obrigada! — mais um puxa saco.

Bom, vamos entrando, a mesa de jantar nos aguarda — mamãe brincou levando seu namorado para a sala de jantar.

***

— Gosta de ursinhos Caterina? — a forma como falava meu nome era aterrorizante, porém, muito atraente.

— Gosto. Mamãe me deu esse quando fiz 17 anos. — apontei para o ursinho sentado na cadeira ao lado da minha.

— Não acha que ursinhos são muito... Infantis para sua idade? — ele perguntou, levando um pedaço de carne à boca com ajuda de um garfo.

— Eu gosto. Não vejo problema algum. Não é infantil, é fofo. — reclamei.

— Se você diz. — falou com desdém.

  Já odiei ele.

— Bom, se todos terminaram, acho que já posso tirar a mesa. — mamãe se levantou — Caterina, acompanhe Nickolas até a sala.

— Sim, mamãe. — revirei os olhos e esperei Nickolas me acompanhar até a sala.

  Ele se sentou no sofá, olhando-me.

— Belo vestido. — elogiou.

— Também acha infantil? — resmunguei

— Sinceramente, acho. — estava pronta para revidar quando ele completa — mas gosto disso.

  Ele sorriu. Seu sorriso era perfeito, assim como ele por completo.

— Então Caterina... Há mais ursinhos? — apontou para o ursinho em meus braços.

— Não, apenas esse. Mamãe não deixa eu comprar outros, diz que meu quarto já é infantil demais.

— Por que "infantil" ?

— É rosa, com flores nas paredes, cortinas amarelas e brinquedos espalhados.

— Brinquedos? — levantou uma sobrancelha.

— Gosto de bonecas. — falei baixo. Nem sempre isso é bem visto pelos namorados de mamãe.

— O que foi? — Nickolas perguntou, se referindo à minha crescente timidez.

— Não devo falar isso aos namorados de mamãe.

— Por que princesa? — gosto do apelido.

— Normalmente eles me chamam de criança e tentam quebrar meus brinquedos. — apertei meu ursinho — quando isso acontece acabo me machucando.

— Como "se machucando"? — seus olhos estavam atentos.

  Então, puxei a barra de meu vestido, revelando as marcas roxas em minhas coxas.

— Quem fez isso com você? — perguntou Nickolas, com uma voz que me dava medo.

— O último namorado da mamãe. — sussurrei.

  Olhei para meus pés, cobertos por uma sapatilha.

— Ah princesa... — ele falou, em tom de lamento — Não se preocupe, eu nunca a machucaria. — senti sua mão em meu rosto, acariciando. O olhei — Não quebrarei seus brinquedos.

  Sorri de canto.

  Escutamos os saltos de mamãe se aproximando, então Nickolas se afastou e ajeitou-se no sofá.

— Querida, temos que conversar.

***

Primeiramente, quero agradecer às pessoas que acompanham meu humilde livrinho. De início pode haver alguns erros ou situações confusas, mas que irá se acertar no decorrer da história.

Obrigada por você, leitor/a, ter dado uma chance para este livro e espero superar expectativas.

Boa leitura meus amores!

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