13_ Escravo sexual?

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Eliza Claire

Virei o corredor que dava para a biblioteca e vi o Theo parado na porta da mesma enquanto mexia no celular.

Ele não parece ser um guaxinim tão atropelado agora...

Eu me aproximei o suficiente para ele notar a minha presença e me encarar guardando o celular.

O Theo vestia uma camiseta preta acompanhada por uma calça também preta, o destaque da sua roupa era a corrente de prata no seu pescoço e os anéis na sua mão. O seu cabelo estava bagunçado e eu notei a ponta do seu nariz levemente avermelhada.

- Temos 5 dias para organizar esse trabalho. Eu falei com os nossos professores e pedi para que eles nos liberassem das aulas, em troca vamos fazer tudo em dobro na próxima semana. Conversei com senhora Green da biblioteca e ela separou alguns livros de economia e gestão pra gente. - O Theo despejou tudo assim que eu cheguei perto dele.

- Bom dia, né... - Falei entrando com ele na biblioteca gigante do colégio.

- Só uma pessoa tão medíocre quanto você se preocuparia em cumprimentar os inimigos. - O Theo revirou os olhos caminhando do meu lado.

Eu sou educada, seu animal.

Agora sim, ele parece com um guaxinim muito atropelado.

- Inimigos? - Indaguei com surpresa.

- Não é isso que somos? - Ele me deu um pequeno olhar e eu devolvi com desdém.

Paramos na bancada da bibliotecária que sorriu para pra gente entregando 10 livros gigantes, que me fizeram arregalar os olhos.

- Obrigado, senhorita Green. - O Theo sorriu amigavelmente para a senhora de 70 anos antes de simplesmente carregar todos aqueles livros como se não fossem nada.

Caminhamos para um lugar mais isolado da biblioteca que tinha mais gente que um show do Travis Scott.

O máximo que conseguimos foi uma mesa vazia.

O Theo depositou os livros na mesa e se virou para me encarar.

- Eu vou ver esses livros e você vai procurar outros livros relacionados ao tema do trabalho. - Ele falou e inclinei a minha cabeça encarando ele desacreditada. - O que foi? - Ele perguntou irritado.

- Nós podemos estar trabalhando juntos, mas vai tirando da sua pequena cabecinha que você pode me mandar. - Deixei claro e o Theo sorriu de lado.

- Oh querida, eu posso te assegurar que não é pequena. - Ele soltou e eu arregalei os olhos percebendo a piada.

- Eu vou buscar os livros. - Falei por fim e o Theo gargalhou.

[...]

Quase morrendo sufocada e sendo arrastada pelos 7 livros que eu achei sobre o assunto, eu voltei para a mesa aonde deixei o Theo.

Para a minha surpresa, a mesa agora tinha algumas folhas, vários post-its e uma mulher sentada nela.

Em silêncio coloquei os livros na mesa e quase gemi de prazer pelo alívio instantâneo que passou pelo meu corpo.

Com o barulho dos livros caindo na mesa, a garota loira que estava na mesa e o Theo se viraram pra mim.

O Theo nem se deu ao trabalho de esconder a cara de desgosto dele pra mim, e eu não me importei de esconder a satisfação de ter atrapalhado as cantadas do 5º ano dele.

- Parece que você se saiu bem sem mim. - Sorri falsa puxando uma cadeira.

- Espera, você é a Eliza... - A garota sorriu pra mim. - Eu sou a Zoé, amiga da Brenda.

- Eu ouvi falar muito de você. - Confessei. - A Brenda. - Menti sorrindo.

A Soso completamente odiava a Zoé e vivia falando mal dela pra mim.

- A Brenda também fala muito de você, e eu entendo porque ela tá tão feliz de te ter como irmã, já que ela é meio conhecida como babaca na escola toda. O que não é verdade, obviamente. A Brenda é um amor e a melhor pessoa pra se ter como amiga. - A Zoé contou com um sorriso sincero.

Vi a garota se virar pra mim e ficar de costas pro Theo ainda sentada na mesa.

O mesmo me lançou um olhar confuso e bravo, o que apenas fez o meu sorriso para a Zoé aumentar.

- Eu fico feliz de saber isso... - Admiti e a Zoé levantou da mesa.

- Mas na verdade, a gente já se conhece faz algum tempo. - Ela admitiu e eu fiz uma careta confusa. - Nos testes para líder de torcida, você caiu e me arrastou na queda.

A garota que eu rasguei a saia...

- Eu lamento muito. - Me apressei a dizer. - Eu ainda nem sei como entrei no time. - Ri e a Zoé também soltou uma pequena risada.

Ela não parecia chateada.

E também não parecia nada com o monstro que a Soso vive falando que ela é...

- Eu não vou atrapalhar mais. - Ela me deu um último sorriso e deu a volta na mesa apenas pra depositar um beijo na bochecha do Theo.

Ela saiu andando e o Theo me encarou com desdém.

- Ela te trocou muito rápido, será que se eu realmente me dedicar ela vai desistir de você? - Provoquei.

- Você me chamou aqui pra ser seu escravo ou você pretende começar a trabalhar também? - Ele disparou.

Escravo sexual?

continua...

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