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Lua🌙

Eu odeio ir pra algum lugar nas pressas, juro que é a pior coisa do mundo, você fica completamente perdida em tudo, no que tem que levar e no que tem que ficar, e se eu soubesse que ele ia ter aquela linda ideia eu não tinha desfeito a mala. Mas também só tinha mais roupas de frio, e obviamente que as roupas teria que ser arrumada ao contrário agora.

Nem descansei direito fiquei tão ansiosa que nem conseguir pregar o olho, fiquei olhando o dia amanhecer pela sacada, mas também fui me arrumar com calma e bem cedinho. Quando o Coringa enviou uma mensagem confirmando, ele disse que oito horas já era pra eu estar pronta que ele ia passar para me pegar.

Tava um pouquinho cedo, mas era duas horas e alguns minutos de carro, fora que ele disse que ia parar pra passar no mercado porque lá não tinha nada, sendo assim o horário estava ótimo e eu tava pronta antes do horário marcado.
Fui tomar café bem devagarzinho, sem aquela pressa toda que eu tinha que comer logo, comi mais do que o normal e logo em seguida veio o enjoo, porém não cheguei a vomitar, só era um enjoo bem chatinho mesmo.

Assim que terminei de me maquiar e de retocar a maquiagem porque dei uma de burra de me maquiar pra depois comer e escovar os dentes, o Coringa ligou falando que tava me esperando lá em baixo, sendo assim o tempo que ele esperou só foi uns cinco minutos até eu pegar as minhas coisas, fechar o apartamento direito e ainda descer pelas escadas porque eu tava sem paciência para o elevador.

Quando fui saindo ele tava me esperando dentro do carro, nem me viu de tão concentrado que tava no celular, mas quando cheguei bem pertinho ele olhou e deu um sorrisinho.

Coringa: Nossa senhora, vi uma mulher gostosa pra caralho agora.-abri a porta e entrei olhando para ele.-Tá linda demais, cheirosa também.

Lua: Obrigada.-agradeci me virando pra colocar a bolsa no banco de trás e ele me ajudou.-Isso, continua assim mordomo lindo.-ele olhou para mim.

Coringa: Tá tirando com a minha cara pô? Me respeita que eu sou teu homem.-aproximou o rosto e eu dei um selinho nele.-Tem mordomo aqui não, tem o amor da tua vida, serve?

Lua: Claro, e ele tá bem aqui na minha barriga.-ele revirou os olhos e eu ri.-Tô brincando, você também é o meu amor.

Coringa: Eu sei.-virei o rosto e ele passou a língua na minha bochecha.

Lua: Para.-passei a mão limpando e ele riu.-Vou fazer isso com você, deixa só você esquecer que fez comigo.-me afastei colocando o cinto.

Coringa: Faz no meu pau.-mostrei a língua pra ele e desviei o olhar olhando pra janela.

Era longa duas horas de viagem, já tava até me imaginando reclamando do meu tempo ali sentada sem ter nada pra fazer além de mexer no celular. Mas eu tava super empolgada, queria ver a casa e também queria saber como é Angra dos Reis pessoalmente, no momento eu só tinha visto por foto.

Uns minutinhos depois no meio da estrada eu encostei minha cabeça ali na janela e fiquei olhando para o lado de fora, enquanto eu já tava ficando totalmente entediada, o Coringa tava super empolgado cantando todas as músicas aleatórias que tava passando na rádio, eu também cantava algumas que eu conhecia, e ele cantava todas porque parecia que sabia todas.

Coringa: Deixa eu mudar essa nossa história hoje, vamos ser mais que amor de fim de noite, eu posso fazer tudo ser melhor do que da última vez e fazer bem melhor do que seu ex um dia te fez..

Lua: Basta você dormir comigo hoje, me dá sua mão e me beija essa noite, eu posso fazer tudo ser melhor do que da última vez e fazer bem melhor do que seu ex um dia te fez.-olhei para ele.

Coringa: Nossos corpos sempre na conexão, nossos corpos sabem da nossa intenção. Cê chegou bagunçando a mente toda, eu não consigo mais pensar em outra.-deu uma olhada para mim e eu sorri.

Lua: Chega a ser estranho o tanto que eu te amo.-ele sorriu olhando de volta para estrada.

Coringa: E eu sou um sortudo do caralho por isso.

A outra metade do caminho eu me empolguei e acabei dormindo, juro que eu tava tentando não pegar no sono, mas os olhos acabou fechando, só acordei quando o Coringa me chamou falando que a gente tinha que descer pra ir comprar os negócios. No momento eu até fechei a cara, odeio quando alguém me acorda, é uma coisa totalmente chata! Mas depois ele começou com as gracinhas e eu acabei voltando ao normal.

Coringa: Tu sabe cozinhar? -concordei com a cabeça enquanto olhava o preço das coisas.-Vai fazer o quê pra nós comer hoje?

Lua: Uma coisa que a gente possa compartilhar e fazer juntos.-ele negou com a cabeça.-Vai sim, não sou sua empregada e acho que mereço ajuda.

Coringa: Chata.

Lua: Vai ter que me aturar, vai aguentar ficar esses dias dividindo a mesma casa comigo? -ele concordou com a cabeça.

Coringa: É tudo que eu quero, ficar perto de você.-me abraçou.-Cê tá muito gostosa com esse vestido, mas sem, ficaria duas vezes melhor.-falou baixinho me soltando e eu olhei para ele.

Lua: Para de safadeza, a gente tá no mercado.-ele deu de ombros e eu coloquei o macarrão dentro do carrinho.-Eu me liguei o porquê de você ter me abraçado.-ele franziu a testa se fazendo de sonso.-Eu senti, amor.

Coringa: Sentiu o quê?

Lua: Você sabe muito bem o que foi.-ele riu e eu neguei com a cabeça puxando o carrinho.

Diogo ficou me perturbando até a gente terminar de comprar as coisas, quando não era falando coisas no duplo sentido era colocando coisas nada a ver pra eu ter que ficar tirando porque a gente não ia precisar daquilo. Na hora de pagar, ele saiu pra atender uma ligação e demorou pra caralho, quando voltou eu já tinha passado tudo e ele só fez pagar e me ajudar a levar.

Confesso que ele voltou com um rosto muito preocupado, perguntei o que era e ele não quis responder, só não fiquei insistindo porque eu não queria brigar pra estragar as coisas. Mas ao longo do caminho a expressão dele foi voltando ao normal, sendo assim eu parei de ficar com paranoia.

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No MorroOnde as histórias ganham vida. Descobre agora