Capítulo 37

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Luma Panazzolo

Algumas semanas se passaram depois do último evento no rancho.

Tive muitas consultas e acompanhamento médico desde que tive outro sagramento. Eu sabia que tinha que tirar o bebê mas uma parte de mim se recusava, o instinto de mãe já palpitava em meu coração, já não conseguia ver os próximos meses sem um segundo coração batendo dentro de mim. Se fosse para mim morrer que eu morra, mas a tranquilidade de poder ter tido esse bebê ou pelo menos ter tentado, iria me transmitir uma paz.
Meu sangramento ocorreu quando houve uma invasão de uma máfia na Villa, a qual eu tive que ajudar. Paolo estava ao redor da propriedade, mas não foi capaz de chegar a tempo enquanto estava coagida, ouvindo outro plano absurdo que teria que participar. Dessa vez era um homem diferente, e disse as mesmas coisas que o outro que me esfaqueou disse.

"- Se você não quer ter uma gravidez interrompida com um tiro na barriga, e seu pai de volta, você vai me ajudar. Pegue os mapas da Villa e de qualquer outra propriedade onde esteja os carregamentos de armas e de drogas do seu marido e me entregue. Em uma semana vou te mandar a localização de onde tem que estar e me entregar os mapas."

Eu estava indefesa naquele momento, o que poderia fazer? Nada! Eu era apenas a mulher fraca e grávida contra um homem bruto armado.

Se Paolo ou alguém descobre que estou traindo a máfia, é capaz de eu ser decepada por ter quebrado o juramento. Céus! O que eu fiz para merecer isso?

Preparada para mais uma reunião que Paolo teria, fui descendo as escadas nervosa. Eu sou muito fofoqueira, até para estragar a vida dos outros, mas nesse momento eu não consigo ser. Meu pai está na mira dessas pessoas, qualquer vacilo um de nós dois iria para o saco.
Se eles estão me usando para manter meu pai vivo eles também estão usando meu pai, para me manter viva.

Não consigo imaginar a tortura que ele deve sofrer para soltar nem que seja um fiasco de informação para eles.

Já iria fazer cinco meses desde quando levei aquela maldita facada e ainda sentia muita dor. Mal estou entrando para o segundo mês de gestação, e já estou passando por provações e turbulências.
Vida miserável era ter um marido mafioso ou traficante, você nunca sabe quando vai morrer ou quando vai acontecer alguma coisa com você, mas sempre espera o pior.

Paolo estaciona o carro e desço suando frio apertando minhas mãos. Entramos em um prédio luxuoso por sinal, e seguimos para um lugar parecido a um escritório, decerto Paolo não me deixaria entrar na sala mas eu teria que escutar alguma coisa.
Homens com trages sociais vão entrando na tal sala e Paolo é o último a entrar.

- Deixe a porta entre aberta para eu não me sentir sozinha ou você me olhar caso eu me sinta mal.- disse tentando esconder meu nervosismo.

Estavam tão nervosa que sentia que nesse momento, no último dia que vi papà e mamma peguei todo o problema respiratório deles e coloque em mim, pois o ar me faltava.
Tirei o celular da bolsa e fingir estar concentrada nele para poder ouvir nem que fosse alguma coisa mínima da conversa que vinha da tal sala.

- O carregamento vai vir pela costa da Espanha. A lancha que irá trazer nosso carregamento sairá de uma caverna no meio do mar, idêntico a uma ilha. Para desviar da guarda costeira, terá outras três lanchas neste ponto que marquei cada uma vai passar pela guarda costeira e provavelmente serão revistadas, a lancha que irá transportar o carregamento irá com umas quatro pessoas para se passarem como turistas, assim não levantará suspeitas. Quando o carregamento estiver em terra firme irá diretamente para um avião de porte pequeno, e trazido para cá desembarcando na nossa pista de pouso no oeste, três quilômetros afastado do aeroporto.

Ótimo, tudo anotado em minha cabeça.
Em passos vacilantes caminhei até a porta, ficando próxima da mesma para ouvir outras coisas da reunião, não poderia fazer isso, mas se a droga dessa máfia não se importa com a vida do meu pai, seu consigliere, eu me importava e não hesitaria de dar a minha vida pela a dele! Afinal, como poderiam me matar esperando um filho de Paolo e insuportavelmente herdeiro da máfia, ninguém se atreveria a tocar em um fio de cabelo meu, até se esquivariam do ar que saísse do meu nariz.

















































Sem desculpas amores, mas depois do último capítulo fiquei fraca para escrever com um enorme bloqueio mental. Depois do natal peguei a droga daquela gripe que me deixou de cama, e só depois de uma semana melhorei e advinhem?? Mais gente da família pegou também e até contraiu a COVID. A luta meu pai, pobre não tem um minuto de paz!

É isso, capítulo postado e demora justificada!

Qualquer dúvida podem me mandar mensagem visse.

Beijinhos pro cês 🤭❤️.

A Prometida do Capo (EM ANDAMENTO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora