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Depois que a Aika dormiu, só acordou no dia seguinte.

Tinha acordado mais "disposta" do que o dia anterior, então não demorou muito pra descer.

Encontrou o Bakugou pesquisando alguma coisa no computador, sentado na mesa da cozinha, e com seus óculos.

— ooi.—disse enquanto sentava na cadeira, em frente a ele.— o que está fazendo?

— pesquisando algumas coisas.

— você não trabalha nunca? Pelo o que eu saiba você é o heroi número dois.

— trabalho, mas é só quando o chefe quer me aperriar ou lembra que eu existo.— disse.— faz muito tempo que você acordou?— deu uma breve olhada nela.

— mais ou menos, eu acho que eu estou melhor do que ontem... Sabia que você fica um fofo com óculos?— ela apoiou seu queixo na mão.

— tsk, não enche.— disse. Aika pode jurar que viu um leve rubor nas suas orelhas.— talvez os meninos passe aqui, pra perturbar o seu juízo.

— serio?? Quem?

— todos.

— ahh, que felicidade!— ela levantou da cadeira.— que horas são?

— meio dia... Quase uma hora na verdade.— repondeu.— agora senta ai, que eu tenho que te contar uma coisa.

Ela levantou uma sombrancelha, enquanto se sentava lentamente na cadeira.

— ta tirando onda com minha cara?!— perguntou Aika. Desconfiada.

— não! Mas é o seguinte.— ele fechou o notebook, afastou um pouco e colocou seus braços cruzados no mármore.— eu andei pesquisando algumas coisas sobre o seu tratamento, e eu meio que descobri que você vai ter que ficar internada.— disse o loiro.

— como?

— acontece que o seu caso está muito grave, então você vai ter que se alimentar por sondas, tomar soro...

— ah...— disse, desviando o olhar.

Ela parecia não gostar nada da ideia. Mas se mantia calada.

— não é muito ruim, você vai ter tratada com mais rapidez. Antes que pense em algo negativo, pense como você vai ficar depois disso tudo; sua pressão não vai mais cair com frequência, vai ter disponibilidade de fazer as coisas que você quer, e não vai mais sentir dores nos ossos.

— pensando desse lado, é verdade.—  ela disse.

— que bom que você concorda. Eu vou dá um tempo pra que a gente começe de vez com os tratamentos, mas não vai demorar muito.— ele se levantando.— agora, coloca um chinelo!! o tempo tá frio, e você está descalça!— apontou a colher que estava em cima da mesa pra ela.

— espera, espera. Não me ameaça assim, uma colher já é golpe baixo.— ela levantou as mãos em gesto de rendição, e levantou da cadeira enquanto olhava pra ele.— e meu pé ainda está doendo!

— então coloca uma meia!

— mas...

— mas nada!! vai!!!— ele apontou a colher pra escada, e no exato momento a Aika saiu correndo subindo as escadas.— E NÃO CORRE!! SEU PÉ ESTÁ FORA DO LUGAR! ESQUECEU??

— TÁ BOM!!

Katsuki foi resmungando lavar o colher que estava em sua mão. E segundos depois, ouviu a campainha todar diversas vezes.

— JÁ VAI CARALHO!! PUTA MERDA QUEM É O DESGRAÇADO QUE TA FAZENDO ISSO???— grirou extressado, enquanto colocava a colher no escorredor com força e secava as mãos na força do ódio.

𝖙𝖍𝖊 𝖚𝖓𝖑𝖔𝖛𝖊𝖉 𝖌𝖎𝖗𝖑 | 𝔎𝔞𝔱𝔰𝔲𝔨𝔦 𝔅𝔞𝔨𝔲𝔤𝔬𝔲 × 𝔬𝔠Onde histórias criam vida. Descubra agora