Luz e Escuridão - Lucien e Azriel (FINALIZADA)

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Só consegui permanecer dois dias em Velaris com a situação tensa, por parte do Inner Circle, e Feyre e a criança estavam perfeitamente bem, mas Azriel não dormiu comigo ou se aproximou durante estes dias. Eu já me sentia doente o suficiente com os pensamentos intrusivos e que caminhavam tanto a verdade, então me despedi de Feyre antes de atravessar para a diurna.

Talvez nosso "até o fim" fosse agora e isso me desesperava ainda mais quando Azriel não me dava opções sobre aproximação. O sentimento que me sufocava era que eu não era suficiente para lhe proporcionar tal felicidade desejada por muitos machos, eu já me sentia feliz e realizado com Az, mas não pensei que ele poderia se sentir de outra forma, talvez nem fosse o bastante... ele ainda tinha tanto a viver.

O sentimentos me sufocavam, de não ser suficiente para a felicidade de Az, e mesmo que eu estivesse péssimo comigo mesmo eu não fui até o palácio atrás de conforto dos meus pais, pois eles deveriam estar felizes juntos, então me limitei a comprar uma bebida, pensei em retornar a maus hábitos mas sequer dei um gole no álcool, por que por pior que eu me sentisse eu não queria aquilo de volta e no meu âmago esperava uma conversa com Az.

Nenhum de nós sorriu quando nos encontramos próximos da praia que era caminho para as casas de Verão.

— Oi, meu amor — eu quase solucei com a curta frase que soou melancólica enquanto Az se aproximou e me abraçou. Não era nosso abraço de sempre, parecíamos distantes, seu cheiro já pouco tinha o meu.

— Oi — a garrafa de bebida sumiu entre as sombras e elas se afastaram de Az por completo, deixando só nós dois. Azriel suspirou fazendo carinho no meu cabelo, segurando minha bochecha para termos contato visual e eu tive tanta certeza de que ouviria algo que não queria que doeu.

— Podemos conversar agora? — assenti com o peito se enchendo de esperanças, sim, aquela frase era ótima, e eu estava errado a poucos segundos, poderíamos resolver, conseguíamos. Azriel me levou até uma das pedras da proximidade para que pudéssemos nos sentar.

— O que aconteceu para que...

— Pode me escutar primeiro? — fechei minha boca ao ser interrompido e assenti mesmo com o nó se formando em minha garganta.

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Me sentia como um macho horrível e eu deveria parecer assim, já que apareci logo após a chegada do meu sobrinho como um bêbado deplorável. Me atravessando para o jardim da casa e Rhysand foi o primeiro a me encontrar por ter levado as barreiras de proteção no peito, causando alarme.

— Que merda aconteceu? Por que está bêbado a essa hora? — Rhysand me pegou pelo braço quase rosnando de raiva, mas antes que eu falasse qualquer coisa ele franziu as sobrancelhas, seus olhos passando de furiosos a preocupados em uma fração de segundo — o que você fez Azriel? — ele quase cuspiu a indagação, estava óbvio.

— Vou para casa, eu só não consegui me atravessar direto pra lá — o calor da vergonha tomou meu rosto que já estava quente pelo choro incessável. Nada disso deveria ser assim.

— Não perguntei para onde você iria, perguntei o que você fez. Você não vai a lugar nenhum quando mal consegue estar de pé. O que te fez ficar assim? — mesmo que eu escutasse um sermão, Rhysand me colocou de pé e me segurou para que eu não pendesse.

Mas eu não respondi e logo fui atravessado para o chalé da montanha, Cassian aparecendo um instante depois enquanto Rhysand me jogava no sofá passando as mãos no cabelo.

— Pela mãe Azriel, o que foi que aconteceu? — Cassian parou ao dar um passo e franziu as sobrancelhas — está... chorando?

Tive que abaixar minha cabeça ao lembrar porque estava ali com aqueles dois me olhando, minha garganta dava um nó terrível que me causava ânsia de vômito, ou poderia ser a bebida excessiva.